Funcionalidade de pessoas amputadas por acidentes de trânsito após adaptação protética

série de casos

Autores

  • Lílian de Fátima Dornelas Fisioterapeuta, Doutoranda em Ciências da Reabilitação, Mestre em Ciências da Saúde, Professora Substituta da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional da UFMG, Belo Horizonte-MG, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.34024/rnc.2011.v19.8391

Palavras-chave:

Acidentes de trânsito, Amputação de membros, Funcionalidade

Resumo

kruegereddy@gmail.com

 escheeren@gmail.com

guinnn@gmail.com

Introdução. Dentre as lesões decorrentes de um acidente de trânsito (AT), têm-se as amputações de membros e o objetivo de reabilitar estes indivíduos é proporcionar independência funcional. Objetivo. Conhecer a funcionalidade das pessoas amputadas por AT após adaptação protética. Método. Estudo de série de casos por meio de uma entrevista semi-estruturada, com 25 pessoas amputadas de membro inferior por AT após adaptação protética, que foram cadastradas no período de dezembro de 2002 a dezembro de 2004 na Associação de Assistência à Criança Deficiente de Minas Gerais (AACD/MG) e entrevistadas em maio e junho de 2005. Resultados. A maioria (15; 60%) dos participantes relatou utilizar a prótese somente para passeio, e todas as pessoas amputadas de membro inferior por AT após adaptação protética permaneceram com queixas funcionais como: andar em solo irregular (21; 75%), andar por longas distâncias (18; 64,3%) e subir degraus (16; 57,1%). Conclusão. Os pacientes amputados de membro inferior por AT utilizam a prótese comumente para passeio e, além disso, queixam de dificuldades funcionais que limitam às demandas do dia-a-dia. Sugere-se a necessidade de um processo de reabilitação voltado para a funcionalidade destes indivíduos, uma vez que, adquirir a prótese não é sinônimo de independência.

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Publicado

2011-06-30

Como Citar

Dornelas, L. de F. (2011). Funcionalidade de pessoas amputadas por acidentes de trânsito após adaptação protética: série de casos. Revista Neurociências, 19(2), 280–283. https://doi.org/10.34024/rnc.2011.v19.8391

Edição

Seção

Relato de Caso
Recebido: 2019-02-24
Publicado: 2011-06-30