Análise do equilíbrio em crianças com visão normal e com deficiência visual congênita

Autores

  • Mariana de Oliveira Figueiredo Fisioterapeuta /UFSCar, Especialista em Fisioterapia Neurofuncional Adulto e Infantil/ Uniararas.
  • Cristina Iwabe Fisioterapeuta/Usp, Especialista em Neurologia Infantil/Unicamp; Mestre em Ciências Médicas/Unicamp; Doutoranda em Ciências Médicas/ Unicamp; Docente do Curso de Fisioterapia/Uniararas; Supervisora de estágio em neurologia/Unip Campinas.

DOI:

https://doi.org/10.34024/rnc.2007.v15.8674

Palavras-chave:

Portadores de deficiência visual, Cegueira, Baixa visão, Equilíbrio musculoesquelético

Resumo

Objetivo. O objetivo deste estudo foi analisar o equilíbrio de crianças com cegueira total congênita, baixa visão congênita e visão normal de 2,3–5 anos de idade. Método. Foram selecionados 9 sujeitos, sendo 3 de cada tipo de acuidade visual citada, com uma criança de cada idade em cada grupo, avaliando-se o equilíbrio estático e dinâmico, através da Escala de Equilíbrio e Mobilidade de Tinetti (EQMT) e do Exame Neurológico Evolutivo (ENE). Resultados. Observou-se que os deficientes visuais (cegos e baixa visão) apresentaram déficit de equilíbrio quando comparados às crianças de visão normal, na faixa etária de 2 e 3 anos de idade, e aos 5 anos, todas as crianças apresentaram desempenho igual. Pelo ENE, o sujeito cego de 2 anos apresentou atraso no equilíbrio dinâmico, da mesma forma que as crianças com cegueira total, baixa visão e visão normal de 3 anos. As crianças cegas e baixa visão de 5 anos apresentaram equilíbrio estático e dinâmico correspondente à idade inferior. Conclusão. Conclui-se que crianças deficientes visuais congênitas apresentam déficit de equilíbrio estático e dinâmico quando comparadas às de visão normal da mesma idade, sendo que o déficit é maior nas crianças cegas do que naquelas com baixa visão.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

Rocha H. Ensaio sobre a problemática da cegueira: prevenção e reabilitação. Belo Horizonte: Fundação Hilton Rocha, 1987, 354 p.

Figueira MMA. Assistência fisioterápica a criança portadora de cegueira congênita. Benj Constant 2000;17:10–23.

Sanchez PA. Deficiencias visuales y psicomotricidad: teoria y prática. Madrid: Organizacion Nacional de Ciegos Españoles, 1994, 250 p.

Thylefors B, Négrel AD, Pararajasegaram R, Dadzie KY. Global data on blindness. Bull World Health Organ 1995; 73:115–21.

Colenbrander A, Fletcher DC. Basic concepts and terms for low vision rehabilitation. Am J Occupat Ther 1995;49: 865–9.

Organização Mundial da Saúde. O atendimento de crianças com baixa visão. Programa para prevenção de cegueira da OMS. Bangkok: OMS, 1994, 54 p.

Jan JE, Robinson GC, Kinnis ESC. Hipotonia in the blind children. Dev Med Child Neurol 1975;17:35–40.

Tartarella MB, Castro CTM. Estimulação visual precoce. In: Castro DDM. Visão Subnormal. Rio de Janeiro: Cultura Médica, 1994, pp. 94–107.

Jacobson L, Fernell E, Broberger V, Ek V, Gilbert C. Children with blindness duo to retinopaty of prematurity: a population-based study, perinatal data, neurological and ophthalmological outcome. Dev Med Child Neurol 1998;4:155–9.

Hyvarinen L. La vision normal e anormal en los niños. Madrid: Organizacion Nacional de Ciegos Españoles, 1988, 92 p.

Farias GC. Intervenção precoce: reflexões sobre o desenvolvimento da criança cega até 2 anos de idade. Benj Constant 2003;26:3–11.

Allison L, Fuller K. Equilíbrio e desordens vestibulares. In: Umphred DA. Reabilitação neurológica. 4a ed. Barueri: Manole, 2004, pp. 648–95.

Shumway-Cook A, Woollacott MH. Controle Motor: teoria e aplicações práticas. 2a ed. Barueri: Manole, 2003, 592 p.

Guyton AC. Fisiologia Humana. 6a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1988, 141 p.

Resnikoff S, Parajasegaram R. Blindness prevention programmes: past, present and future. Bull World Health Organ 2001;79:222–6.

Kara-José N, Arieta CEL. South American programme: Brazil. Com Eye Hlth 2000;13:55–6.

Tinetti ME. Performance-oriented assessment of mobility problems in elderly patients. J Am Ger Soc 1986;34:119-26.

Lefèvre AB. Exame neurológico evolutivo do pré-escolar normal. 2a ed. São Paulo: Sarvier, 1976, 182 p.

Gallahue DL, Ozmun JC. Understanding Motor Development: infants, children, adolescents, adults. New York: McGraw-Hill, 1998, 334p.

Gomes CP, Bueno RO, Gagliardo HGRG. Estudo do equilíbrio estático da criança deficiente visual. Temas sobre desenvolvimento 2004;13:47–53.

Navarro AS, Fukujima MM, Fontes SV, Matas SLA, Prado GF. Balance and motor coordination are not fully developed in 7-year-old blind children. Arq Neuropsiquiatr 2004;62:654–7.

Hamilton ML. Effect of optokinetic stimulation on gait initiation in children ages four to ten. In: Woollacoott MH, Horak F. Posture and Gait: control mechanisms. Portland: University of Oregon Books, 1992, pp. 255–8.

Assaiante A, Amblard B. Peripheral vision and age-related differences in dynamic balance. Human Mov Sci 1992; 11:533–48.

Prechtl HFR, Cioni G, Einspieler C, Bos AF, Ferrari F. Role of vision on early motor development: lessons from the blind. Dev Med Child Neurol 2001;43:198–201.

Lopes MCB, Kitadai SPS, Okai LA. Avaliação e tratamento fisioterapêutico das alterações motoras presentes em crianças deficientes visuais. Rev Bras Oftalmol 2004;63:155–61.

Downloads

Publicado

2007-12-31

Como Citar

Figueiredo, M. de O., & Iwabe, C. (2007). Análise do equilíbrio em crianças com visão normal e com deficiência visual congênita. Revista Neurociências, 15(4), 284–291. https://doi.org/10.34024/rnc.2007.v15.8674

Edição

Seção

Artigos Originais
Recebido: 2019-03-04
Publicado: 2007-12-31