“Nada do que é humano me é estranho”: considerações sobre os ameríndios por Antonio Pires da Silva Pontes Paes e Leme

Adriana Pereira Campos

Autores

Adriana Pereira Campos Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) https://orcid.org/0000-0002-2563-4021

Palavras-chave:

Antonio Pires da Silva Pontes, Academia Real de Ciências de Lisboa, Povos indígenas

Resumo

O documento transcrito contém uma palestra do geógrafo Antônio Pires da Silva Pontes na Academia Real de Ciências de Lisboa em 1792. Como cientista e regente colonial, Silva Pontes apresentou várias críticas à governança dos indígenas na América portuguesa. Além disso, ele expôs importantes conceitos sobre natureza humana, nação portuguesa, ciência e, sobretudo, o bom governo dos índios americanos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

ALMEIDA, Carla. Uma nobreza da terra com projeto imperial: Maximiliano de Oliveira Leite e seus aparentados. In: FRAGOSO, João; ALMEIDA, Carla; SAMPAIO, Antonio Jucá (org.). Conquistadores e negociantes: histórias de elites no Antigo Regime nos trópicos. América lusa, século XVI a XVIII. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007.

ALMEIDA, Maria Regina Celestino de. Metamorfoses indígenas: identidade e cultura nas aldeias coloniais do Rio de Janeiro. 2ª. ed. São Paulo: Edusp, 2013.

ARAÚJO, Ana Cristina. O marquês de Pombal e a universidade. Coimbra: Imprensa da Universidade, 2000.

BELLOTTO, Heloísa Liberalli. “Presença do Brasil no Arquivo da Academia das Ciências de Lisboa: Catálogo Seletivo da Série Azul de Manuscritos”. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, 33 (1992), pp. 165–189 Disponível em: https://www.revistas.usp.br/rieb/article/view/70483 Acesso em: 27 mar. 2024.

CAMARGO, Angélica Ricci. Projeto de alvará de 13 de maio de 1803: uma tentativa ilustrada de reforma das minas do Brasil. MAPA - Memória da administração pública brasileira: Ministério da Justiça/Arquivo Nacional, s/d. Disponível em: http://mapa.an.gov.br/images/publicacoes/ProjetoAlvara/files/assets/common/downloads/publication.pdf Acesso em 26 mar. 2024.

CAMPOS, Adriana Pereira; DUTRA, Thiara Bernardo. “Uma obra magnânima e real: o governador cientista e a primeira política de exploração da bacia do Rio Doce”, in: NASCIMENTO, Bruno César; OLIVEIRA, Uéber José de (org.). Os pensadores do Espírito Santo: de Anchieta a José Marcelino Pereira de Vasconcelos. Vitória: Editora Milfontes, 2019, vol. I, pp. 39-72.

CARDOSO, José Luís (dir.). Memórias económicas da Academia Real das Ciências de Lisboa, para o adantamento da agricultura, das artes, e da indústria em Portugal, e suas conquistas (1789-1815). Lisboa: Banco de Portugal, 1990.

CORRÊA, Luís Rafael Araújo. Insurgentes brasílicos: uma comunidade indígena rebelde no Espírito Santo colonial. Jundiaí/SP: Paco Editorial, 2021.

CRUZ, Ana Lúcia da. “As viagens são os viajantes: dimensões identitárias dos viajantes naturalistas brasileiros do século XVIII”. História: Questões e Debates, 36 (2002), pp. 61-98.

CUNHA, Mafalda Soares da; MONTEIRO, Nuno. “Governadores e capitães do império atlântico português nos séculos XVII e XVIII”, in: MONTEIRO, Nuno; CARDIM, Pedro; CUNHA, Mafalda Soares da (org.). Optima pars: elites ibero-americanas do Antigo Regime. Lisboa: Imprensa de Ciências Sociais, 2005, pp. 191-252.

DOMINGOS, Flávia Kurunczi. “Os diários de viagem de Antônio Pires da Silva Pontes: ciência e diplomacia no interior da América Colonial portuguesa”, in: Anais do XXIV Simpósio Nacional de História - História e multidisciplinaridade: territórios e deslocamentos. São Leopoldo: Unisinos, 2007, pp. 1-8. CD-ROM.

DOMINGUES, Ângela. “Para um melhor conhecimento dos domínios coloniais: a constituição de redes de informação no Império português em finais do Setecentos”. História, Ciências, Saúde — Manguinhos, 8 (2001), pp. 823-838.

