Múltipla Deficiência e Baixa Visão

Autores

  • Maria Inês R.S. Nobre
  • Heloisa G.R.G. Gagliardo
  • K. Monteiro de Carvalho
  • Marilda B.S. Botega
  • Paulo R. Sampaio

DOI:

https://doi.org/10.34024/rnc.1998.v6.10327

Palavras-chave:

Visão subnormal, desenvolvimento neuromotor, múltipla deficiência

Resumo

Crianças com múltipla deficiência apresentam com freqüência deficiência visual associada. Geralmente, as crianças com quadro neurológico grave têm o quadro motor intensamente comprometido, sendo esse priorizado em programas de habilitação infantil. Devido à dificuldade em se observar as respostas visuais nessas crianças, normalmente o possível diagnóstico oftalmológico é tardio, comprometendo ainda mais seu desenvolvimento. Durante um período de 3 meses, em um serviço de visão subnormal, os autores encontraram uma freqüência de 50% de crianças com múltipla deficiência associada à deficiência visual. Verificou-se que a média de chegada dessas crianças ao serviço foi de 21 meses, sendo todas institucionalizadas. Conclui-se que o comprometimento neuromotor pode retardar o encaminhamento dessas crianças ao oftalmologista. As que apresentam resíduo visual podem ser privadas de estimulação adequada nos períodos sensíveis de desenvolvimento da visão, podendo ter prejudicado seu desenvolvimento visual e, em conseqüência, o desenvolvimento neuromotor.

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Publicado

1998-09-30

Como Citar

Nobre, M. I. R., Gagliardo, H. G., Carvalho, K. M. de, Botega, M. B., & Sampaio, P. R. (1998). Múltipla Deficiência e Baixa Visão. Revista Neurociências, 6(3), 111–113. https://doi.org/10.34024/rnc.1998.v6.10327

Edição

Seção

Artigos Originais
Recebido: 2020-02-18
Publicado: 1998-09-30