Por um estruturalismo dos afetos
A inserção dos afetos nas Ciências Sociais pela perspectiva de Espinosa
DOI:
https://doi.org/10.34024/pensata.2020.v9.10527Resumo
O presente trabalho é um ensaio crítico à posição ontológica das Ciências Sociais. Tendo como ponto de partida as dificuldades que os estudos na área têm encontrado em explicar os fenômenos atuais, busca apresentar uma chave teórica pouco utilizada pelos cientistas sociais: os afetos. Os afetos, comumente ignorados no campo pela acusação de serem questões subjetivistas, representam uma variável fundamental para se pensar a ação social. A inserção dessa variável é feita por meio da filosofia de Espinosa, base para a elaboração teórica de um Estruturalismo dos Afetos. Tal concepção traz uma crítica do sujeito racional autônomo e questiona a percepção da sociedade como um conjunto de normas valorativas e sociais. Segundo ela, tanto os indivíduos quanto as instituições sociais são um circuito de afetos, não estruturas racionais e normativas. Sem nenhuma pretensão definitiva, o artigo é uma breve sistematização das premissas e conclusões iniciais de um Estruturalismo dos Afetos. Mais do que isso, busca ser uma crítica inicial aos estudos sociais que não fazem uso de chaves-teóricas de outros campos e se prendem às concepções dominantes das Ciências Sociais.
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Aceito: 2020-07-06
Publicado: 2020-07-28