Revisão dos conceitos sobre a evolução bípede e aplicação na Fisioterapia

Autores

  • Eliana Maria Varise Fisioterapeuta, Pós-graduanda da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP, Professora da UNINOVE, São Paulo-SP, Brasil.
  • Sissy Veloso Fontes Fisioterapeuta, Doutora pela UNIFESP, São Paulo-SP, Brasil.
  • Márcia Maiumi Fukujima Neurologista, Doutora, médica do Pronto Socorro de Neurologia da UNIFESP, São Paulo-SP, Brasil.
  • Gilmar Fernandes do Prado .Neurologista, Doutor, Professor Adjunto da UNIFESP, São Paulo-SP, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.4181/RNC.2009.17.246

Palavras-chave:

Marcha, Fisioterapia, Evolução

Resumo

Foi realizada uma revisão da literatura para a apresentação dos dados que correlacionam os mecanismos da seleção natural para a evolução da marcha bípede e as estratégias utilizadas pelos fisioterapeutas para a recuperação parcial ou total dos pacientes. Um longo caminho foi percorrido pelos seres vivos para o estabelecimento das suas características anatômicas e comportamentais. Há milhões de anos, para a espécie humana sobreviver nos mais diversos e adversos ambientes, os sistemas neural e musculosquelético passaram por modificações e os diferentes desafios promoveram enorme sofisticação motora que também se exprime no âmbito da cognição e da comunicação, pautando, inclusive, as relações afetivas e sociais. Este tão refinado sistema motor apresentase freqüentemente perturbado por afecções limitantes. Dentre suas atribuições específicas, a fisioterapia pode recuperar a independência funcional, total ou parcialmente, agregando suas ferramentas de trabalho às estratégias de modificação ambiental e às múltiplas tarefas proposicionais comuns do cotidiano, na tentativa de recrutar o controle do corpo na postura bípede a capacidade de deambular e, ao mesmo tempo, solucionar problemas.

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Publicado

2009-09-30

Como Citar

Varise, E. M., Fontes, S. V., Fukujima, M. M., & Prado, G. F. do. (2009). Revisão dos conceitos sobre a evolução bípede e aplicação na Fisioterapia. Revista Neurociências, 17(3), 246–254. https://doi.org/10.4181/RNC.2009.17.246

Edição

Seção

Revisão de Literatura
Recebido: 2019-02-09
Publicado: 2009-09-30

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