Relação entre independência e o nível de disfunção motora e funcional em pacientes hemiparéticos
DOI:
https://doi.org/10.34024/rnc.2007.v15.8707Palavras-chave:
Hemiplegia, Acidente Cerebrovascular, Fisioterapia, AvaliaçãoResumo
Objetivo: O objetivo deste estudo foi estabelecer a correlação entre a independência funcional, tempo de lesão e o nível de disfunção motora em pacientes hemiparéticos. Método: Foram selecionados aleatoriamente 23 pacientes com seqüelas de Acidente Vascular encefálico (AVE). Os critérios de exclusão foram: alteração cognitiva grave, afasia de compreensão e impossibilidade de participar do estudo. Após assinarem o termo de consentimento, os sujeitos foram submetidos a aplicação do questionário de Medida de Independência Funcional (MIF). Para aqueles que apresentavam afasia de expressão, a aplicação do questionário foi feita com o cuidador. As categorias foram agrupadas em seis dimensões: autocuidado, controle de esfíncteres, transferências, locomoção, comunicação, e cognição social. Avaliou-se a correlação dos itens da MIF com gênero, lado hemiparético e predomínio braquial, crural ou proporcionada do acometimento. Resultados: A variável gênero se correlacionou com o Controle de Esfincter e Cognição Social. As mulheres apresentaram maior Cognição Social do que os homens (p=0,01) e os homens apresentaram tendência a maior controle do esfíncter do que as mulheres (p=0,06). Comparando-se o Predomínio de acometimento corporal, observamos que o Predomínio Crural foi menor em relação aos demais predomínios Braquial e Proporcionada (p=0,01) para Comunicação. Conclusão: Houve correlação entre disfunção motora e funcional para o item comunicação da MIF, e o acometimento com predomínio crural foi menor em relação aos demais predomínios.
Downloads
Métricas
Referências
Neto AC. Acidente Vascular Cerebral – Neurology, v8, São Paulo: Revinter. 2001, p1-13.
Fuscaldi L, Silva CS, Augusto AC, Souza AC, Goular F, Lima MR. Fortalecimento muscular e condicionamento físico em hemiplégicos. Acta Fisiatr 2000; 7(3):108-118.
Umphred D. A Fisioterapia Neurológica. 2° edição. São Paulo: Editora Manole,1994, p615-656.
Moura RMF, Lima RCM, Lage DC, Amaral EAA. Efeitos do treinamento aeróbio na qualidade de vida e na capacidade funcional de indivíduos hemiparéticos crônicos. Acta Fisiatr 2005; 12(3): 8-13.
Riberto M, Miyazaki MH, Filho DJ, Sakamoto H, Battistella LR. Reprodutibilidade da versão brasileira da Medida de Independência Funcional. Acta Fisiatr 2001; 1(8):45-52.
Riberto M, Miyazaki MH, Jucá SSH, Sakamoto H, Pinto PPN, Battistella LR. Validação da Versão Brasileira da Medida de Independência Funcional. Acta Fisiatr 2004; 2(11):72-76.
Riberto M, Pinto PPN, Sakamoto H, Battistella LR. Independência funcional de pacientes com lesão medular Acta Fisiatr 2005; 12(2): 61-66.
Haaland KY, Harrington DL. Limb-sequencing déficits after left but not right hemisphere damage.Brain and Cognition 2004; 24: 104-122.
Sabate M, Gonzalez B, Rodriguez M. Brain lateralization of motor imagery: motor planning asymmetry as a cause of movement lateralization. Neuropsychologia 2004; 42: 1041-1049.
Luft AR, Walter S, Forrester L, Smith GV, Whitall J, Macko RF, et al. Lesion location alters brain activation in chronically impaired stroke survivors. Neuroimage 2004; 21:924-935.
Harris JE, Eng JJ. Individuals with dominant hand affected following stroke demostrate less impairment than those with the nondominant hand affected. Neurorehabil S Jouvet Neural Repair 2006; 20(3): 380-389.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Publicado: 2007-03-31