FONSECA, Fernando. “Scientiae thesaurus mirabilis: estudantes de origem brasileira na Universidade de Coimbra (1601-1850)”. Revista Portuguesa de História, XXXIII, 1999, pp. XX-XX.

JOCELYN, H. D. “Homo sum: humani nil a me alienum puto (Terence, Heauton timorumenos 77)”. Antichthon, 7 (1973), pp. 14-46. Disponível em: https://doi.org/10.1017/S0066477400004299 Acesso em 27 mar. 2024.

KANTOR, Iris. “Mapas em trânsito: projeções cartográficas e processo de emancipação política do Brasil (1779-1822)”. Araucaria: Revista Iberoamericana de Filosofía, Política y Humanidades, 24 (2010), pp. 110-123.

LEFÈVRE, Eckard. Heauton Timorumenos. In AUGOUSTAKIS, Antony; TRAILL, Ariana; THORBURN, John E. (org.). A companion to Terence. Oxford,UK/Malden, USA: Wiley-Blackwell, 2013. pp. 243-261.

LEME, Antonio Pires da Silva Pontes. Memoria sobre a utilidade publica em se extrair o ouro das minas e os motivos dos poucos interesses que fazem os particulares, que minerão egualmente no Brazil. Revista do Arquivo Mineiro, 1-3 (1896), pp. 417-426.

[LEME], Antonio Pires da Silva Pontes. Pré-memória do governandor Antonio Pires da Silva Pontes. Vitória: Instituto Histórico e Geigráfico do Espírito Santo, 1999.

LIMA, Pedro Henrique Domingues de. “Retalho de um saber setecentista: nativos, ciência e mito no Discurso [...] sobre os índios da América”. Revista de fontes, 12 (2020), pp. 166-178.

LIMA, Péricles Pedrosa. Homens de ciência a serviço da coroa: os intelectuais do Brasil na Academia Real de Ciências de Lisboa - 1779/1822. Mestrado em História dos Descobrimentos e da Expansão, Universidade de Lisboa, Lisboa, 2009.

MENEZES, Paulo Márcio Leal de et al. “Análise toponímica da carta da nova Lusitânia”. Revista Brasileira de Geografia, 66-2 (jul./dez. 2021), pp. 121-138.

MARÃO, Públio Virgílio. Eneida = Æneis. Tradução didática e homossilábica em versos brancos, metrificados, com introdução e notas de João Carlos de Melo Mota; revisão de tradução Guilherme Gontijo Flores. Belo Horizonte, Autêntica, 2022.

MONTEIRO, John. Negros da terra: índios e bandeirantes nas origens de São Paulo. 2ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2022.

MONTEIRO, Nuno. “O ‘Ethos’ Nobiliárquico no final do Antigo Regime: poder simbólico, império e imaginário social”. Almanack Braziliense, 2 (2020), pp. 4-20.

MONTEIRO, Nuno. “Trajetórias sociais e governos das conquistas: notas preliminares sobre os vice-reis e governadores-gerais do Brasil e da Índia nos séculos XVII e XVIII”, in: FAGOSO, João; BICALHO, Maria Fernanda; GOUVÊA, Maria de Fátima. O Antigo Regime nos trópicos: a dinâmica imperial portuguesa (séculos XVI-XVIII). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001. pp. 249-283.

NORTE, Armando. “Homens de letras e homens de leis ao serviço da monarquia portuguesa (séculos XII-XIII)”. História, São Paulo, 33-1 (2014), pp. 145-170.

POMBO, Nívia. “Correspondência privada e redes familiares: um novo olhar para a trajetória de D. Rodrigo de Souza Coutinho”. Topoi, 51 (2022), pp. 992–1012.

POMBO, Nívia. “Coutinho, Rodrigo de Sousa”, in: SERRÃO, Joel; MOTTA, Márcia e MIRANDA, Susana Munch. (dir.). e-Dicionário da Terra e do Território no Império Português. Lisboa: CEHC-IUL., 2013.

PORTO SEGURO, barão de. “Dr. Antonio Pires da Silva Pontes Leme”. Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, v. XXXVI, n. 45 (1873), pp. 184-187.

PLÍNIO, o velho. The natural history. Translated, with copious notes and illustrations, by the late John Bostock and Henry Thomas Riley. London: H. G. Bohn, 1855-1857. Disponível em: https://www.perseus.tufts.edu/hopper/text?doc=Perseus%3Atext%3A1999.02.0137%3Abook%3D7%3Achapter%3D44 Acesso em: 4 mar. 2024.