Desempenho funcional de crianças com Síndrome de Down e a qualidade de vida de seus cuidadores

Autores

  • Ana Carolina Pazin Aprimoranda de Terapia Ocupacional pela FUNDAP, Hospital de Base/FUNFARME /FAMERP.
  • Marielza R. Ismael Martins Terapeuta Ocupacional, Departamento de Ciências Neurológicas e Supervisora de Aprimoramento da Faculdade de Medicina de Rio Preto- FAMERP.

DOI:

https://doi.org/10.34024/rnc.2007.v15.8676

Palavras-chave:

Transtornos das Habilidades Motoras, Síndrome de Down, Qualidade de Vida

Resumo

Introdução. Na Síndrome de Down (SD), o processo de aprendizagem é complexo e exige um grau de suporte familiar e social. Os cuidadores podem enfrentar problemas e interferências na sua qualidade de vida. Objetivo. Este estudo de corte transversal objetivou avaliar o desempenho funcional de crianças com SD e a percepção da qualidade de vida de seus cuidadores. Método. Selecionaram-se 20 crianças com SD e seus cuidadores e, para comparação, outras 20 crianças com desenvolvimento normal, idades cronológicas de 2 a 8 anos, divididas em 2 subgrupos etários (2 a 4 e 5 a 8 anos), pertencentes à Equipe Ding Down — Funfarme/Famerp. Utilizaram-se como instrumentos: entrevista semi-estruturada, Inventário de Avaliação Pediátrica de Disfunção e Escala de Sobrecarga dos Cuidadores. Resultados. As crianças com SD de ambos os grupos apresentaram desempenho significativamente inferior nas três áreas de habilidades funcionais; entretanto, no grupo etário de 5 a 8 anos, essas diferenças não foram observadas na habilidade de mobilidade. Nos cuidadores, evidenciou-se que as variáveis Isolamento e Envolvimento emocional obtiveram os menores escores. Conclusão. O desempenho funcional das crianças com SD é limitado e os aspectos emocionais neste grupo de cuidadores estavam alterados, sendo um preditivo de sobrecarga, fazendo-se necessárias intervenções.

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Publicado

2007-12-31

Como Citar

Pazin, A. C., & Martins, M. R. I. (2007). Desempenho funcional de crianças com Síndrome de Down e a qualidade de vida de seus cuidadores. Revista Neurociências, 15(4), 297–303. https://doi.org/10.34024/rnc.2007.v15.8676

Edição

Seção

Artigos Originais
Recebido: 2019-03-04
Publicado: 2007-12-31

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