O QUE É SER MULHER NA LUTA ARMADA?

UMA HISTÓRIA NARRADA NO FEMININO

Autores

  • Amanda Monteiro Diniz Carneiro Universidade Federal de Juiz de Fora

DOI:

https://doi.org/10.34024/hydra.2024.v8.20295

Resumo

Resumo: O presente artigo tem como objetivo compreender conflitos e tensões que permearam as mais diversas identidades das mulheres militantes das organizações armadas argentinas Montoneros e Partido Revolucionario de los Trabajadores - Ejército Revolucionario del Pueblo. A ideia é tornar visíveis as situações que limitaram práticas de militância feminina, instituídas pela sociedade e pelas próprias organizações. Apesar da impossibilidade de dar conta da totalidade do processo de diversidade de identidades dessas mulheres, apresentamos situações vivenciadas e narradas por elas nos espaços da luta armada. A partir de uma revisão bibliográfica, apresentamos depoimentos das próprias militantes, buscando desconstruir visões universalizantes vinculadas exclusivamente a atribuições binárias de gênero.

Referências

Referências

ALVAREZ, Sonia. Feminismos latino-americanos. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 6, n. 2, p. 1- 21, 1998, p. 3. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/ref/article/view/12008. Acesso em 15 de jul. 2022.

AMADO, Ana. El orden de los cuerpos en los años 70. Entrevista a Pilar Calveiro. In: Mora - Revista del Instituto Interdisciplinario de Estudios de Género, v.12, p. 4-174. Buenos Aires, 2006, p. 61. Disponível em:

http://repositorio.filo.uba.ar/handle/filodigital/10997. Acesso em 15 de jul. 2022.

ANDREO, Igor Luis. O alvorecer da Teologia da Libertação na Argentina e no México: ensaio para um estudo comparativo. Revista História Comparada, Rio de Janeiro, v. 3, n. 2, p. 1-10, 2009. Disponível em: https://revistas.ufrj.br/index.php/RevistaHistoriaComparada/article/view/119. Acesso em: 3 de jun. 2016.

BACCI, Claudia; CRESPO; Leandro Diego Basanta. Norma Arrostito. Mujer política. Su construcción subjetiva desde la militancia montonera. Revista Internacional Interdisciplinar INTERthesis, Florianópolis, v. 1, n. 1, p. 89-108, 2013. Disponível em: https://dialnet.unirioja.es/descarga/articulo/5175581.pdf. Acesso em 12 de fev. 2016.

BONETTI, Alinne de Lima. As arapiracas do feminismo campo político feminista, alteridades, gênero e poder. Revista Tomo, São Cristóvão, n. 12, p. 145-172, 2008, p. 146. Disponível em: https://seer.ufs.br/index.php/tomo/article/view/461/377. Acesso em 15 de jul. 2022.

BONETTI, Alinne de Lima. Entre femininos e masculinos: negociando relações de gênero no campo político.

Cadernos Pagu, Campinas, n. 20, p. 177-203, 2003, p. 203. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0104-

Acesso em 15 de jul. 2022.

BUTLER, Judith. Fundamentos contingentes: O feminismo a questão do “pós-modernismo". Cadernos Pagu Trajetórias do gênero, masculinidades..., Campinas, v. 11, p. 11-42, 1998. Disponível em: https://ieg.ufsc.br/storage/articles/October2020//Pagu/1998(11)/Butler.pdf. Acesso em 25 de jan. 2023.

DIANA, Marta. Mujeres guerrilleras. Buenos Aires: Planeta, 1997.

ETULAIN, Carlos Raul. A esquerda e o peronismo. 2001. 336 f. Tese (Doutorado em Ciências Sociais) – Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2001. Disponível em:

http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=000218831. Acesso em 15 de jul. 2014.

GILLESPIE, Richard. Soldados de Perón. Buenos Aires: Grijalbo, 1998.

GÓMEZ, María Rosa (Org.). Cuadernos de la memoria: 5: Memoria de mujeres: relatos de militantes, ex-presas políticas, familiares de desaparecidos y exiliadas. Buenos Aires: Instituto Espacio para la Memoria, 2011. Disponível em: http://cdi.mecon.gov.ar/bases/doc/espmemoria/5.pdf. Acesso em 3 de mar. 2022.

MAGALHÃES, Lívia Gonçalves. Entre autoritarismos e resistências: uma entrevista com Pilar Calveiro, Estudos Ibero-Americanos, v. 43, n. 2, p. 482-489, 2017. Disponível em: https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/iberoamericana/article/view/27336. Acesso em 15 de jul. 2021.

MARTÍNEZ Paola. Género, política y revolución en los años setenta: mujeres del PRT-ERP. Ituzaingó: Maipue, 2015.

OBERTI, Alejandra. Contarse a sí mismas. La dimensión biográfica en los relatos de mujeres que participaron en las organizaciones político-militares de los 70. In: CARNOVALE, Vera; LORENZ, Federico; PITTALUGA, Roberto et al. Historia, memoria y fuentes orales. Buenos Aires: Ediciones CeDInCI, 2006, p. 48. Disponível em: https://memoriaabierta.org.ar/wp/historia-memoria-y-fuentes-orales/. Acesso em 15 de jul. 2022.

OBERTI, Alejandra. Las Revolucionarias: militância, vida cotidiana y afetividad en los setenta. Buenos Aires: Edhasa, 2015.

PISCITELLI, Adriana. Re-criando a (categoria) mulher? In: ALGRANTI, Leila Mezan et al. A prática

feminista e o conceito de gênero. Campinas: Textos Didáticos, 2002, p. 35. Disponível em: https://sociologiajuridica.files.wordpress.com/2015/03/adriana-piscitelli.pdf. Acesso em 3 de jun. 2022.

POZZI, Pablo. Por las sendas argentinas: el PRT-ERP, la guerrilla marxista. Buenos Aires: Imago Mundi, 2004;

SEPÚLVEDA, Patricia Graciela. Relatos de militancia femenina em los años ’70, cuando todo pareció a punto de cambiar. Testimonios, Rosário, n. 5, p. 66-89, 2016. Disponível em: https://revistas.unc.edu.ar/index.php/testimonios/article/view/18535. Acesso em 3 de jun. 2016.

WOLFF, Cristina Sheibe. Feminismo e configurações de gênero na guerrilha: perspectivas comparativas no Cone Sul, 1968-1985. Revista Brasileira de História. São Paulo, v. 27, n. 54, p. 19-38, 2007, p. 23. Disponível em:

https://www.scielo.br/j/rbh/a/6nTzhqFjZkMvtRV5d7ydHHr/. Acesso em 3 de mar. 2022.

Downloads

Publicado

2025-11-26

Como Citar

O QUE É SER MULHER NA LUTA ARMADA? UMA HISTÓRIA NARRADA NO FEMININO. (2025). Revista Hydra: Revista Discente De História Da UNIFESP, 8(16), 131-152. https://doi.org/10.34024/hydra.2024.v8.20295