De quem é o Brasil que aparece na tela? Uma análise sobre narrativa, poder e representação social na teledramaturgia brasileira

Autores

  • Luana Ruy Universidade Federal de São Carlos

DOI:

https://doi.org/10.34024/pensata.2020.v9.11227

Resumo

O presente trabalho buscou construir uma reflexão sobre as narrativas construídas na teledramaturgia sobre o Brasil e mais especificamente sobre questões que envolvem raça e racismo. A telenovela se configura como um dos principais produtos televisivos no Brasil, operando enquanto elemento simbólico e cultural, assim como potente ferramenta para a constituição de um imaginário social. Ao assumir o papel de narrar a realidade social brasileira, a telenovela pode ser compreendida como instrumento fundamental, tanto para visibilizar certos assuntos, quanto para silenciar outros. Diante disso, pretendeu-se, em um primeiro momento. refletir sobre esse papel a partir da noção de narrador desenvolvida por Benjamin (1994) e em seguida refletir sobre a concepção de Hall (2016) sobre Regimes de Representação. Pensar em narrativa é pensar na experiência daquele que narra, no caso das telenovelas, compreendeu-se que as posições de narradores estiveram circunscritas à alguns sujeitos, que historicamente, se imputaram da tarefa de narrar até mesmo a experiência de sujeito outros. Nessa perspectiva, narrar é ter o poder de falar ao grande público partindo de um determinado ponto de vista, desse modo: qual ponto de vista tem sido historicamente privilegiado? Em síntese, enquanto esses espaços não se abrirem a novas possibilidades narrativas teremos que encarar como narrativa da realidade social, ou de nação a experiência de sujeitos muito particulares e que experienciam o social de uma forma distinta, e além disso, encararmos que estes produtos sejam vendidos mundo afora com o intuito de narrar e representar o Brasil real.

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Publicado

2021-02-16

Como Citar

Ruy, L. (2021). De quem é o Brasil que aparece na tela? Uma análise sobre narrativa, poder e representação social na teledramaturgia brasileira. Pensata, 9(2). https://doi.org/10.34024/pensata.2020.v9.11227
Recebido: 2020-09-29
Aceito: 2020-12-10
Publicado: 2021-02-16