MIGRAÇÕES INTERNAS EM TEMPOS DE SECA
ANÁLISE DO POVOAMENTO SERTANEJO A PARTIR DAS REDES CLIENTELARES E DAS POLÍTICAS PÚBLICAS BRASILEIRAS NA PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XX
DOI:
https://doi.org/10.34024/hydra.2023.v7.15383Palavras-chave:
Nordeste, Migrações, Sociedades camponesasResumo
A privatização de recursos naturais, potencializada no Brasil a partir 1850, fomentou migrações em direção aos centros econômicos do país. Nesse sentido, as complexas relações de dominação no sertão, as migrações e os impactos da seca revelam uma história marcada por desafios socioeconômicos e políticos. Este artigo analisa a trajetória da ocupação do Nordeste brasileiro a partir da formação da elite rural que habitou esta região desde a colônia. Observamos como o governo varguista, a partir de 1930, manteve a dominação no interior do país e permitiu a união entre as oligarquias regionais e a República brasileira, a fim de neutralizar ameaças a um sistema clientelar de favores mútuos que permitia a coerção e a preservação de privilégios. Ao dialogar com os conceitos de micropoder e redes clientelares, buscamos entender como a dominação nas zonas rurais brasileiras levou à objetificação de experiências coletivas, à domesticação dos corpos e à subjugação da população sertaneja.
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Referências
Fontes utilizadas
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