Efeitos do enfaixamento em oito no equilíbrio e nos parâmetros da marcha de pacientes hemiparéticos

Autores

  • Camila Torriani Doutoranda em Biodinâmica do Movimento Humano - USP, Docente e supervisora de estágio do curso de Fisioterapia FMU – São Paulo, SP.
  • Eliane Pires de Oliveira Mota Mestre em Educação – UNICID, Docente e supervisora de estágio do curso de Fisioterapia FMU – São Paulo, SP.
  • Roberta Zancani de Lima Fisioterapeutas formados pela FMU – São Paulo, SP.
  • Leonardo Rosatti Fisioterapeutas formados pela FMU – São Paulo, SP.
  • Patrícia Umetsu Fisioterapeutas formados pela FMU – São Paulo, SP.
  • Raquel Medeiros Pires Fisioterapeutas formados pela FMU – São Paulo, SP.
  • Bárbara Fialdini Fisioterapeutas formados pela FMU – São Paulo, SP.

DOI:

https://doi.org/10.34024/rnc.2008.v16.8646

Palavras-chave:

Hemiplegia, Marcha, Equilíbrio Musculosquelético, Espasticidade Muscular, Aparelhos Ortopédicos

Resumo

Introdução. Várias formas tradicionais de tratamento têm sido utilizadas para o manejo da marcha hemiparética, porém sem evidências de efetividade na literatura, como é o caso do enfaixamento em oito. Objetivo. Avaliar os efeitos do enfaixamento em oito no equilíbrio e nos parâmetros da marcha de pacientes hemiparéticos. Método. Participaram do estudo 12 pacientes adultos, com história de lesão encefálica unilateral, que possuíam o diagnóstico funcional de hemiparesia. Avaliou-se a marcha durante o percurso de 10 metros, mensurando-se a cadência e a velocidade da marcha por meio do pedômetro. O comprimento de passo foi medido com a demarcação do passo feito com tinta em molde de papel acoplado aos pés dos sujeitos e o equilíbrio por meio do Índice Dinâmico de Marcha (IDM). As medidas foram realizadas ante e pós
a intervenção. Resultados. Observou-se aumento da cadência (p = 0,036) e da velocidade da marcha (p 0,008), bem como uma pontuação indicativa de melhor equilíbrio (p = 0,003) com o uso do enfaixamento em oito. Conclusão. O enfaixamento em oito apresentou-se efetivo para os parâmetros de velocidade, cadência e
equilíbrio de pacientes hemiparéticos, sendo um recurso que sugere o favorecimento da funcionalidade da marcha.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

Machado A. Neuroanatomia funcional. 2ºed. São Paulo: Atheneu, 2002, 363 p.

Shumway-Cook A, Woollacott M.H. Controle Motor: Teoria e aplicações práticas. 2ª. São Paulo: Manole, 2003, 290-362.

Dettman MA, Linder MT, Sepic SB. Relationship among walking performance, postural stability and functional assessments of the hemiplegic patient. Am J Phys Med Rehabilit 1987;66:77-90.

Titianova EB, Mateev PS, Peurala SH, Sivenius J, Tarkka IM. Footprint peak time and functional ambulation profile reflect the potential for hemiparetic gait recovery. Brain Inj 2005;19(8):623-31.

Zverev YP. Spatial parameters of walking gait and footedness. Ann Hum Biol 2006;33(2):161-76.

Mudge S, Stott NS. Outcome measures to assess walking ability following stroke: a systematic review of the literature. Physiother 2007;93:189-200.

Perry J. Análise de Marcha – vol 3: Sistemas de Análise de Marcha. Barueri: Manole, 2005, 180p.

Torriani C, Queiroz SS, Cyrillo FN, Monteiro CBM, Fernandes S, Padoan BB, et al. Correlação entre transferência de peso sentado e alteração sensorial em região glútea em pacientes hemiplégicos/paréticos. Rev Neurocienc 2005;13(3):117-21.

Horváth M, Tihanyl T, Tihanyl J. Kinematic and Kinetic analyses of gait patterns in hemiplegic patients. Phys Edu Sport 2001;1(8):25-35.

Von Schroeder HO, Coutts RD, Lyden PD, Billings Jr E. Gait parameters following stroke: A practical assessment. J Rehabil Res Dev 1995;32(1):25-31.

