"We Did Not Imagine Having to Prove It to Them” Uncertainties of the Bureaucratic Paths for Ethnic Recognition in Altamira
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Abstract
The article explores the difficulties faced by the so-called “unvilaged Indians” (índios desaldeados) in their quest for official recognition. Through two ethnographic situations in the Altamira region, it discusses how a 68-year-old man and a 19-year-old woman attempt to position themselves in a socio-legal game that requires their assertion of indigeneity to be confirmed by external identification and their territorial project to fit into state categories. In a third part, it focuses on the discourses of officials dealing with indigenous issues, emphasizing how the multiplication of required “proofs” constitutes a system aimed at containing these demands, that is, at excluding them. The article concludes by suggesting that indigeneity is being shaped into the “Image of a limited good,” generating disputes and accusations among people who all consider themselves indigenous.
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