Relação do Tempo Máximo de Fonação em Pacientes com Disfagia Secundária a Acidente Vascular Cerebral
DOI:
https://doi.org/10.34024/rnc.2013.v21.8178Palavras-chave:
Deglutição, Voz, Aspiração, Transtornos de DeglutiçãoResumo
Nos paciente acometidos de acidente vascular cerebral (AVC), a disfagia é uma das complicações de maior incidência e pode resultar em pneumonia aspirativa. Objetivo. Relacionar o valor do tempo máximo de fonação (TMF) na emissão da vogal /e/ sustentada em pacientes com disfagia neurogênica e a presença de aspiração laringotraqueal. Método. Estudados 38 pacientes adultos, 22 (57,9%) do sexo masculino e 16 (48,1%) do sexo feminino, na faixa etária mínima de 40 anos e a máxima de 85 anos. Divididos em grupo menor que 10s e acima ou igual a 10s. Utilizou-se valores do TMF na emissão da vogal /e/ aberta sustentada comparados com achados do exame endoscópico da deglutição. Resultados. A relação do TMF na emissão da vogal /e/ sustentada, nos pacientes com disfagia neurogênica secundária a AVC, não apresentou significância estatística para presença de aspiração laringotraqueal. Conclusão. O TMF reduzido não significa presença de aspiração laringotraqueal, tornando ineficaz a sua utilização na prática clínica. Novos estudos são necessários para definir parâmetros de segurança na avaliação do paciente com AVC e disfagia neurogênica. de aspiração laringotraqueal.
Downloads
Métricas
Referências
Macedo ED, Gomes GF, Furkim AM. A deglutição normal. In: Manual de cuidados do paciente com disfagia. São Paulo: Lovise. 2000, p.17-27.
Jacobi JS, Levy DS, Silva LMC. Disfagia. Avaliação e Tratamento. Rio de Janeiro: Revinter, 2004, 408p.
Buchholz DW, Robbins R. Neurologic Diseases Affecting Oropharyngeal Swallowing. In: Periman AL, Schulze-Delrieu K (eds.). Deglutition and its Disorders: Anatomy, Physiology,Clinical Diagnosis, and Mangement. San Diego: Singular Pub, 1977, p.319-42.
Santana RB, Barros AP. Acidentes Vasculares Encefálicos – AVE. In: Jotz GP, DeAngelis CE, Barros AP (eds). Tratado da Deglutição e Disfagia. Rio de Janeiro: Revinter, 2009, p.260-5.5.Ministério da Saúde. Acidente vascular cerebral – AVC. Brasilia: Portal Brasil (atualizado em 2010, acessado em 2012). Diponível no site: http://www.brasil.gov.br/sobre/saude/saude-do-idoso/acidente-vascular-cerebral-avc
Furkim AM, Santini CS. Disfagias Orofaríngeas. 2 ed., Barueri: Pró- Fono, 2004, 238p.
Logemann JA. Evaluation and treatment of swallowing disorders. San Diego: College Hill Press, 1983, 406p.
Silva RG. Disfagia neurogênica em adultos: uma proposta para avaliação clínica. In: Furkim AM, Santini CS (Org). Disfagias orofaríngeas. Carapicuiba: Ed Pró-Fono, 1999, p.35-48.
Marik PE. Aspiration pneumonitis and aspiration pneumonia. N Engl Med 2001;344:665-7. http://dx.doi.org/10.1056/NEJM200103013440908
Silva RG. Tratado de Fonoaudiologia: Disfagia orofaríngea Pós-acidente Vascular Encefálico. São Paulo: Ed Roca, 2004, p.354-69.
Padovani AR, Moraes DP, Mangili D, Andrade CRF. Protocolo fonoaudiológico de avaliação do risco para disfagia (PARD). Rev Soc Bras Fonoaudiol 2007;12:199-205. http://dx.doi.org/10.1590/S1516-80342007000300007
Carrara-de-Angelis E. Deglutição, configuração laríngea, análise clínica e análise computadorizada da voz de pacientes com doença de Parkinson (Tese). São Paulo: Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo, 2000, 144p.
Horner J, Massey EW, Riski JE, Lathrop DL, Chase MS. Aspiration following stroke: clinical correlates and outcome. Neurology 1988;38:1359-62. http://dx.doi.org/10.1212/WNL.38.9.1359
Santini CS. Disfagias neurogênicas. In: Furkim AM. Disfagias orofaríngeas 2. Barueri: Ed. Pró-Fono, 1999, p.19-34.
Daniels SK, Ballo LA, Mahoney MC, Foundas HL. Clinical predictors of dysphagia and aspiration risk : outcome measures in acute stroke patients. Arch Phys Med Rehabil 2000;81:1030-3. http://dx.doi.org/10.1053/apmr.2000.6301
Silva RG, Gatto NA, Cola PC. Disfagia orofaríngea neurogênica em adultos – avaliação fonoaudiológica em leito hospitalar. In: Jacobi JS, Levy DS, Silva LMC (org). Disfagia - Avaliação e Tratamento. Rio de Janeiro: Revinter, 2003, p.181-96.
Macedo-Filho ED. Avaliação Videoendoscópica da Deglutição (VED) na Abordagem da Disfagia Orofaríngea. In: Jacobi JS, Levy DS, Silva LMC (org). Disfagia - Avaliação e Tratamento. Rio de Janeiro: Revinter, 2003, p.332-42.
Rehder MI. Inter–Relações Entre Voz e Motricidade Oral. In: Ferreira LP, Befi-Lopes DM, Limongi SCO. Tratado de Fonoaudiologia. São Paulo : Roca; 2004, p.59-74.
Warms T, Richards J. “Wet Voice” as a predictor of penetration and aspiration in oropharyngeal dysphagia. Dysphagia (New York) 2000;15:84-8.
Murray J, Langmore SE, Ginsberg S, Dostie A. The significance of accumulated oropharyngeal secretions and swallowing frequency in predicting aspiration. Dysphagia 1996;11:99-103. http://dx.doi.org/10.1007/BF00417898
Kotby M, El-Sady S, Khidr A, Alloush T, Nasser N, Gamal M, et al. Voice quality in neurological disorders of the larynx: Pathophysiological correlates. In: Fujimura O, Hirano M. Vocal fold physiology. San Diego: Singular Pub, 1995, p.269-81.
Colton RH, Casper JK. Compreendendo os problemas de voz – uma perspectiva fisiológica ao diagnóstico e ao tratamento. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996, p.13-57.
Behlau M, Madazio G, Feijó D, Pontes P. Avaliação da Voz. In: Behlau M (Ed.). Voz - O livro do especialista nome do livro I. Rio de Janeiro: Revinter, 2004, p.85-180.
Ramig LOE, Scherer R. Speech therapy for neurological disorders of the larynx. In: Blitzer A, Sasaki C, Fahn S, Brin M, Harrys K (eds). Neurological disorders of the larynx. New York: Thieme, 1992, p.163-81.
Valim MAB, Santos RS, Macedo ED, Silva EMA, Serrato MRF. A relação do tempo máximo de fonação nos pacientes neurológicos com disfagia neurogênica. Rev Arq Inter ORL 2007;7:260-6.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Publicado: 2013-06-30