"O alimento como remédio natural”

saúde e estilo de vida alternativo no Brasil da década de 1970

Autores

  • Renata Palandri Sigolo UFSC

DOI:

https://doi.org/10.34024/hydra.2020.v4.10675

Palavras-chave:

alimentação natural; Contracultura; New Age

Resumo

O objetivo deste texto é propor a compreensão de alguns conceitos relacionados à alimentação natural idealizada na década de 1970 no Brasil. Para isso, foram analisadas duas obras: Sugar Blues e “Do Jardim do Éden à Era de Aquarius”, ambas publicadas originalmente nos Estados Unidos, traduzidas e lançadas no Brasil na década de 1970 pela Editora Ground, que se propunha fornecer ao grande público informações sobre como viver um “estilo de vida alternativo”. A alimentação natural esteve relacionada à ascensão das medicinas alternativas e compunha a busca por um estilo de vida que partilhava de conceitos da Contracultura e do New Age e que via na natureza a fonte da saúde desejada.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Referências Bibliográficas

Bibliografia

CARNEIRO, Henrique. Comida e sociedade: uma história da alimentação. São Paulo: Elsevier, 2003.

CONTRERAS, Jesús; GARCIA, Mabel. Alimentação, sociedade e cultura. Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 2011.

COSSON, Rildo. Fronteiras contaminadas, literatura como jornalismo e jornalismo como literatura no Brasil dos anos 1970. Brasilia : UNB, 2007.

COUTINHO, Bernardo Diniz; DULCETTI, Pérola Goretti Sichero. O movimento Yīn e Yáng na cosmologia da medicina chinesa. Revista de Manguinhos, Rio de Janeiro, v.20, n.2, abr.-jun. 2013, p.653-67.

D’ANDREA, Anthony Albert Fischer. O self perfeito e a Nova Era: individualismo e reflexividade em religiosidades pós-tradicionais. São Paulo: Loyola, 2000.

DUNN, Christopher. Contracultura: Alternative arts and social transformation in authoritarian Brazil. Chapel Hill : The University of North Carolina Press,2016.

FISCHLER, Claude. A “McDonaldização” dos costumes. In: FLANDRIN, Jean-Louis; MONTANARI, Massimo. História da alimentação. São Paulo: Estação Liberdade, 1998.p.841-862.

GIDDENS, Anthony. Modernity and self-identity; self and society in the late modern age. Redwood city: Standford University Press, 1991.

GOMES, Laura Graziela; BARBOSA, Livia. Culinária de papel, Estudos Históricos, n.33, Rio de Janeiro, jan-juin 2004, p.3-23.

HALLEWELL, Laurence. O livro no Brasil, sua história. São Paulo: USP, 2017, p.907.

HERZLICH, Claudine. Santé et maladie, analyse d'une répresentation sociale. Paris: Éditions de l'EHESS, 2005.

KAMINSKI, Leon (org.). Contracultura no Brasil, anos 70. Curitiba: CRV, 2019.

LOPES, Marcos Antonio ;MOSCATELI, Renato (org.). Histórias de países imaginários, variedades dos lugares utópicos. Londrina : Eduel, 2011.

LUZ, Madel T. Cultura Contemporânea e Medicinas Alternativas: Novos Paradigmas em Saúde no Fim do Século XX. PHYSIS: Rev. Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 15(Suplemento):145- 176, 2005.

MAGNANI, José Guilherme C. Mystica Urbe: um estudo antropológico sobre o circuito neo-esotérico na cidade de São Paulo. São Paulo : Studio Nobel,1999.

MATHIOT,Louis. Préserver le naturel dans l’alimentation. Revue des sciences sociales [En ligne], 61, 2019, p.132-141. URL: http://journals.openedition.org/revss/3667, acessado em 12 setembro 2019.

MONNEYRON, Frédéric; XIBERRAS, Martine. Le monde hippie, de l'imagination psychédélique à la révolution informatique. Paris: Imago, 2008.

NOGUEIRA, Maria Inês; CAMARGO Jr, Kenneth Rochel de. A orientalização do Ocidente como superfície de emergência de novos paradigmas em saúde , História, Ciências, Saúde – Manguinhos, v.14, n.3, Rio de Janeiro, jul.-set. 2007, p.841-861.

QUEIROZ, Marcos de Souza. Saúde e doença: um enfoque antropológico. Bauru : EDUSC, 2003.

RAPOPORT, Danielle.Les plaisirs de la ascèse. In: PIAULT, Fabrice (org.). Le mangeur. Menus, maux et mots. Paris : Autrement, 1993.

RÉGNIER-BOHLER,Faustine. L'exotisme est-il bon pour la santé ?, Face à face [En ligne],3 , 2001, URL: http://journals.openedition.org/faceaface/628, acesso em 12 setembro 2019.

REIMÃO, Sandra. Mercado editorial brasileiro (1960-1990). São Paulo: Com-Arte/FAPESP, 1996

RISÉRIO, Antonio. Duas ou três coisas sobre a contracultura no Brasil. In: _____ et alli. Anos 70: trajetórias. São Paulo: Iluminuras/Itaú Cultural, 2006.

TÉTART, Gilles. Consommer la nature et parfaire son corps », Études rurales [En ligne],2003, p.165-166. URL : http://etudesrurales.revues.org/7999, acessado em 21 novembro 2019.

VERNISSAGE, François. “Le kotodama”. Actualités en analyse transactionnelle, 2012/3, n.143,p.1-17. URL: https://www.cairn.inforevue-actualites-en-analysetransactionnelle-2012-3-page-1.htm . Acessado em 23 setembro 2019.

CARNEIRO, Henrique. Comida e sociedade: uma história da alimentação. São Paulo: Elsevier, 2003.

