Diplomatic practices and political disputes in the correspondence between king john III and his ambassadors in Rome (1521-1557)
DOI:
https://doi.org/10.34024/hydra.2019.v4.9902Keywords:
D. João III, Diplomacy, Early Modern HistoryAbstract
This paper aims to present some results of an ongoing investigation into the diplomatic singularities between Portugal and the Roman Curia during the reign of King John III, from 1521 to 1557. During this period, the Portuguese government sought to perfect its administrative apparatus by creating new organs and instituting political members. In this context, from the correspondence between the ambassadors and King D. João III, available in the Portuguese Diplomatic Corps, the interest in this research is to circumscribe the actions of the political actors during the negotiations with the Roman Curia. The ambassadors D. Miguel da Silva and D. Martinho of Portugal sought to secure future places in the Roman consistory. Besides them, Braz Neto, Henrique de Meneses, Pedro de Souza de Tavora, Pedro de Mascarenhas, Cristovao de Souza, Baltasar de Faria and Afonso de Lencastre were involved in various conflicts with the king for a work position. We believe that these disputes of interests were one of the guiding threads of the relations between Portugal and Rome, but also of the internal relations of the kingdom, especially between king and nobility, since the choice for certain positions was a great longing of the court nobles.
References
ALBUQUERQUE, Martin de. Estudos de Cultura Portuguesa. 3ª ed. Lisboa: Imprensa Nacional Casa da Moeda, 2002.
BLUTEAU, Raphael. Vocabulario portuguez & latino: aúlico, anatomico, architectonico. Vol. 2. Coimbra/PT: Colégio das Artes da Companhia de Jesus, 1712-1728.
BRAGA, Isabel M. R. Mendes Drumond, Um Espaço, Duas Monarquias (Interrelações na Península Ibérica no Tempo de Carlos V). Lisboa: Centro de Estudos Históricos da Universidade Nova de Lisboa; Hugin Editores, 2001.
BRANCA, Vittore. Nuova Collezione di Testi Umanistici Inediti o Rari. Florença/IT: Olschki, 1969.
BUESCU, Ana Isabel. Dom João III (1502-1557). Coletânea Reis de Portugal. Rio de Mouro/PT: Temas e Debates, 2008.
CHABOD, Federico. Escritos sobre El Renascimento. México: FCE, 1990.
CONCEIÇÃO, Adriana Angelita da; MEIRELLES, Juliana Gesueli (orgs.). Cultura escrita em debate: reflexões sobre o império português na América – séculos XVI a XIX. Jundiaí/SP: Paco, 2018.
ELIAS, Nobert; et al. Scientific Establishment and Hierarquies. Dordrecht: D. Rieder, 1982.
FORD, Jeremiah Denis Matthias. Letters of John III King of Portugal (1521-1557). Cambridge: Harvard University Press, 1931.
FRIGO, Daniela (org.). Politics and Diplomacy in Early Modern Italy. The Structure of Diplomatic Practice, 1450-1800. Londres: Cambridge University Press, 2000.
HERCULANO, Alexandre. História da Origem e Estabelecimento da Inquisição em Portugal. Vol. 1. 8ª ed. Lisboa: Bertrand, 1875.
HESPANHA, António Manuel. Poder e Instituições na Europa no Antigo Regime: coletânea de textos. Lisboa: Fundação Caloustre Gulbenkian, 1984.
HESPANHA, António Manuel. Imbecillitas: As bem-aventuranças da inferioridade nas sociedades de Antigo Regime. São Paulo: Annablume, 2010.
LAZZARINI, Isabella. Communication and Conflict. Italian Diplomacy in the Early Renaissance, 1350-1520. Nova York: Oxford University Press, 2015.
LOPES, Paulo Catarino. Um agente português na Roma do Renascimento. Lisboa: Ciclo de Leitores/Temas e Debates, 2013.
MACÁRIO, Rui (org.). D. Miguel da Silva: a Obra ao Tempo. Viseu/PT: Museu de Grão Vasco; Projecto Património, 2015.
MARTINEZ, Pedro Soares. História Diplomática de Portugal. 3ª ed. Coimbra/PT: Almedina, 2010.
MATTINGLY, Garrett. Renaissance Diplomacy. Boston: The Riverside Press/Cambridge, 1955.
MATTINGLY, Garrett. “The First Resident Embassies: Medieval Italian Origins of Modern Diplomacy”. Speculum: A Journal of Medieval Studies. Vol. 12. Nº 4, 1937, pp. 423-439.
MATTOSO, José (org.). História de Portugal. No alvorecer da Modernidade. Vol. 3. Lisboa: Editorial Estampa, 1993.
MEGIANI, Ana Paula Torres. O Rei Ausente. Festa e cultura política nas visitas dos Filipes a Portugal. 1581 e 1619. São Paulo: Alameda Casa Editorial, 2004.
ORDENAÇÕES DO SENHOR DOM MANUEL I. Livro III. Lisboa: Real Imprensa da Universidade de Coimbra, 1797. Disponível em: http://www.governodosoutros.ics.ul.pt/. Acesso em: 12 out. 2019.
PAIVA, José Pedro. Os Bispos em Portugal (1495-1777). Coimbra/PT: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2006
PALOMO, Federico. A Contra-Reforma em Portugal: 1540-1700. Lisboa: Livros Horizonte, 2006.
RODRIGUES, Rui Luis. Entre o dito e o maldito: Humanismo erasmiano, ortodoxia e heresia nos processos de confessionalização do Ocidente, 1530-1685. Tese de doutorado. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2012.
RODRIGUES, Rui Luis. “O processo de confessionalização e sua importância para a compreensão da história do Ocidente na primeira modernidade (1530-1650)”. Revista Tempo. Vol. 23. Nº 1, 2017, pp. 2-21.
RUSSO, Mariagrazia; ALESSANDRINI, Nuziatella. (orgs.). Di Buon Affetto e Commerzio. Relações Luso-italianas na Idade Moderna. Centro de História de Além-Mar, 2012.
SKINNER, Quentin. As fundações do pensamento político moderno. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.
SIGNOROTTO, Gianvittorio; VISCEGLIA, Maria Antonietta (orgs.). Court and Politics and Papal Rome. 1492-1700. Londres: Cambridge University Press, 2002.
SILVA, Luís Augusto Rebello da; LEAL, José da Silva Mendes (orgs.). Corpo Diplomático Português, contendo os actos e as relações políticas e diplomáticas de Portugal com as diversas potências do mundo desde o século XVI até os nossos dias. Vols. 1-7. Lisboa: Academia das Ciências de Lisboa, 1862-1884.
SOUZA, Laura de Mello e; FURTADO, Júnia Ferreira; BICALHO, Maria Fernanda. O governo dos povos. São Paulo: Alameda, 2009.
VALENTIN, Carlos Manuel. Uma família de Cristãos-novos entre Douro e o Minho: Os Paz. Reprodução Familiar, Formas de Mobilidade Social, Mercancia e Poder (1495-1598). Dissertação de mestrado. Lisboa: Universidade de Lisboa, 2007.
XAVIER, Ângela Barreto. “A maior empresa que nunca um príncipe cristão teve nas mãos: conquistar e conservar territórios no Indico nos tempos de Maquiavel”. Revista Tempo. Vol. 20, 2014, pp. 1-27.