Torriani C, Mota EPO, Kazurayama SHP, Burin SR, Mengatti T, Caminho J, et al. Relação entre independência e o nível de disfunção motora e funcional em pacientes hemiparéticos. Rev Neurocienc 2007;15(1):32-6.

Pohl M, Mehrholz J. Immediate effects of an individually designed functional ankle-foot orthosis on stance and gait in hemiparetic patients. Clin Rehabil 2006;20:324-30.

Chen C-Y, Hong PW-H, Chen C-L, Wou SW, Wu C-Y, Cheng P-T. Ground Reaction Force Patterns in Stroke Patients with Various Degrees of Motor Recovery Determined by PlantarDynamic Analysis. Chang Gung Med J 2007;30(4): 374-9.

Intisio D. Rehabilitation of walking with electromyographic biofeedback in foot-drop after stroke. Stroke 1994;25 (6):1189-92.

Corrêa FI, Soares F, Andrade DV, Gondo RM, Peres JA. Atividade muscular durante a marcha após acidente vascular encefálico. Arq Neuropsiquiatr 2005;63(3-B):847-51.

Martins FLM, Guimarães LCF. Eficácia da eletroestimulação funcional n amplitude de movimento de dorsiflexão de hemiparéticos. Rev Neurocienc 2004;12(2):103-9.

Soares AV. A combinação da facilitação neuromuscular proprioceptiva com o biofeedback eletromiográfico na recuperação do pé caído e na marcha de paciente com acidente vascular cerebral. Fisioter Mov 2003;16(2):61-71.

Balasubramanian CK, Bowden MG, Neptune RR, Kautz SA. Relationship between step length asymmetry and walking performance in subjects with chronic hemiparesis. Arch Phys Med Rehabil 2007;88:43-9.

Saad M, Alloza JFM. Lesões no esporte: Diagnóstico, prevenção e tratamento In: Cohen M, Abdala RJ. São Paulo: Revinter, 2005, 153-82.

Chen G, Pattena C, Kotharia DH, Zajaca FE. Gait differences between individuals with post-stroke hemiparesis and non-disabled controls at matched speeds. Gait Posture 2005;22:51-6

Torriani C, Queiroz SS, Cyrillo FN, Roxo R, Zancani R, Macari R. Enfaixamento em oito como recurso fisioterapêutico para o recrutamento muscular dos dorsiflexores durante a marcha. Fisioter Mov 2007;20(4):31-41.

Zverev Y, Adeloye A, Chisi J. Quantitative analysis of gait pattern in hemiparetic patients. East Afr Med J 2002;79 (8):420-2.

An-lun H, Pei-Fang T, Mei-Hwa J. Analysis of impairments influencing gait velocity and asymmetry of hemiplegic patients after mild to moderate stroke. Arch Phys Med Rehabil 2003;84:1185-93.

Feigin L, Sharon B, Czaczkes B, Rosin AJ. Sitting equilibrium 2 weeks after a stroke can predict the walking ability after 6 months. Gerontol 1996;42:348-53.

Friedman PJ. Gait recovery after hemiplegic stroke. Int Disabil Studies 1990;12(3):119-22.

Ta-Shen K, Jui-Yi T, Fong-Chin S. Hemiplegic gait of stroke patients: The effect of using a cane. Arch Phys Med Rehabil 1999;80:777-84.

Convey JM, Bennet SE. Reliability of the Dynamic Gait Index in individuals With Multiple Sclerosis. Arch Phys Med Rehabil 2005;86:130-3.

Gregory FM, Susan LW. Construction and validation of the 4-item Dynamic Gait Index. Phys Ther 2006;86(12): 1651-60.

Downloads

Publicado

2008-04-30

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

1.
Torriani C, Mota EP de O, Lima RZ de, Rosatti L, Umetsu P, Pires RM, et al. Efeitos do enfaixamento em oito no equilíbrio e nos parâmetros da marcha de pacientes hemiparéticos. Rev Neurocienc [Internet]. 30º de abril de 2008 [citado 5º de dezembro de 2025];16(2):107-12. Disponível em: https://periodicos.unifesp.br/index.php/neurociencias/article/view/8646