Reabilitação multidisciplinar após estimulação cerebral profunda no paciente com sequelas atáxicas: relato de caso

Autores

  • Caio Castro Associação de Assistência à Criança Deficiênte
  • Cristiane Dias dos Anjos de Souza
  • Douglas Martins Braga

DOI:

https://doi.org/10.34024/rnc.2019.v27.9814

Palavras-chave:

reabilitação multidisciplinar; AVC; estimulação cerebral profunda; MIF.

Resumo

Introdução. O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é o surgimento agudo de uma disfunção neurológica devido a uma anormalidade na circulação cerebral. Dentre estas alterações, a ataxia limita as atividades funcionais. Com o intuito de diminuir a movimentação atípica, desenvolveu-se a estimulação cerebral profunda–cerebelar (ECP-C), além de programas terapêuticos para a independência destes pacientes. Objetivo. O objetivo deste estudo foi avaliar a evolução funcional da paciente depois do processo de reabilitação após a ECP-C. Método. trata-se de um relato de caso. Foram realizadas três avaliações, antes da estimulação, após a estimulação e após a reabilitação, através da Medida de Independência Funcional (MIF). A reabilitação foi constituída de fonoaudiologia, terapia ocupacional, fisioterapia em solo e fisioterapia aquática. Resultados. Observou-se melhora da paciente nos itens: cuidados com a aparência, controle de esfíncteres (vesical e anal) e subir e descer escadas na avaliação pós-cirúrgica e na alimentação, utilização do vaso sanitário, banho e para caminhar após a intervenção terapêutica. As transferências da cadeira para cama melhoraram após a cirurgia e após a intervenção multidisciplinar. Conclusão. Os resultados demonstraram que o tratamento multidisciplinar após a ECP-C com o eletrodo na região do núcleo denteado esquerdo, foi favorável para a melhora da independência do paciente.

Palavras chaves: reabilitação multidisciplinar; AVC; estimulação cerebral profunda; MIF.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

Shumway-Cook A, Woollacott MH. Controle Motor: teoria e aplicações práticas. 2ª ed. São Paulo: Manole, 2003.

Torriani-Pasin C. Qualidade de vida após um AVC: os efeitos da prática de atividade física regular em pacientes crônicos. Rev Neurocienc 2014;22:168-9.

http://dx.doi.org/10.4181/RNC.2014.22.02.editorial935.2p

Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares (SBDCV) (endereço na internet). (acessado em 10/12/2018). Disponível em: www.sbdcv.org.br

World Stroke Organization. (endereço na internet) (acessado em 10/12/2018). Disponível em: www.world-stroke.org

Wright RL, Bevins JW, Pratt D, Sackley CM, Wing AM. Metronome Cueing of Walking Reduces Gait Variability after a Cerebellar stroke. Front Neurol 2016;7:84. http://dx.doi.org/10.3389/fneur.2016.00084

Picelli A, Zuccher P, Tomeleri, G, Bovi P, Moretto G, Waldner A, et al. Prognostic Importance of Lesion Location on Functional Outcome in Patients with Cerebellar Ischemic Stroke: a Prospective Pilot Study. Cerebellum 2017;16:257-61. http://dx.doi.org/10.1007/s12311-015-0757-6

Teixeira MJ, Cury RG, Galhardoni R, Barboza VR, Brunoni AR, Alho E, et al. Deep brain stimulation of the dentate nucleus improves cerebellar ataxia after cerebellar stroke. Neurology 2015;85:2075-6. http://dx.doi.org/10.1212/WNL.0000000000002204

Araújo HA, Iglesio RF, Correia GSC, Fernandes DTRM, Galhardoni R, Marcolin MA, et al. Estimulação magnética transcraniana e aplicabilidade clínica: perspectivas na conduta terapêutica neuropsiquiátrica. Rev Med 2011;90:3-14.

