“Dentro da nossa esplendida chimera, encerramos o mundo d’amanhã”:

literatos e poesia libertária nas páginas d’a Plebe.

Autores

  • Demetrio Quiros Bello Júnior Mestrando do Programa de Pós-graduação em História da Universidade Federal de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.34024/hydra.2017.v2.9101

Palavras-chave:

Poesia libertária, Anarquismo, A Plebe

Resumo

Além de acompanhar as questões do movimento operário no Brasil e no exterior, A Plebe trazia também em suas páginas poesias escritas por literatos ou militantes ligados de alguma forma ao movimento anarquista e operário, que viam na sua literatura, também uma forma de enfrentamento, de combate e luta política ao trazer temas relacionados com as questões sociais de sua época. Ao mesmo tempo, essa produção poética de cunho libertário estabeleceu uma complexa rede de relações com formas culturais das classes dominantes daquele momento buscando ressignificar seus sentidos e expressões. Procuramos então, observar as relações entre as poesias de Max Vasconcellos, Affonso Schmidt, Raymundo Reis e José Oiticica publicadas nesse jornal e as lutas proletárias da Primeira República, assim como de que maneira projetavam as transformações e a nova sociedade que estaria por vir.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BATALHA, Cláudio Henrique de Moraes. “Nós, Filhos da Revolução Francesa”, a imagem da Revolução no movimento operário brasileiro no início do século XX. Revista Brasileira de História, V. 10, Nº 20, São Paulo, mar./ago. 1991.

__________ (org.). Dicionário do movimento operário: Rio de Janeiro do século XIX aos anos 1920, militantes e organizações. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2009.

CAMPOS, Cristina Hebling. O sonhar libertário (movimento operário nos anos de 1917 a 1920). 1983. 174 págs. (Dissertação de mestrado em História). Universidade Estadual de Campinas. Campinas, 1983.

CANDIDO, Antonio. Sobre a retidão. In: PRADO, Antonio Arnoni (org.). Libertários no Brasil: memória, lutas, cultura. São Paulo: Brasiliense, 1986.

FREYRE, Gilberto. Ordem e progresso. 6ª ed. São Paulo: Global, 2004.

GINZBURG, Carlo. Sinais: raízes de um paradigma indiciário. In: ________________. Mitos, emblemas, sinais: morfologia e história. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.

HALL, Michael e PINHEIRO, Paulo Sérgio. O grupo Clarté no Brasil: da Revolução nos Espíritos ao Ministério do Trabalho. In: PRADO, Antonio Arnoni (org.). Libertários no Brasil: memória, lutas, cultura. São Paulo: Brasiliense, 1986.

HARDMAN, Francisco Foot. Nem Pátria, Nem Patrão! Vida operária e cultura anarquista no Brasil. 2ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1984.

KHOURY, Yara Aun. “A poesia anarquista”. Revista Brasileira de História, V. 8, Nº 15, São Paulo, set. 1987/fev. 1988.

KOCHER, Bernardo; LOBO, Eulália Maria Lahmeyer. Ouve meu grito: antologia de poesia operária (1894-1923). Rio de Janeiro: Editora Marco Zero/Editora UFRJ, 1987.

LAMOUNIER, Aden Assunção. José Oiticica: itinerários de um militante anarquista (1912-1919). 2011. 141 págs. (Dissertação de mestrado em História). Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2011.

LEAL, Claudia Feierabend Baeta. Anarquismo em verso e prosa: literatura e propaganda na imprensa libertária em São Paulo (1900-1916). 2001. 276 págs. (Dissertação de mestrado em Teoria Literária). Instituto de Estudos da Linguagem, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1999.LOPREATO, Christina Roquette. O espírito da revolta: a greve geral anarquista de 1917. São Paulo: Annablume, 2000.

MARAM, Sheldon Leslie. Anarquistas, imigrantes e o movimento operário brasileiro (1890-1920). Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979. (Coleção Estudos brasileiros, volume 34).

MARTINS, Angela Maria Roberti. “A rebeldia e a arte dos “malditos” anarquistas”. Concinnitas, V. 1, Nº 24, Rio de Janeiro, set. 2014.

OLIVEIRA, Tiago Bernardon de. Internacionalismo, raça e nacionalidade na propaganda anarquista durante o processo de formação da classe operária no Brasil. In:

GOLDMACHER, Marcela; MATTOS, Marcelo Badaró; TERRA, Paulo Cruz. Faces do trabalho: escravizados e livres. Niterói: EDUFF, 2010.

POLETTO, Caroline. “Um beato nada devoto: a escrita profana de Beato da Silva no jornal anticlerical A Lanterna”. Métis: história e cultura, V. 15, Nº 30, Caxias do Sul, jul./dez. 2016.

PRADO, Antonio Arnoni. Cenário para um retrato: Ricardo Gonçalves. In:

______________(org.). Libertários no Brasil: memória, lutas, cultura. São Paulo: Brasiliense, 1986.

TOLEDO, Edilene. Anarquismo e sindicalismo revolucionário: trabalhadores e militantes em São Paulo na Primeira República. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2004.

____________. Travessias revolucionárias: ideias e militantes em São Paulo e na Itália (1890-1945). Campinas: Editora da Unicamp, 2004.

Downloads

Publicado

2019-03-25

Como Citar

Bello Júnior, D. Q. (2019). “Dentro da nossa esplendida chimera, encerramos o mundo d’amanhã”:: literatos e poesia libertária nas páginas d’a Plebe. Revista Hydra: Revista Discente De História Da UNIFESP, 2(3), 33–57. https://doi.org/10.34024/hydra.2017.v2.9101