Sintomas depressivos nos estudantes de medicina da Universidade Estadual do Maranhão

Autores

  • Lailton de Sousa Lima Acadêmico de Medicina, Monitor da Disciplina de Neuro-Anatomia e Anatomia Topográfica, Presidente do Núcleo de Extensão da Liga Acadêmica de Trauma e Emergência de Caxias da Universidade Estadual do Maranhão – UEMA, Caxias-MA, Brasil
  • Vanessa Ferry Psicóloga, Professora titular da Disciplina de Psicologia Geral da Universidade Estadual do Maranhão – UEMA, Caxias-MA, Brasil.
  • Raimundo Nonato Martins Fonseca Médico, Mestre, Professor titular da disciplina de Neuroanatomia da Universidade Estadual do Maranhão - UEMA, Caxias-MA, Brasil.
  • George Ferreira Silva Junior Médico Clinico Geral, Universidade Federal de Pernambuco - UFPE, Caxias-MA, Brasil
  • Fernanda Ramyza de Sousa Jadão Acadêmica da Universidade Federal do Piauí - UFPI, Teresina-PI, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.34024/rnc.2010.v18.8503

Palavras-chave:

Depressão, Estudantes de Medicina, Saúde Mental, Epidemiologia

Resumo

Objetivo. Avaliar a epidemiologia da sintomatologia depressiva nos alunos do curso de medicina da UEMA. Método. Observacional seccional, utilizando-se o Inventário de Depressão de Beck aplicado a uma amostra de 80 estudantes de medicina. Estruturouse o banco de dados com o programa Epi infor. Aplicou-se o teste qui-quadrado, considerando estatisticamente significante p<0,05 e IC de 95%. Resultados. predominou o sexo masculino (56,3%). Idade variou de 18 a 30 anos, com moda de 23 anos. Católicos (57,5%). A prevalência dos sintomas depressivos foi de 47,5%, 4,16 vezes maior que na população americana e 7,30 vezes maior que na brasileira. O sintoma mais prevalente foi a fadiga. Na passagem do primeiro para o segundo ano, a prevalência de sintomas diminui de 58,8% para 40,9%. Do segundo para o terceiro, a porcentagem de casos graves aumenta de 0% para 4,3% e a prevalência aumenta de 40,9% para 47,8%. Houve diminuição da prevalência no quarto ano (44,4%). Conclusão. A prevalência dos  sintomas depressivos nos estudantes de medicina mostrou-se maior do que a encontrada na população em geral. Tal fato indica a necessidade de se implementarem programas para a diminuição da sintomatologia depressiva entre os estudantes de medicina, principalmente durante a transição básico-clínica.

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Publicado

2010-03-31

Como Citar

Lima, L. de S., Ferry, V., Fonseca, R. N. M., Silva Junior, G. F., & Jadão, F. R. de S. (2010). Sintomas depressivos nos estudantes de medicina da Universidade Estadual do Maranhão. Revista Neurociências, 18(1), 8–12. https://doi.org/10.34024/rnc.2010.v18.8503

Edição

Seção

Artigos Originais
Recebido: 2019-02-17
Publicado: 2010-03-31