Orientalismo e a Estética do Desejo em “Alkamar A Minha Amante” de Jamil Almansur Haddad
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Resumo
O presente estudo analisa a redescoberta de Jamil Almansur Haddad (1914-1988) como figura relevante da literatura brasileira, destacada por pesquisas recentes. Filho de imigrantes libaneses, Haddad foi poeta, ensaísta e tradutor, com uma obra marcada pela fusão de influências orientais e brasileiras. Em Alkamar, a Minha Amante (1935), o autor recorre ao Orientalismo, utilizando imagótipos repletos de exoticidades associadas à cultura árabe. A afinidade com traços do decadentismo que marcaram as primeiras décadas do século XX na Europa literária — personificados, em particular, pelo italiano Gabriele D’Annunzio — leva a propor a imitação, por parte do jovem autor brasileiro, de modelos europeus.
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Referências
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