Racismo e Trauma Coletivo no Centro da Clínica e da História

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Maria Inês Assumpção Fernandes

Resumo

Este trabalho procura refletir sobre a problemática do racismo como trauma coletivo e as suas implicações no campo clínico, utilizando o grupo - enquanto dispositivo - como espaço analítico. Para tal, é necessário ter em conta a estreita ligação entre o dispositivo, o enquadramento institucional e o contexto social no trabalho transferencial. Essas reflexões deverão ser realizadas levando em conta a) o processo de colonização no Brasil e a violência fundadora que lhe é inerente e que expressa uma ordenação de vínculos sustentada por alianças conscientes e inconscientes modeladas pelo escravismo; b) a noção de interseccionalidade como investigação crítica e o problema da contratualização no mundo atual; e, c) a função psíquica do racismo como ideologia (Cf. Kaës, 1980-2016) e as incidências subjetivas dela decorrentes.

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Seção

Crítica da Contemporaneidade

Biografia do Autor

Maria Inês Assumpção Fernandes, Universidade de São Paulo

Professora Titular do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo.

Como Citar

Racismo e Trauma Coletivo no Centro da Clínica e da História. EXILIUM Revista de Estudos da Contemporaneidade, [S. l.], v. 5, n. 9, p. 77–85, 2024. DOI: 10.34024/exilium.v5i9.19819. Disponível em: https://periodicos.unifesp.br/index.php/exilium/article/view/19819. Acesso em: 5 dez. 2025.