Qualidade de vida em pacientes com Acidente Vascular Cerebral

clínica de fisioterapia Puc Minas Betim

Autores

  • Paula Luciana Scalzo Fisioterapeuta, Doutora em Biologia Celular, Universidade Federal de Minas Gerais, Professora do Curso de Fisioterapia da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais e da Faculdade Estácio de Sá – Belo Horizonte, Betim-MG, Brasil
  • Edifrance Sá de Souza Fisioterapeuta, Mestranda em Ciências da Reabilitação, Universidade Federal de Minas Gerais, Professora do Curso de Fisioterapia da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Betim-MG, Brasil.
  • Aline Gracielle de Oliveira Moreira Fisioterapeuta Graduada pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Betim-MG, Brasil.
  • Daniela Aparecida Forzan Vieira Fisioterapeuta Graduada pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Betim-MG, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.34024/rnc.2010.v18.8480

Palavras-chave:

Acidente Vascular Cerebral, , Qualidade de Vida, Capacidade Funcional

Resumo

O acidente vascular cerebral (AVC) resulta em inúmeras manifestações clínicas que limitam a realização das atividades de vida diária, restringem a participação social e pioram a qualidade de vida (QV). Objetivo. Determinar o perfil e avaliar a QV dos pacientes com diagnóstico clínico de AVC em tratamento na Clínica de Fisioterapia da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Betim. Método. Foi aplicado um questionário para obter os dados sócio-demográficos, o Mini-Exame do Estado Mental para avaliar a função cognitiva e o SF-36 (The Medical Outcomes Study 36-item Short-Form Health Survey) para avaliar a QV. Resultados. Foram avaliados 47 pacientes (27 homens e 20 mulheres), com idade média de 60,4 (±10,1). Foram observados baixos escores em todos os domínios do SF-36, principalmente nos aspectos físicos e capacidade funcional. Os escores no domínio capacidade funcional foram menores nos pacientes que necessitavam de auxílio para deambulação ou estavam restritos à cadeira de rodas. O tempo de AVC e o tempo de tratamento em nosso serviço influenciaram positivamente os domínios estado geral de saúde e saúde mental. Conclusão. Nossos resultados corroboram outros estudos que mostram a piora da QV em sobreviventes de AVC, principalmente pelo comprometimento dos aspectos físicos e capacidade funcional.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

Lewis SR. Patogênese. Classificação e epidemiologia das doenças vasculares cerebrais. In: Rowaland LP; Merrit (ed). Tratado de Neurologia.10ª. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan 2002, p.184-95.

Ryerson SD. Hemiplegia. In: Umphred DA (editor). Reabilitação Neurológica. 4ª. ed. Barueri: Manole 2004, p.782-830.

Shepherd R. Stroke. In: Carr JH, Shepherd RB (ed). Neurological Rehabilitation: Optimizing Motor Performance. 3ª. ed. Oxford: Butterworth Heinemann 2000, p.242-78.

Tyson SF, Hanley M, Chillala J, Selley A, Tallis RC. Balance disability after stroke. Phys Ther 2006;86:30-8.

Patel MD, Tilling K, Lawrence E, Rudd AG, Wolfe CDA, McKevitt CD. Relationships between long-term stroke disability, handicap and healthrelated quality of life. Age and Ageing 2006;35:273-9.

The WHOQOL Group. The World Health Organization quality of life assessment (WHOQOL): position paper from the World Health Organization. Soc Sci Med 1995;41:1403-10.

Seidl EMF, Zannon CMLC. Qualidade de vida e saúde: aspectos conceituais e metodológicos. Cad. Saúde Pública 2004;20:580-8.

Minayo MCS, Hartz ZMA, Buss PM. Qualidade de vida e saúde: um debate necessário. Ciênc. Saúde coletiva 2000;5:7-18.

De Oliveira MR, Orsini M. Escalas de avaliação da qualidade de vida em pacientes brasileiros após acidente vascular encefálico. Rev Neurocienc 2008; in press.

Ciconelli RM, Ferraz MB, Santos W, Meinão I, Quaresma MR. Tradução para a língua portuguesa e validação do questionário genérico de avaliação de qualidade de vida SF-36 (Brasil SF-36). Rev Bras Reumatol 1999;39:143-50.

Makiyama TY, Battisttella LR, Litvoc J, Martins LC. Estudo sobre a qualidade de vida de pacientes hemiplégicos por acidente vascular cerebral e de seus cuidadores. Acta Fisiatr 2004;11:106-9.

