As FORMAS DO TEMPO NO PENSAMENTO GEOGRÁFICO:

A HISTÓRIA COMO POSSIBILIDADE EM POR UMA OUTRA GLOBALIZAÇÃO

Autores

  • Lucas da Costa Mohallem graduando pela USP

DOI:

https://doi.org/10.34024/hydra.2018.v2.9088

Palavras-chave:

História Social do Tempo, Milton Santos, História do Pensamento Geográfico

Resumo

Publicado no ano 2000, o livro Por uma outra globalização, de Milton Santos, veicula uma forma singular de se conceber a história, que ora chamo de históriapossibilidade. O presente artigo analisa esta noção de história que subjaz à obra de Santos por meio de sua comparação com algumas das concepções de tempo e de história que permearam diversas vertentes do pensamento geográfico ao longo de sua evolução. A análise concentra-se em contrapor o entendimento de Santos acerca da história neste livro com aquele professado por uma Geografia de viés mais declaradamente marxista. Busca-se demonstrar que a forma como Santos apreende a história no livro em questão denota um movimento de apropriação crítica com relação a sua formação marxista, em meio ao qual o autor se distancia de alguns dos fundamentos desta tradição de pensamento.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ABREU, Maurício de Almeida. “O estudo geográfico da cidade no Brasil: evolução e avaliação. Contribuição à história do pensamento geográfico brasileiro. In

FRIEDMAN, Fania; HAESBAERT, Rogério (orgs). Escritos Sobre Espaço e História. Rio de Janeiro: Garamond, 2014, 466 páginas.

BRAUDEL, Fernand. La Mediterranée et le monde méditerranéen à l’époque de Phillipe II. 2ª edição, Paris : Armand Colin, 1966, 1222 páginas.

CARDOSO, Fernando Henrique. “Comentários sobre os conceitos de superpopulação relativa e marginalidade” in CARDOSO, Fernando Henrique; GIANOTTI, José Arthur; WEFFORT, Francisco Correia (coord.). Estudos 1: Teoria e Método em sociologia. São Paulo: CEBRAP/ Editora Brasileira de Ciências, 1971.

CARLOS, Ana Fani Alessandri. A Condição Espacial. Contexto, 2011.KOSELLECK, Reinhart. Futuro passado: contribuição à semântica dos tempos históricos. 4ª edição, Rio de Janeiro: Contraponto, 2006, 366 páginas. Capítulo 2.

LACOSTE, Yves (org.). Ler Braudel. Campinas: Papirus, 1989, 236 páginas.

LACOSTE, Yves. A geografia: isso serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra. 10ª edição, Campinas: Papirus, 2005, 263 páginas.

LEFEVBRE, Henri. Lógica Formal/ Lógica Dialética. 6ª edição, Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1995, 301 páginas.

MARTINS, José de Souza. A sociedade vista do abismo: novos estudos sobre exclusão, pobreza e classes sociais. 2ª edição, Petrópolis: Vozes, 2008, 228 páginas MARX, Karl & ENGELS, Friedrich. A Ideologia Alemã. São Paulo: Boitempo Editorial, 2007, 614 páginas. p. 38, nota a.

MARX, Karl. O Capital: crítica da economia política. Livro 1. São Paulo, Boitempo, 2013, 894 páginas. Capítulo 1.

MORAES, Antonio Carlos Robert. Geografia: pequena história crítica. 21ª edição, São Paulo: Annablume, 2007, 150 páginas.

MORAES, Antonio Carlos Robert. Território na Geografia de Milton Santos. São Paulo: Annablume, 2013, 130 páginas.

MOREIRA, Ruy. O pensamento geográfico brasileiro: as matrizes da renovação. São Paulo: Contexto, 2009, 172 páginas.

OLIVEIRA, Francisco de. Economia Brasileira: Crítica à razão dualista. São Paulo: Cebrap, 1972, 150 páginas.

RUSEN, Jörn. “Utopia, alteridade, kairos – o futuro do passado”, in História Viva. Teoria da História III: formas e funções do conhecimento histórico. Brasília: Editora da Universidade de Brasília, 2010, p. 135-150.

SANTOS, César Ricardo Simoni. “A Metageografia e a Ordem do tempo”, in CARLOS, Ana Fani Alessandri, A Crise Urbana. São Paulo, Contexto, 2015, 192 páginas. p. 37-54.

SANTOS, César Ricardo Simoni. “Da marginalidade à segregação: contribuições de uma teoria urbana crítica.” Economía, Sociedad y territorio, v. XVII, México, 2017, p. 619-646.

SANTOS, Milton. A Natureza do Espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: Hucitec, 1996, 308 páginas.

SANTOS, Milton. Economia espacial: críticas e alternativas. São Paulo: Hucite, 1979, 167 páginas.

SANTOS, Milton. Espaço e Sociedade: ensaios. Petrópolis: Vozes, 1979, 156 páginas.

SANTOS, Milton. Geografía y economía urbanas en los países subdesarrollados. Ed. OikosTau: Barcelona, 1973.

SANTOS, Milton. O Trabalho do Geógrafo no Terceiro Mundo. 4ª edição. São Paulo: Hucitec, 1996 (1971), 113 páginas.

SANTOS, Milton. Pobreza Urbana. São Paulo: Hucitec, 1978, 119 páginas.

SANTOS, Milton. Por uma Outra Globalização: do pensamento único à consciência universal. 22ª edição. Rio de Janeiro: Editora Record, 2012 (2000), 174 páginas.

SANTOS, Milton. Técnica Espaço e Tempo. 5ª edição, 1ª reimpressão. São Paulo: EDUSP, 2013,176 páginas.

VASCONCELOS, Pedro Almeida. “Milton Santos. Geógrafo e Cidadão do Mundo (1926-2001)”. Afro-Ásia (UFBA. Impresso), v.25-26, Salvador, 2001, p. 369-405.

VERDI, Elisa Favaro. Produção geográfica e ruptura crítica: a Geografia uspiana entre 1964 e 1985. 261 folhas. Dissertação (Mestrado em Geografia Humana), Departamento de Geografia, Universidade de São Paulo, 2016.

VESENTINI, José William. “O Método e a Práxis (notas polêmicas sobre Geografia Tradicional e Geografia Crítica)”. São Paulo: Revista Terra Livre, n. 2, 1987.ZUSMAN, Perla. “Milton Santos e a metamorfose da geografia brasileira” in

CARLOS, Ana Fani Alessandri, Ensaios sobre geografia contemporânea. Milton Santos: Obra Revisitada. São Paulo: Hucitec, 1996, p. 29-36.

Downloads

Publicado

2019-03-25

Como Citar

Mohallem, L. da C. (2019). As FORMAS DO TEMPO NO PENSAMENTO GEOGRÁFICO:: A HISTÓRIA COMO POSSIBILIDADE EM POR UMA OUTRA GLOBALIZAÇÃO. Revista Hydra: Revista Discente De História Da UNIFESP, 2(4), x. https://doi.org/10.34024/hydra.2018.v2.9088