Comentário Crítico Sobre Revisão Sistemática Baseado no Artigo:

Benzodiazepínicos e Drogas Relacionadas para Insônia no Cuidado Paliativo*

Autores

  • Fernando Rodrigues de Carvalho Cirurgião dentista, Doutorando, UNIFESP, São Paulo-SP, Brasil;
  • Débora Aparecida Lentini-Oliveira Cirurgião dentista, Doutorando, UNIFESP, São Paulo-SP, Brasil;
  • Marco Antonio Cardoso Machado Cirurgião dentista, Doutor, Setor Neuro-Sono, UNIFESP, São Paulo-SP, Brasil;
  • João Eduardo Coin de Carvalho Psicólogo, Doutor, Setor Neuro-Sono, UNIFESP, Professor da UNIP. São Paulo-SP, Brasil;
  • Márcia Regina Barros Historiadora, Doutora, FFLCH da USP, São Paulo-SP, Brasil;
  • Lucila Bizari Fernandes do Prado 5.Médica, Doutora, Diretora do Laboratório Neuro-Sono, UNIFESP, São Paulo-SP, Brasil
  • Luciane B Coin de de Carvalho Psicóloga, Doutora, Professora Afiliada, UNIFESP, São Paulo-SP, Brasil
  • Gilmar Fernandes do Prado Neurologista, Professor Livre-Docente da UNIFESP, chefe do setor Neuro-Sono da Disciplina de Neurologia, São Paulo-SP, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.4181/RNC.2011.IP.13

Palavras-chave:

Revisão Sistemática, Metanálise, Insônia, Benzodiazepina

Resumo

Introdução. A quantidade de informação científica disponível é muito grande e crescente. As revisões sistemáticas (RS) auxiliam no processo de aproveitar essas informações na prática clínica. Uma RS pode agru­par os resultados dos estudos que a originaram por um método estatís­tico da metanálise. O objetivo foi discutir o conceito de RS a partir do artigo de Hirst & Sloan, sobre o uso de benzodiazepínicos para insônia em pacientes com doença crônica. Método. Foi realizada busca na Co­chrane Library; Medline; Embase; PsychInfo; segundo estratégia elabo­rada pelo “Cochrane Pain, Palliative Care And Supportive Care Group Search Strategy”. Resultados. Não foram encontrados ensaios clínicos sobre esse assunto. Conclusão. Não há como se recomendar qualquer intervenção para a insônia em pacientes “terminais” que seja indiscu­tivelmente qualificada. Resultados negativos como este não significam que a medicação não tem efeito. Pode-se dizer que não é possível saber se o efeito observado foi pela medicação, mas não foi possível demons­trá-lo. Comentário. Esta é ainda a mais frequente conclusão de Revisão Sistemática, ensejando sensação de descrédito e perda ao mesmo leitor que busca sua fortaleza na ciência. Neste artigo tentamos demons­trar que a RS é exatamente o mesmo produto de nossa ciência diária.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

Hirst A, Sloan R. Benzodiazepines and related drugs for insomnia in palliative care (Cochrane Review). Cochrane Database Sys Rev 2002;4: CD003346. doi: 10.1002/14651858.http://dx.doi.org/10.1002/14651858

Kuhn T. A Estrutura das Revoluções Científicas. 4a. Edição. São Paulo: Editora Perspectiva, 1970, 288p.

Matos FC. Nietzsche e o primado da prática: um espírito livre em guerra contra o dogmatismo (Tese de Doutorado). São Paulo: Universidade de São Paulo-USP, 2007, 270p.

Fernandez BPM. O devir das ciências: isenção ou inserção dos valores humanos. Por uma ciência econômica ética, social e ecologicamente comprometida (Tese de Doutorado). Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 2004, 254p.

Nietzsche F. O Anticristo. Lisboa: Guimarães Editores, 1978, 136p

Nietzsche F. Assim falou Zaratustra: uma obra para todos e ninguém. In: Lebrun G. Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1978, p.227-65.

Rocha SPV. O relativismo como niilismo, ou os sem teto da metafísica. Rev Trag 2008;2:161-9.

Sackett DL, Straus SE, Richardson WS, Rosenberg W, Haynes RB. Medicina Baseada em Evidências: Prática e ensino. 2ª ed. Porto Alegre: Ed. Artmed, 2003, 270p.

Alderson P, Green S, Higgins JPT (Eds). Cochrane Reviewers Handbook 4.2.2 [updated March 2004]. In: The Cochrane library, Issue 1. Chichester: John Wiley & Sons Ltda, 2004, 241p.

Alderson P, Green S, editors. Cochrane Collaboration open learning material for reviewers 1.1. In: The Cochrane Collaboration. Chichester: John Wiley & Sons Ltda, 2002, 196p.

Curso virtual de revisão sistemática e metanálise – Laboratório de ensino a distância (endereço na Internet). São Paulo: Centro Cochrane do Brasil / UNIFESP (atualizado em: 10/2010; acessado em: 10/2010). Disponível em: www.centrocochranedobrasil.org

Egger M, Zellweger-Zähner T, Schneider M, Junker C, Lengeler C, Antes G. Language bias in randomised controlled trials published in English and German. Lancet 1997;350:326-9. http://dx.doi.org/10.1016/S0140-6736 (97)02419-7

Early Breast Cancer Trialists’ Collaborative Group. Tamoxifen for early breast cancer. Cochrane Database Syst Rev 2001;(1):CD000486. Atualizado em: Cochrane Database Syst Rev 2008;(4):CD000486.

