O Historiador e o Engajamento Intelectual
Limites, Possibilidades e Dilemas Éticos nos Debates Públicos sobre a História
DOI:
https://doi.org/10.34024/hydra.2019.v4.9719Palavras-chave:
Engajamento Intelectual, Historiografia, Usos e AbusosResumo
Considerando os debates públicos sobre temas históricos/historiográficos, refletimos sobre a questão do engajamento intelectual em uma perspectiva histórica, teórica e conceitual. Nesse movimento, discutimos, ainda, como tal questão se impõe ao historiador, evidenciando os usos, os riscos de abuso, os limites e as possibilidades da adoção dessa postura. Em nossa perspectiva, a presente análise pode contribuir para que os profissionais que trabalham no campo da história, seja na pesquisa e / ou no ensino, tornem seu provável envolvimento nessas discussões mais fértil e relevante, afastando-se, portanto, de práticas inadequadas (ou negligentes) que podem causar danos não apenas a outros historiadores, mas também àqueles que consomem conteúdo e conhecimento históricos.
Downloads
Referências
BARROS, José D’Assunção. O campo da história: especialidades e abordagens. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.
BBC BRASIL. O nazismo era um movimento de esquerda ou de direita? 2017. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/salasocial-39809236. Acesso em: 25 ago. 2019.
BBC BRASIL. Nazismo é de direita, define o museu do Holocausto visitado por Bolsonaro em Israel. 2019. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-47784368. Acesso em: 25 ago. 2019.
BERNARDO, A. Por que as pessoas estão tomando menos vacina. 16 dez. 2019. Disponível em: https://saude.abril.com.br/medicina/por-que-as-pessoas-estao-tomando-menos-vacina/. Acesso em: 21 fev. 2020.
BLOCH, Marc. Apologia da história ou o ofício do historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.
DE BAETS, Antoon. Responsible history. New York/Oxford: Berghahn Books, 2009.
DE BAETS, Antoon. Uma teoria do abuso da história. Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 33, n. 65, p. 17-60, 2013.
DENIS, Benoît. Literatura e engajamento: de Pascal a Sartre. Bauru, SP: Edusc, 2002.
DUMOULIN, Olivier. O papel social do historiador: da cátedra ao tribunal. Belo Horizonte: Autêntica, 2017.
GIRARDET, Raoul. Mitos e mitologias políticas. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.
HOBSBAWM, Eric. Sobre história. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
JAPIASSU, Hilton. O mito da neutralidade científica. Rio de Janeiro: Imago, 1975.
NETWORK OF CONCERNED HISTORIANS – NCH. Disponível em: http://www.concernedhistorians.org/content/home.html. Acesso em: 21 fev. 2020.
PRACONTAL, Michel de. A impostura científica em dez lições. São Paulo: Ed. Unesp, 2004.
PROST, Antoine. Doze lições sobre a história. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.
RÜSEN, Jörn. Razão histórica: teoria da história – os fundamentos da ciência histórica. Brasília, DF: Ed. UnB, 2010.
SIRINELLI, Jean-François. Os intelectuais In: RÉMOND, R. (org.). Por uma história política. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 2003. p. 231-271.
VIDAL-NAQUET, Pierre. Os assassinos da memória: “um Eichmann de papel” e outros ensaios sobre o revisionismo. Campinas, SP: Papirus, 1988.