Limitação funcional, fadiga e qualidade de vida na forma progressiva primária da Esclerose Múltipla

Autores

  • Kátia Nogueira Lopes Fisioterapeuta do Hospital Universitário Gaffrée e Guinle e mestranda da UNIRIO, Rio de Janeiro-RJ, Brasil.
  • Leandro Alberto Calazans Nogueira Fisioterapeuta do Hospital Universitário Gaffrée e Guinle, professor da Universidade Gama Filho e mestre em Neurologia pela UNIRIO, Rio de Janeiro-RJ, Brasil.
  • Felipe Resende Nóbrega Mestre em Neurologia pela UNIRIO e professor da Universidade Celso Lisboa, Rio de Janeiro-RJ, Brasil.
  • Helcio Helcio Alvarenga-Filho Professor de Educação Física, Mestrando do Curso de Pós graduação em neurologia da UNIRIO, Rio de Janeiro-RJ, Brasil.
  • Regina Maria Papais A Alvarenga Médica Neurologista, Pós-Doutora, Professora e coordenadora da pósgraduação stricto-senso em neurologia da UNIRIO, Rio de Janeiro-RJ, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.34024/rnc.2010.v18.8504

Palavras-chave:

Esclerose Múltipla, Disfunção, Fadiga, Qualidade de Vida

Resumo

Introdução. A Esclerose Múltipla (EM) é a mais frequente doença desmielinizante inflamatória idiopática do sistema nervoso central. Cerca de 10 a 20% apresentam a forma progressiva primária da Esclerose Múltipla (EMPP). Limitações funcionais e fadiga são queixas frequentes dos indivíduos com EM e estas influenciam negativamente na qualidade de vida. Objetivo. Analisar a limitação funcional, qualidade de vida e fadiga em indivíduos com EMPP. Método. Foram avaliados 30 pacientes com EMPP, atendidos no Hospital da Lagoa-RJ, no período entre março/2006 a junho/2008. Os principais itens avaliados foram: variáveis demográficas, qualidade de vida (Escala SF-36), Incapacidade (Escala Expandida do Estado de Incapacidade), função dos membros superiores (teste da caixa em blocos), tônus (Escala de Ashworth modificada), marcha (Índice Ambulatorial de Hauser), e fadiga (Escala de gravidade da Fadiga). Resultados. A média de idade dos pacientes foi de 49,3 anos. A maior parte apresentou incapacidade grave e 96% limitação funcional em membros superiores. Mais de 70% necessitava de auxílio unilateral para deambular (IAH >3,0). Cerca de 90% dos pacientes apresentaram fadiga. Uma baixa qualidade de vida foi observada em todas as dimensões da SF-36. Conclusão. Pacientes EMPP apresentaram incapacidade grave, disfunção na marcha, fadiga e uma baixa qualidade de vida.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

Tilbery CP. Esclerose Múltipla no Brasil: Aspectos Clínicos e Terapêuticos. São Paulo: Editora Atheneu, 2005, 276p.

Weinshenker BG. Natural history of multiple sclerosis. Ann Neurol 1994;36:S6–11.

Montalban X. Primary Progressive Multiple Sclerosis. Cur Op Neurol 2005;18:261-6.

Bashir K, Whitaker JN. Clinical and laboratory features of primary progressive and secondary progressive MS. Neurology 1999;53:765-71.

Dujmović I, Mesaros S, Pekmezović T, Levic Z, Drulovic J. Primary progressive multiple sclerosis: clinical and paraclinical characteristics with application of the new diagnostic criteria. Eur J Neurol 2004;11:439-44.

Alvarenga RMP. South Atlantic Project: A Brazilian Multiple Sclerosis. In: Arriagada CR, Nogales-Gaete J (eds.). Esclerosis Multiple. In: Uma Mirada Ibero-Americana. Santiago: Arrynog Ediciones, 2002, p.129-51.

Vasconcelos CCF, Miranda-Santos CM, Alvarenga RMP. Clinical course of progressive multiple sclerosis in Brazilian patients. Neuroepidemilogy 2006;26:233-9.

Colosimo C, Millefiorni E, Grasso MG, Vinci F, Fiorelli M, Koudriavtseva T, et al. Fatigue in MS is associated with specific clinical features. Act Neurol Scand 1995;92:353-5.

Krupp LB, Alvarez LA, LaRocca NG, Scheinberg LC. Fatigue in multiple sclerosis. Arch Neurol 1998;45:435-7.