Lister-Sharp D, McDonagh MS, Khan KS, Kleijnen J. A rapid and systematic review of the effectiveness and cost-effectiveness of the taxanes used in the treatment of advanced breast and ovarian cancer. Health Technol Assess 2000;4:1-113.

Medeiros LR, Stein A. Níveis de evidência e graus de recomendação da Medicina baseada em evidências. AMRIGS 2002;46:43-6.

Phillips B, Ball C, Sackett D, Badenoch D, Straus S, Haynes B, et al. Oxford Centre for evidence-based medicine levels of evidence grades of recommendation (endereço na internet). Londres: CEBM – Centre for Evidence Based Medicine (atualizado em: 03/2009; acessado em: 10/2010). Disponível em: http://www.cebm.net/index.aspx?o=1025

Sackett DL, Rosenberg WMC, Gray JAM, Richardson WS. Evidence based medicine: what it is and what it isn’t. BMJ 1996;312:71-2.

Grahame-Smith D. Evidence based medicine: Socratic dissent. BMJ 1995;310:1126-7.

Abbagnano N. Dicionário de Filosofia. 5a. edição. São Paulo: Martins Fontes, 2007, 1210p.

Bruera E, Fainsinger RL, Schoeller T, Ripamonti C. Rapid discontinuation of hypnotics in terminal cancer patients: a prospective study. Ann Oncol 1996;7:855-6.

UK Committee on Safety of Medicine. Benzodiazepines, dependence and withdrawal symptoms (Endereço na Internet). UK Government Bulletin to Prescribing Doctors. Cur Prob 1988;21:1-2. Disponível em: http://www.benzo.org.uk/commit.htm

World Health Organization Biennial Report of the Director-General to the World Health Assembly and to the United Nations. Geneva: WHO: Press, 1992, 195p.

Jacobs DM. The European Agency for the Evaluation of Medicinal Products EMEA. 3a. ed., London: Informa Health Carre, 2006, 4370p.

DSM IV – Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (endereço na Internet). PsiqWeb (atualizado em: 10/2010; acessado em: 10/2010). Disponível em: http://virtualpsy.locaweb.com.br/dsm.php

American Academy of Sleep Medicine - AASM. The International Classification of Sleep Disorders - Diagnostic and coding manual. 2nd ed. Westchester: AASM, 2005, 296p.

CID 10 – Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas relacionados à Saúde (endereço na Internet). Centro Colaborador da OMS para a Classificação de Doenças em Português – CBCD (atualizado em: 10/2010; acessado em: 10/2010). Disponível em: http://www.datasus.gov.br/cid10/v2008/cid10.htm

Nowell PD, Mazumdar S, Buysse DJ, Dew MA, Reynolds CF 3rd, Kupfer DJ. Benzodiazepines and zolpidem for chronic insomnia: a meta-analysis of treatment efficacy. JAMA 1997;278:2170-7. http://dx.doi.org/10.1001/jama.278.24.2170

Holbrook AM, Crowther R, Lotter A, Cheng C, King D. The diagnosis and management of insomnia in clinical practice: a practical evidence-based approach. CMAJ 2000;162:216-20.

Smith MT, Perlis ML, Park A, Smith MS, Pennington J, Giles DE, et al. Comparative meta-analysis of pharmacotherapy and behavior therapy for persistent insomnia. Am J Psychiatry 2002;159:5-11. http://dx.doi.org/10.1176/appi.ajp.159.1.5

Hora GB. A impossibilidade de separação entre convencimento e sedução como nova perspectiva para o tema da segurança no direito (endereço na internet). Florianópolis: Conselho Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Direito. (atualizado em: 10/2010; acessado em: 10/2010). Disponível em: http://www.conpedi.org.br/manaus/arquivos/anais/bh/graziela_bacchi_hora.pdf

Nietzsche F. Para além de bem e de mal. Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1978, p.270.

Chauí M. Merleau-Ponty: a obra fecunda. A filosofia como interrogaçãointerminável. CULT - Revista Brasileira de Cultura, Dossiê: Merleau-Ponty. São Paulo: Ed. Bregantini, Ano 11, Nº123, 2008, p.45.

Flather MD, Farkouh ME, Pope JM, Yusuf S. Control Clin Trials 1997;18:568-79. http://dx.doi.org/10.1016/S0197456(97)00024-X

Downloads

Publicado

2012-03-31

Como Citar

Carvalho, F. R. de, Lentini-Oliveira, D. A., Machado, M. A. C., Carvalho, J. E. C. de, Barros, M. R., Prado, L. B. F. do, de Carvalho, L. B. C. de, & Prado, G. F. do. (2012). Comentário Crítico Sobre Revisão Sistemática Baseado no Artigo:: Benzodiazepínicos e Drogas Relacionadas para Insônia no Cuidado Paliativo*. Revista Neurociências, 20(1), 13–25. https://doi.org/10.4181/RNC.2011.IP.13

Edição

Seção

Artigos Originais
Recebido: 2019-02-18
Publicado: 2012-03-31

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

1 2 3 4 5 6 > >>