CONTRERAS, Jesús; GARCIA, Mabel. Alimentação, sociedade e cultura. Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 2011.

COSSON, Rildo. Fronteiras contaminadas, literatura como jornalismo e jornalismo como literatura no Brasil dos anos 1970. Brasilia : UNB, 2007.

COUTINHO, Bernardo Diniz; DULCETTI, Pérola Goretti Sichero. O movimento Yīn e Yáng na cosmologia da medicina chinesa. Revista de Manguinhos, Rio de Janeiro, v.20, n.2, abr.-jun. 2013, p.653-67.

D’ANDREA, Anthony Albert Fischer. O self perfeito e a Nova Era: individualismo e reflexividade em religiosidades pós-tradicionais. São Paulo: Loyola, 2000.

DUNN, Christopher. Contracultura: Alternative arts and social transformation in authoritarian Brazil. Chapel Hill : The University of North Carolina Press,2016.

FISCHLER, Claude. A “McDonaldização” dos costumes. In: FLANDRIN, Jean-Louis; MONTANARI, Massimo. História da alimentação. São Paulo: Estação Liberdade, 1998.p.841-862.

GIDDENS, Anthony. Modernity and self-identity; self and society in the late modern age. Redwood city: Standford University Press, 1991.

GOMES, Laura Graziela; BARBOSA, Livia. Culinária de papel, Estudos Históricos, n.33, Rio de Janeiro, jan-juin 2004, p.3-23.

HALLEWELL, Laurence. O livro no Brasil, sua história. São Paulo: USP, 2017, p.907.

HERZLICH, Claudine. Santé et maladie, analyse d'une répresentation sociale. Paris: Éditions de l'EHESS, 2005.

KAMINSKI, Leon (org.). Contracultura no Brasil, anos 70. Curitiba: CRV, 2019.

LOPES, Marcos Antonio ;MOSCATELI, Renato (org.). Histórias de países imaginários, variedades dos lugares utópicos. Londrina : Eduel, 2011.

LUZ, Madel T. Cultura Contemporânea e Medicinas Alternativas: Novos Paradigmas em Saúde no Fim do Século XX. PHYSIS: Rev. Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 15(Suplemento):145- 176, 2005.

MAGNANI, José Guilherme C. Mystica Urbe: um estudo antropológico sobre o circuito neo-esotérico na cidade de São Paulo. São Paulo : Studio Nobel,1999.

MATHIOT,Louis. Préserver le naturel dans l’alimentation. Revue des sciences sociales [En ligne], 61, 2019, p.132-141. URL: http://journals.openedition.org/revss/3667, acessado em 12 setembro 2019.

MONNEYRON, Frédéric; XIBERRAS, Martine. Le monde hippie, de l'imagination psychédélique à la révolution informatique. Paris: Imago, 2008.

NOGUEIRA, Maria Inês; CAMARGO Jr, Kenneth Rochel de. A orientalização do Ocidente como superfície de emergência de novos paradigmas em saúde , História, Ciências, Saúde – Manguinhos, v.14, n.3, Rio de Janeiro, jul.-set. 2007, p.841-861.

QUEIROZ, Marcos de Souza. Saúde e doença: um enfoque antropológico. Bauru : EDUSC, 2003.

RAPOPORT, Danielle.Les plaisirs de la ascèse. In: PIAULT, Fabrice (org.). Le mangeur. Menus, maux et mots. Paris : Autrement, 1993.

RÉGNIER-BOHLER,Faustine. L'exotisme est-il bon pour la santé ?, Face à face [En ligne],3 , 2001, URL: http://journals.openedition.org/faceaface/628, acesso em 12 setembro 2019.

REIMÃO, Sandra. Mercado editorial brasileiro (1960-1990). São Paulo: Com-Arte/FAPESP, 1996

RISÉRIO, Antonio. Duas ou três coisas sobre a contracultura no Brasil. In: _____ et alli. Anos 70: trajetórias. São Paulo: Iluminuras/Itaú Cultural, 2006.

TÉTART, Gilles. Consommer la nature et parfaire son corps », Études rurales [En ligne],2003, p.165-166. URL : http://etudesrurales.revues.org/7999, acessado em 21 novembro 2019.

VERNISSAGE, François. “Le kotodama”. Actualités en analyse transactionnelle, 2012/3, n.143,p.1-17. URL: https://www.cairn.inforevue-actualites-en-analysetransactionnelle-2012-3-page-1.htm . Acessado em 23 setembro 2019.

Fontes (em ordem cronológica)

BRODSKY, Greg. Do Jardim do Éden à Era de Aquarius :o livro da cura natural. Rio de Janeiro : Ground,1977.

DUFTY, William. Sugar Blues. São Paulo : Ground, 1978.

SCHILD, Susan. Editora Ground – os bons negócios do Do-in, Yoga, macrobiotica e meditação transcendental. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 10 jun 1978, p.6.

DUTRA, Maria Helena. Espetáculos na Zona Sul e na periferia. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 13 out.1978, p.5.

WELLS, Patricia. Macrobiótica- americanos testam e aprovam. Jornal do Brasil,Rio de Janeiro,10 junho 1978,p.6.

BRANCO, Heloísa Castello. Macrobiótica, o que restou depois do modismo. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 25 nov.1978, Caderno B, p.1.

Os novos camponeses- misticismo e ciência unidos. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro,19 ago 1979, p.4.Caderno B.

Downloads

Publicado

2020-09-22

Como Citar

Palandri Sigolo, R. (2020). "O alimento como remédio natural”: saúde e estilo de vida alternativo no Brasil da década de 1970. Revista Hydra: Revista Discente De História Da UNIFESP, 4(8), 6–33. https://doi.org/10.34024/hydra.2020.v4.10675