Costa AM, Duarte E. Atividade física e a relação com a qualidade de vida, de pessoas com sequelas de acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI). Rev Bras Ciên e Mov 2002;10:47-54.

Mayo NE, Wood-Dauphinee S, Cote R, Durcan L, Carlton J. Activity, participation, and quality of life 6 months poststroke. Arch Phys Med Rehabil. 2002;83:1035-42.

Bertolucci PH, Bruscki SM, Campacci SR, Juliano Y. O Mini-exame do estado mental em uma população geral: impacto da escolaridade. Arq Neuropsiquiatr 1994;52:1-7.

Brucki SMD, Nitrini R, Caramelli P, Bertolucci PHF, Okamoto IH. Sugestões para o uso do Mini-Exame do Estado Mental no Brasil. Arq Neu-ropsiquiatr 2003;61:777-81.

Mazzola D, Polese JC, Schuster RC, de Oliveira SG. Perfil dos pacientes acometidos por acidente vascular encefálico assistidos na Clínica de Fisioterapia Neurológica da Universidade de Passo Fundo. Rev Bras Prom Saúde 2007;20:22-7.

Rodrigues JE, Sá MS, Alouche SR. Perfil dos pacientes acometidos por AVE tratados na clínica escola de fisioterapia da UMESP. Revista Neurociências 2004;12:117-22.

Bruno AA, Farias CA, Ityia GT, Masiero D. Perfil dos pacientes hemiplégicos atendidos no Lar Escola São Francisco - Centro de Reabilitação. Acta Fisiatr 2000;7:92-4.

Reeves MJ, Bushnell CD, Howard G, Gargano JW, Duncan P, Lynch G, et al. Sex differences in stroke: epidemiology, clinical presentation, medical care, and outcomes. Lancet Neurol 2008;7:915-26.

Lessa I. Epidemiologia das doenças cerebrovasculares no Brasil. Rev SOCESP 1999;9:509-18.

Lima-Costa MF, Barreto S, Giatti L, Uchoa E. Desigualdade social e saúde entre idosos brasileiros: um estudo baseado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. Cad Saúde Púb 2003;19:745-57.

Teixeira-Salmela LF, Faria CDCM, Guimarães CQ, Goulart F, Parreira VF, Inácio EP. Treinamento físico e destreinamento em hemiplégicos crônicos: impacto na qualidade de vida. Rev Bras Fisioter 2005;9:347-53.

Chagas NR, Monteiro ARM. Educação em saúde e família: o cuidado ao paciente, vítima de acidente vascular cerebral. Acta Scient Health Sci 2004;26:193-204.

Vitiello APP, Ciríaco JGM, Takahashi DY, Nitrini R, Caramelli P. Avaliação cognitiva breve de pacientes atendidos em ambulatórios de neurologia geral. Arq Neuropsiquiatr 2007;65:299-303.

Anderson C, Laubscher S, Burns R. Validation of the Short Form 36 (SF-36) health survey questionnaire among stroke patients. Stroke 1996;27:1812-6.

Kauhanen ML, Korpelainen JT, Hiltunen PCN, Nieminen P, Sotaniemi KA, Myllyla VV. Domains and determinants of quality of life after stroke caused by brain infartion. Arch Phys Med Rehabil 2000;81:1541-6.

Anderson C, Rubenach S, Mhurchu CN, Clark M, Spencer C, Winsor A. home or hospital for stroke rehabilitation? Results of randomized controlled trial I: health outcomes at 6 months. Stroke 2000;31:1024-31.

King RB. Quality of life after stroke. Stroke 1996;27:1467-72.

Aprile I, Piazzini DB, Bertolini C, Caliandro P, Pazzaglia C, Tonali P, et al. Predictive variables on disability and quality of life in stroke outpatients undergoing rehabilitation. Neurol Sci 2006;27:40-6.

Downloads

Publicado

2010-06-30

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

1.
Scalzo PL, de Souza ES, Moreira AG de O, Vieira DAF. Qualidade de vida em pacientes com Acidente Vascular Cerebral: clínica de fisioterapia Puc Minas Betim. Rev Neurocienc [Internet]. 30º de junho de 2010 [citado 5º de dezembro de 2025];18(2):139-44. Disponível em: https://periodicos.unifesp.br/index.php/neurociencias/article/view/8480