Perfil Clínico-Epidemiológico das Ocorrências de Traumatismo Cranioencefálico

Autores

  • Bernardo Guimarães Maia Acadêmico do 11º período do curso de Medicina (FUNJOB), Barbacena- -MG, Brasil.
  • Fábio Ribeiro Pedrozo de Paula Acadêmico do 11º período do curso de Medicina (FUNJOB), Barbacena- -MG, Brasil.
  • Gabriela Drummond Cotta Acadêmico do 11º período do curso de Medicina (FUNJOB), Barbacena- -MG, Brasil.
  • Marcos de Abreu Lima Cota Acadêmico do 11º período do curso de Medicina (FUNJOB), Barbacena- -MG, Brasil.
  • Pedro Gontijo Públio Acadêmico do 11º período do curso de Medicina (FUNJOB), Barbacena- -MG, Brasil.
  • Helena de Oliveira Médica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Doutorado em Saúde Coletiva – Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), Rio de Janeiro-RJ, Brasil.
  • Tarcísio Araújo de Oliveira Médico pela Faculdade de Medicina de Barbacena, Neurocirurgião do serviço Dr. Gulherme Cabral Filho, Belo Horizonte-MG, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.34024/rnc.2013.v21.8204

Palavras-chave:

Lesão Cerebral, Traumatismo Encefálicos, Perfil de Saúde, Epidemiologia

Resumo

Introdução. O traumatismo cranioencefálico (TCE) constitui pro­blemática relevante na sociedade atual, com consequências que ultra­passam os limites médicos. O presente estudo tem por objetivo avaliar aspectos clínicos e epidemiológicos e fazer uma análise comparativa entre os mecanismos de trauma, lesões e o perfil de gravidade das ví­timas de trauma. Método. Trata-se de um estudo de corte transversal sobre indivíduos vítimas de TCE internados no Hospital Santa Casa de Misericórdia de Barbacena entre janeiro de 2008 a janeiro de 2011. Do instrumento de coleta constataram dados de identificação, causa do trauma, presença de embriaguez, diagnóstico tomográfico, Escala de Coma de Glasgow, complicações, lesões associadas, terapêutica e tempo de internação. Resultados. Foram analisados 298 prontuários, e destes, evidenciou-se maior ocorrência de TCE no sexo masculino (79,2%) e idade média de 39,7 anos. A principal causa externa dos traumas foi a queda da própria altura (37,2%). Constatou-se clinica­mente a embriaguez em 17,7% dos pacientes. Entre os diagnósticos tomográficos foi observada maior frequência das hemorragias intracra­nianas (47,6%). Complicações evolutivas foram observadas em 30,8% dos casos. Conclusão. O perfil encontrado sugere a importância da atuação do sistema de saúde local e estadual, possibilitando a criação e implantação de estratégia de prevenção e aprimoramento no atendi­mento dos TCEs.

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Publicado

2013-03-31

Como Citar

Maia, B. G., Paula, F. R. P. de, Cotta, G. D., Cota, M. de A. L., Públio, P. G., de Oliveira, H., & Oliveira, T. A. de. (2013). Perfil Clínico-Epidemiológico das Ocorrências de Traumatismo Cranioencefálico. Revista Neurociências, 21(1), 43–52. https://doi.org/10.34024/rnc.2013.v21.8204

Edição

Seção

Artigos Originais
Recebido: 2019-02-23
Publicado: 2013-03-31