Efeitos do enfaixamento em oito no equilíbrio e nos parâmetros da marcha de pacientes hemiparéticos
DOI:
https://doi.org/10.34024/rnc.2008.v16.8646Palavras-chave:
Hemiplegia, Marcha, Equilíbrio Musculosquelético, Espasticidade Muscular, Aparelhos OrtopédicosResumo
Introdução. Várias formas tradicionais de tratamento têm sido utilizadas para o manejo da marcha hemiparética, porém sem evidências de efetividade na literatura, como é o caso do enfaixamento em oito. Objetivo. Avaliar os efeitos do enfaixamento em oito no equilíbrio e nos parâmetros da marcha de pacientes hemiparéticos. Método. Participaram do estudo 12 pacientes adultos, com história de lesão encefálica unilateral, que possuíam o diagnóstico funcional de hemiparesia. Avaliou-se a marcha durante o percurso de 10 metros, mensurando-se a cadência e a velocidade da marcha por meio do pedômetro. O comprimento de passo foi medido com a demarcação do passo feito com tinta em molde de papel acoplado aos pés dos sujeitos e o equilíbrio por meio do Índice Dinâmico de Marcha (IDM). As medidas foram realizadas ante e pós
a intervenção. Resultados. Observou-se aumento da cadência (p = 0,036) e da velocidade da marcha (p 0,008), bem como uma pontuação indicativa de melhor equilíbrio (p = 0,003) com o uso do enfaixamento em oito. Conclusão. O enfaixamento em oito apresentou-se efetivo para os parâmetros de velocidade, cadência e
equilíbrio de pacientes hemiparéticos, sendo um recurso que sugere o favorecimento da funcionalidade da marcha.
Downloads
Métricas
Referências
Machado A. Neuroanatomia funcional. 2ºed. São Paulo: Atheneu, 2002, 363 p.
Shumway-Cook A, Woollacott M.H. Controle Motor: Teoria e aplicações práticas. 2ª. São Paulo: Manole, 2003, 290-362.
Dettman MA, Linder MT, Sepic SB. Relationship among walking performance, postural stability and functional assessments of the hemiplegic patient. Am J Phys Med Rehabilit 1987;66:77-90.
Titianova EB, Mateev PS, Peurala SH, Sivenius J, Tarkka IM. Footprint peak time and functional ambulation profile reflect the potential for hemiparetic gait recovery. Brain Inj 2005;19(8):623-31.
Zverev YP. Spatial parameters of walking gait and footedness. Ann Hum Biol 2006;33(2):161-76.
Mudge S, Stott NS. Outcome measures to assess walking ability following stroke: a systematic review of the literature. Physiother 2007;93:189-200.
Perry J. Análise de Marcha – vol 3: Sistemas de Análise de Marcha. Barueri: Manole, 2005, 180p.
Torriani C, Queiroz SS, Cyrillo FN, Monteiro CBM, Fernandes S, Padoan BB, et al. Correlação entre transferência de peso sentado e alteração sensorial em região glútea em pacientes hemiplégicos/paréticos. Rev Neurocienc 2005;13(3):117-21.
Horváth M, Tihanyl T, Tihanyl J. Kinematic and Kinetic analyses of gait patterns in hemiplegic patients. Phys Edu Sport 2001;1(8):25-35.
Von Schroeder HO, Coutts RD, Lyden PD, Billings Jr E. Gait parameters following stroke: A practical assessment. J Rehabil Res Dev 1995;32(1):25-31.
Torriani C, Mota EPO, Kazurayama SHP, Burin SR, Mengatti T, Caminho J, et al. Relação entre independência e o nível de disfunção motora e funcional em pacientes hemiparéticos. Rev Neurocienc 2007;15(1):32-6.
Pohl M, Mehrholz J. Immediate effects of an individually designed functional ankle-foot orthosis on stance and gait in hemiparetic patients. Clin Rehabil 2006;20:324-30.
Chen C-Y, Hong PW-H, Chen C-L, Wou SW, Wu C-Y, Cheng P-T. Ground Reaction Force Patterns in Stroke Patients with Various Degrees of Motor Recovery Determined by PlantarDynamic Analysis. Chang Gung Med J 2007;30(4): 374-9.
Intisio D. Rehabilitation of walking with electromyographic biofeedback in foot-drop after stroke. Stroke 1994;25 (6):1189-92.
Corrêa FI, Soares F, Andrade DV, Gondo RM, Peres JA. Atividade muscular durante a marcha após acidente vascular encefálico. Arq Neuropsiquiatr 2005;63(3-B):847-51.
Martins FLM, Guimarães LCF. Eficácia da eletroestimulação funcional n amplitude de movimento de dorsiflexão de hemiparéticos. Rev Neurocienc 2004;12(2):103-9.
Soares AV. A combinação da facilitação neuromuscular proprioceptiva com o biofeedback eletromiográfico na recuperação do pé caído e na marcha de paciente com acidente vascular cerebral. Fisioter Mov 2003;16(2):61-71.
Balasubramanian CK, Bowden MG, Neptune RR, Kautz SA. Relationship between step length asymmetry and walking performance in subjects with chronic hemiparesis. Arch Phys Med Rehabil 2007;88:43-9.
Saad M, Alloza JFM. Lesões no esporte: Diagnóstico, prevenção e tratamento In: Cohen M, Abdala RJ. São Paulo: Revinter, 2005, 153-82.
Chen G, Pattena C, Kotharia DH, Zajaca FE. Gait differences between individuals with post-stroke hemiparesis and non-disabled controls at matched speeds. Gait Posture 2005;22:51-6
Torriani C, Queiroz SS, Cyrillo FN, Roxo R, Zancani R, Macari R. Enfaixamento em oito como recurso fisioterapêutico para o recrutamento muscular dos dorsiflexores durante a marcha. Fisioter Mov 2007;20(4):31-41.
Zverev Y, Adeloye A, Chisi J. Quantitative analysis of gait pattern in hemiparetic patients. East Afr Med J 2002;79 (8):420-2.
An-lun H, Pei-Fang T, Mei-Hwa J. Analysis of impairments influencing gait velocity and asymmetry of hemiplegic patients after mild to moderate stroke. Arch Phys Med Rehabil 2003;84:1185-93.
Feigin L, Sharon B, Czaczkes B, Rosin AJ. Sitting equilibrium 2 weeks after a stroke can predict the walking ability after 6 months. Gerontol 1996;42:348-53.
Friedman PJ. Gait recovery after hemiplegic stroke. Int Disabil Studies 1990;12(3):119-22.
Ta-Shen K, Jui-Yi T, Fong-Chin S. Hemiplegic gait of stroke patients: The effect of using a cane. Arch Phys Med Rehabil 1999;80:777-84.
Convey JM, Bennet SE. Reliability of the Dynamic Gait Index in individuals With Multiple Sclerosis. Arch Phys Med Rehabil 2005;86:130-3.
Gregory FM, Susan LW. Construction and validation of the 4-item Dynamic Gait Index. Phys Ther 2006;86(12): 1651-60.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Publicado: 2008-04-30