Os verdadeiros brasileiros, os verdadeiros paulistas:

indígenas e meio ambiente em Couto de Magalhães (1897)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.34024/hydra.2021.v5.11300

Palavras-chave:

indígenas; percepções ecológicas; colonização.

Resumo

No final dos oitocentos foram realizadas algumas conferências que reuniram pessoas letradas para discutir o legado jesuíta na colonização. Uma dessas pessoas era José Vieira Couto de Magalhães. Em conferência publicada em 1897, o autor teceu árduas críticas ao genocídio indígena, atribuindo aos colonos a culpa pelo massacre. Essas críticas marcaram uma mudança de postura de Couto de Magalhães, antes escritor do império e reservado a críticas pontuais a colonização, tendo o desaparecimento dos indígenas como algo natural. A partir do contexto do último quartel do século XIX, já na república, marcada por projetos de modernização e discussão sobre a composição da identidade brasileira, pretende-se realizar uma análise não só do conteúdo da obra, mas de sua estrutura, dos autores e da sua repercussão. Almeja-se, por fim, delimitar os aspectos da percepção ecológica de Couto de Magalhães na obra e os caminhos para a pesquisa que se abrem a partir dela.

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Referências

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Publicado

2021-04-14

Como Citar

Octávio Bittencourt de Sousa, F. (2021). Os verdadeiros brasileiros, os verdadeiros paulistas:: indígenas e meio ambiente em Couto de Magalhães (1897). Revista Hydra: Revista Discente De História Da UNIFESP, 5(9), 323–338. https://doi.org/10.34024/hydra.2021.v5.11300