Tratamento inicial da doença de Parkinson.

Autores

  • Antônio L. Teixeira Jr Médico Neurologista, Professor Adjunto do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
  • Francisco Cardoso Chefe do Serviço de Neurologia do Hospital das Clínicas da UFMG e Professor Adjunto do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da UFMG.

DOI:

https://doi.org/10.34024/rnc.2004.v12.8861

Palavras-chave:

Doença de Parkinson, Tratamento inicial, Levodopa, Agonistas dopaminérgicos

Resumo

Na abordagem inicial da doença de Parkinson, é importante determinar se o paciente realmente necessita de tratamento sintomático. Quando os sintomas são ainda muito leves e não incapacitantes, selegilina, anticolinérgicos e amantadina podem ser utilizados. Quando os sintomas tornam-se problemáticos ou incapacitantes, deve-se optar entre tratar precocemente com levodopa ou empregar agonista dopaminérgico. Para pacientes jovens com maior risco de desenvolverem complicações com a terapia com levodopa, como flutuações motoras e discinesias, os agonistas dopaminérgicos são a melhor escolha. Por outro lado, em pacientes idosos (acima de 70 anos), a terapia com levodopa deve ser recomendada como tratamento inicial no sentido de evitar a maior incidência de efeitos colaterais cognitivos, como confusão mental e alucinações, freqüentemente associados aos agonistas dopaminérgicos. Ainda, as complicações motoras da levodopa são menos freqüentes em pacientes idosos.

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Publicado

2004-09-30

Como Citar

Jr, A. L. T., & Cardoso, F. (2004). Tratamento inicial da doença de Parkinson. Revista Neurociências, 12(3), 141–146. https://doi.org/10.34024/rnc.2004.v12.8861

Edição

Seção

Artigos Originais
Recebido: 2019-02-05
Publicado: 2004-09-30

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