https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v90i1p3-14

Belagaje S. Stroke Rehabilitation. Continuum (Minneap Minn) 2017;23:238-53. https://doi.org/10.1212/CON.0000000000000423

Santos E, Broussy S, Lesaine E, Saillor F, Roanet F, Dehail P, et al. Post-stroke follow-up: Time to organize. Rev Neurol (Paris) 2019;175:59-64. https://doi.org/10.1016/j.neurol.2018.02.087

Dodds AT, Martin DP, Stolov WC, Deyo RA. A validation of the functional independence measure and its performance among rehabilitations inpatients. Arch Phys Med Rehabil 1993;74:531-6. https://doi.org/10.1016/0003-9993(93)90119-u

Whaten CA, Frizon LA, Maiti TK, Kenneth B, Machado AG. Deep brain stimulation of the cerebellum for poststroke motor rehabilitation: from laboratory to clinical trial. Neurosurg Focus 2018;45:E13. https://doi.org/10.3171/2018.5.FOCUS18164

Samadani U, Uemura A, Jaggi JL, Colcher A, Zager EL, Baltuch GH. Thalamic deep brain stimulation for disabling tremor after excision of a midbrain cavernous angioma. Case Report. J Neurosurg 2003;98:888-90. https://doi.org/10.3171/jns.2003.98.4.0888

Beninato M, Gill-Body KM, Salles S, Stark PC, Black-Schaffer RM, Stein J. Determination of the Minimal Clinically Important Difference in the FIM Instrument in Patients With Stroke. Arch Phys Med Rehabil 2006;87:32-9. https://doi.org/10.1016/j.apmr.2005.08.130

Tijsen LM, Derksen EW, Achterberg WP, Buijck BI. Challenging rehabilitation environment for older patients. Clin Interv Aging 2019;14:1451-60. https://doi.org/10.2147/CIA.S207863

Silva JB, Branco FR. Fisioterapia Aquática Funcional. São Paulo: Artes Médicas, 2011, p.127-392.

Valdassery SJ, Kong KH, Ho LWM, Seneviratna A. Interview Functional Independence Measure score: self-reporting as a simpler alternative to multidisciplinary functional assessment. Singapore Med J 2019;60:199-201. https://doi.org/10.11622/smedj.2018048

Castro CRAP, Tomasetto LC, Braga DM, Branco FB, Moraes AL. Relato de quedas na população neurológica adulta e sua importância no setor de fisioterapia aquática. Cad Pós-Grad Disturb Desenvolv 2016;16:47-54. http://dx.doi.org/10.5935/1809-4139.20160006

Rinee P, Mace M, Nakornchai T, Karl Z, Fayer S, Sharma P, et al. Democratizing Neurorehabilitation:How Accessible are Low-Cost Mobile-Gaming Technologies for Self-Rehabilitation of Arm Disability in Stroke? PLoS ONE 2016;11:e0163413.

http://dx.doi.org/10.1371/journal.pone.0163413

Legg LA, Lewis SR, Schofield-Robinson OJ, Drummond A, Langhorne P. Occupational therapy for adults with problems in activities of daly living after stroke. Cochrane Database Syst Rev 2017;7:CD003585. http://dx.doi.org/10.1002/14651858.CD003585.pub3

Palmer R, Witts H, Chater T. What speech and language therapy do community dwelling stroke survivor with aphasia receive in the UK? PLoS One 2018;13:e0200096.

http://dx.doi.org/10.1371/journal.pone.0200096

Downloads

Publicado

2019-12-27

Como Citar

Castro, C., Dias dos Anjos de Souza, C., & Martins Braga, D. (2019). Reabilitação multidisciplinar após estimulação cerebral profunda no paciente com sequelas atáxicas: relato de caso . Revista Neurociências, 27, 1–12. https://doi.org/10.34024/rnc.2019.v27.9814

Edição

Seção

Relato de Caso
Recebido: 2019-09-29
Aceito: 2019-12-20
Publicado: 2019-12-27

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)