Merkelbach S, Sittinger H, Koenig J. Is there a differential impact of fatigue and physical disability on quality of life in multiple sclerosis. J Nerv Ment Dis 2002;190:388- 93.

Polman CH, Reingold SC, Edan G, Filippi M, Hartung HP, Kappos L, et al. Diagnostic criteria for multiple sclerosis: 2005 revisions to the ”Mcdonald Criteria”. Ann Neurol2005;58:840-6.

LaRocca NG, Scheinberg LC, Slater RJ, Giesser B, Smith CR, Traugott U, et al. Field testing of a minimal record of disability in multiple sclerosis: the United States and Canada. Act Neurol Scand 1984;101:126-38.

Roullet E, Coste M, Basque V, Moccati D, Beneton C, Millet MF, et al. The minimal record of disability and multiple sclerosis. Results of the evaluation of 200 patients. Rev Neurol 1988;144:805-16.

Mendes MF, Tilbery CP, Balsimeli S, Moreira MA, Cruz AMB. Teste de destreza manual da caixa e blocos em indivíduos normais e em pacientes com Esclerose Múltipla. Arq Neuropsiquiatr 2001;259:889-94.

Litern TC, Beaumont JG, Kenealy PM, Murrell RC. Quality of life in severely disable multiple sclerosis patients: Comparison of three QoL measures using multidimensional scaling. Qual Life Res 2001;10:371-8.

Krupp LB, Alvarez LA, Larocca NG, Scheinberg LC. Fatigue in Multiple Sclerosis. Arch Neurol 1988;45:435-7.

Egner A, Phillips VL, Vora R, Wiggers E. Depression fatigue and health-related quality of life among people with advanced multiple sclerosis: Results from an exploratory telerehabilitation study. Neurorehabil 2003;18:125-33.

Tremlett H, Paty D, Devonshire V. Disability progression in multiple sclerosis is slower than previously reported. Neurology 2006;66:172-7.

Andersson PB, Waubant E, Gee L, Goodkin E. Multiple Sclerosis That Is Progressive from the Time of Onset. Clinical Characteristics and Progression of Disability. Arch Neurol 1999;56:1138-42.

Thompson A. Over view of primary progressive multiple sclerosis (PPMS): similarities and differences from other forms of MS, diagnostic criteria, pros and cons of progressive diagnosis. Mult Scler 2004;10: S2-7.

Nogueira LAC, Nóbrega FR, Nogueira K, Thuler LCS, Alvarenga RMP. Estudo comparativo entre duas escalas funcionais para pacientes com esclerose múltipla. Fisioter Bras 2008,9:118-23.

Kroencke DC, Lynch SG, Denney DR. Fatigue in multiple sclerosis: relationship to depression, disability, and disease pattern. Mult Scler 2000;6:131-6.

Mendes MF, Tilbery CP, Balsimelli S, Felipe E, Moreira MA, Cruz AMB. Fadiga na forma remitente recorrente da esclerose múltipla. Arq Neuropsiquiatr 2000;58:471-5.

Nóbrega FR. A análise quantitativa da disfunção motora e da fadiga em pacientes com Esclerose Múltipla da forma surto-remissão do centro de referência do Hospital da Lagoa na cidade do Rio de Janeiro (Dissertação). Rio de Janeiro: UNIRIO, 2006, 85p.

Nogueira LAC. A Influência das Alterações Motoras e da Fadiga na Qualidade de Vida de pacientes com Esclerose Múltipla (dissertação). Rio de Janeiro: UNIRIO, 2006, 51p.

Pittock SJ, Mayr WT, Mcclelleand RL, Jorgensen NW, Weigand SD, Noseworthy JH, et al. Quality of life is favorable for most patients with MS. Arch Neurol 2004;61:679-86.

Downloads

Publicado

2010-03-31

Como Citar

Lopes, K. N., Nogueira, L. A. C., Nóbrega, F. R., Helcio Alvarenga-Filho, H., & Alvarenga, R. M. P. A. (2010). Limitação funcional, fadiga e qualidade de vida na forma progressiva primária da Esclerose Múltipla. Revista Neurociências, 18(1), 13–17. https://doi.org/10.34024/rnc.2010.v18.8504

Edição

Seção

Artigos Originais
Recebido: 2019-02-17
Publicado: 2010-03-31