Português Português
DOI:
https://doi.org/10.34024/hydra.2022.v6.13684Keywords:
Hysteria, Biopolitics, Brazilian republicAbstract
For years, women have been subordinated, relegated to a secondary act in the History account. This work aims to remove from the darkness those figures who were systematically muted, conditioned to the unique role of mother and wife, cut off from their individuality and freedom. With the History of Women intrinsically related to the History of Hysteria, our proposal is the analysis of madness as a stereotype of the feminine; thus investigating the psychiatric intervention as a misogynistic instrument of control. With focus on the city of Rio de Janeiro, and on the modernization that came with the Republic, the intention is to address the medicalization of “abnormality” and the disciplining of bodies from a phallocentric perspective; with an emphasis on biopolitical controls as an effective way to achieve interests of the State - and the capitalist mode of production - to create docile and domesticated bodies. Making use of extensive bibliographic research, this article intends to give voice to these women who have been silenced for so long.
References
ALVES, Lourence Cristine. O Hospício Nacional de Alienados: Terapêutica ou higiene social?. 131f. Dissertação (Mestrado em História das Ciências e da Saúde) - Casa de Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2010.
BOAVENTURA, E. M. A construção da universidade baiana: objetivos, missões e afrodescendência [online]. Salvador: EDUFBA, 2009. p. 272. Available from SciELO Books< http://books. scielo. org>.
DEL PRIORE, Mary. Por dentro do corpo feminino: uma viagem ao passado. Espaço Plural, n. 23, v.11, Paraná, 2º semestre de 2010, p.11-19.
EMMERICK, Rulian. Corpo e poder: um olhar sobre o aborto à luz dos direitos humanos e da democracia. 2007. 200 f. Dissertação (Mestrado em História). Departamento de História, Pontifícia Universidade Católica, Rio de Janeiro, 2007.
ENGEL, Magali. Psiquiatria e feminilidade. IN: PRIORE, Mary Del (org). História das Mulheres no Brasil. 10ª ed, São Paulo: Contexto, 2018, p. 322-361.
ESQUINSANI, Rosimar Serena Siqueira; DAMETTO, Jarbas. A loucura, o demônio e a mulher: sobre a construção de discursos no mundo medieval. História Revista, n.2, v. 22, Goiânia, 2017, p. 190-203.
FACCHINETTI, Cristiana; RIBEIRO, Andréa; MUNOZ, Pedro F. de. As insanas do Hospício Nacional de Alienados (1900-1939). História, Ciências, Saúde-Manguinhos, v. 15, Rio de Janeiro, 2008, p. 231-242.
FACCHINETTI, Cristiana; CUPELLO, Priscila Céspede. O processo diagnóstico das psicopatas do Hospital Nacional de Alienados: entre a fisiologia e os maus costumes (1903-1930). Estudos e Pesquisas em Psicologia, n. 2, v. 11, Rio de Janeiro, 2011, p. 697- 718.
FEDERICI, Silvia. Calibã e a bruxa: mulheres, corpo e acumulação primitiva. Tradução: Coletivo Sycorax. São Paulo: Ed. Elefante, 2017.
FOUCAULT, Michel. Os anormais: Curso no Collège de France (1974 - 1975). São Paulo: Martin Fontes, 2011.
FOUCAULT, Michel. Em defesa da sociedade: Curso no Collège de France (1975-1976). 4ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir - História da violência nas prisões. 24ª ed. Petrópolis: Editora Vozes, 2001.
FOUCAULT, Michel. História da Sexualidade I - A Vontade de Saber. 13ª ed. Rio de Janeiro: Editora Graal, 1999.
FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. 4ª ed. Rio de Janeiro: Editora Graal, 1984.
FIOCRUZ. Hospício de Pedro II. In: VELLOSO, V. P. et al. Dicionário histórico-biográfico das ciências da saúde no Brasil (1832-1930). Disponível em: <http://www.dichistoriasaude.coc.fiocruz.br/iah/pt/verbetes/hospedro.htm>. Acesso em: 9 de outubro de 2020.
GARCIA, Carla Cristina. Breve histórico do movimento feminista no Brasil. Clase abierta “El movimiento feminista brasileño” em Facultad Latinoamericana
de Ciencias Sociales. Agosto de 2015. Disponível em: < https://www.flacso.org.ar/clase-abierta-el-movimiento-feminista-brasileno/>. Acesso em: 10 de novembro de 2020.
LEFEBVRE, Henri. Espaço e política. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2008.
MACHADO, Gisele Cardoso de Almeida. A difusão do pensamento higienista na cidade do Rio de Janeiro e suas conseqüências espaciais. Anais do XXVI Simpósio Nacional de História, São Paulo, São Paulo, julho de 2011.
ODA, Ana Maria Galdini Raimundo; DALGALARRONDO, Paulo. História das primeiras instituições para alienados no Brasil. História, Ciências, Saúde-Manguinhos, n. 3, v. 12, Rio de Janeiro, 2005, p. 983-1010.
PEGORARO, Renata Fabiana; CALDANA, Regina Helena Lima. Mulheres, loucura e cuidado: a condição da mulher na provisão e demanda por cuidados em saúde mental. Saúde e Sociedade, n.2, v. 17, São Paulo, junho de 2008, p. 82-94.
PERROT, Michelle. Minha história das mulheres. 2ª ed. São Paulo: Contexto, 2019.
PLATÃO. Timeu-Crítias: Coleção Autores Gregos e Latinos, série textos. Coimbra: Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos, 2011.
PORTO-CARRERO, J. Sexo e cultura. Archivos Brasileiros de Hygiene Mental, n. 5, maio de 1930. p. 157-166.
PUECH, Luiz M. de Rezende. Gynecologia e alienação mental. Archivos Brasileiros de Psychiatria, Neurologia e Sciencias Affins, ano 3, n.2, Rio de Janeiro, abr.-jun. de 1907. p. 352-375.
ROXO, Henrique de Brito Belford. Dos estados mentaes nas grandes nevroses. Archivos Brasileiros de Psychiatria, Neurologia e Sciencias Affins, ano 3, Rio de Janeiro, 1907. p. 247- 263.
ROXO, Henrique de Brito Belford. Hysteria. Archivos Brasileiros de Psychiatria, Neurologia e Sciencias Affins, ano 2, Rio de Janeiro, 1906. p.139-148.
SCHMIDT, Eder. A Histeria de Kahoun a Viena. Actas Freudianas, v. 4, 2008. p. 78-99.
TAVEIRA, Adriana do Val Alves; RODRIGUES, Juliana; LEVANDOSKI, Daisa Maria. A Mulher e a psiquiatria no século XIX. Revista Faz Ciência Unioeste - Campus de Francisco Beltrão. n. 31, v. 20, Paraná, 2018. p. 95-108.