Doenças Ocupacionais em Músicos
uma Abordagem Fisioterapêutica
DOI:
https://doi.org/10.34024/rnc.2000.v8.8938Palavras-chave:
Doenças ocupacionais, músicos, fisioterapia, doença neuromuscular, distonia focalResumo
Muitos instrumentistas dedicam várias horas diárias ao estudo técnico de seu instrumento e às atividades decorrentes de sua profissão. Os músicos apresentam, como principais distúrbios neurológicos, desordens musculoesqueléticas, neuropatias compressivas e disfunção motora. As compressões mais comuns são síndrome do nervo interósseo, do desfiladeiro torácico e síndrome do túnel do carpo. Essas disfunções ocorrem por compressão direta do instrumento sobre o trajeto superficial do nervo, por posturas inadequadas ao posicionar o instrumento, por estreitamento de locais relacionados ao trajeto do nervo decorrentes de movimentos repetitivos. Distonia focal ocorre em 9% a 14% dos músicos. Apontamos a necessidade de profissionais que tratam de disfunções físicas elaborarem protocolos de abordagem preventiva e terapêutica. As técnicas mais utilizadas pela fisioterapia são: Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva, Miofascioterapia, Feldenkrais, Rolfing, IsoStretching, Reeducação Postural Global, Hidroterapia, Técnica de Alexander, Método de Manipulação Vertebral Maitland. Essas técnicas devem ser aplicadas e comparadas por meio de estudos controlados, para obtermos os subsídios necessários à elaboração de protocolos de conduta.
Downloads
Métricas
Referências
Liebernan JL. “You are your Instrument”. New York, Huiksi Music, 3 ed., 1991. pp. 14-75.
Moura RCR. Doenças Ocupacionais Relacionadas à Prática Violinística. Curso de Fisioterapeuta. Universidade Bandeirante de São Paulo [Trabalho de Conclusão de Curso] São Paulo, 1998.
Lockwood AH. Medical Problems of Musicians. N Engl J Med, 320(4):221-7, 1989.
Caldron PH, Calabrese LH, Clough JD, Ledereman RJ, Williams G, Leatherman J. A survey of musculoskeletal problems encountered in high-level musicians. Med Probl Perform Art, 1:136-9, 1986.
Brito AC, Orso MB, Gomes E. Lesões por esforços repetitivos e outros acometimentos reumáticos em músicos profissionais. Rev Bras de Reumatol, 32(2):79-83, 1992.
Gonik R. Afecções Neurológicas Ocupacionais dos Músicos. Rev Bras Neurol, 27(1):9-12, 1991.
Gonik R. Afecções Neurológicas Ocupacionais dos Músicos. Rev Bras Neurol, 27(2):63-6, 1991.
Gonik R. Afecções Neurológicas Ocupacionais dos Músicos. Rev Bras Neurol, 27(3):87-91, 1991.
Gonik R. Afecções Neurológicas Ocupacionais dos Músicos. Rev Bras Neurol, 27(4):125-32, 1991.
Fry HJH. Prevalence of Overuse (injury) Syndrome in Australian music schools. Br J Indust Med, 44:35-40, 1987.
Lederman RJ. Occupation cramp in instrumental musicians. Medical problems of performing Artists, 3:45-51, 1988.
Ferraz HB. Distonias: Análise clínica de 122 pacientes. Tese de Mestrado em Neurologia, Escola Paulista de Medicina (Unifesp), São Paulo, 1990, pp. 2-28.
Office of Scientific and Helth Reports. The Dystonias. The Dystonias Fact Sheet, 1998 (http://www.minds.nih.gov/healinfo/desorder/dystonia/dystonia.html), (25/6/98).
Adler SS, Beckers D, Buck M. PNF. Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva. São Paulo, Manole, 1 ed., 1999, pp. 1-14.
Bienfait M. Os Desequilíbrios Estáticos, São Paulo, Summus, 1989, pp. 13-20.
Feldenkrais M. A consciência pelo movimento. São Paulo, Summus, 1977, pp. 27-42.
Rolf IP. A integração das Estruturas Humanas. São Paulo, Ed Martins Fontes, 1999, pp 15-40.
Redondo B. Gymnastique D’Equilibre. Paris, Chiron, 3 ed., 1990, pp. 5-16.
Souchard PE. O Stretching Global Ativo. São Paulo, Manole, 1 ed.,1996, pp. 47-60.
Skinner AT, Thompson AM. Duffield: Exercícios na água. São Paulo, Manole, 3 ed., 1985, pp. 4-22.
Barker S. A Técnica de Alexander. São Paulo, Summus, 1991, pp. 11-8.
Maitland GD. Manipulação Vertebral. São Paulo, Ed Panamericana, 1989, pp. 117-25.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Publicado: 2000-09-30