Avaliação da qualidade de vida de pacientes portadores de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) em Brasília

Autores

  • Fabrício Marinho Bandeira Fisioterapeuta, Especialista em Fisioterapia Neurofuncional Adulto e Infantil, Unicetrex, Brasília-DF, Brasil.
  • Nadja Nara Camacam de Lima Quadros Fisioterapeuta, Mestre, Coordenadora e Docente do curso de Pós-Graduação de Fisioterapia em Neurogeriatria da Unicetrex, Brasília-DF, Brasil
  • Karlo Jozefo Quadros de Almeida Médico, Especializado em cirurgia geral pela Secretaria de Estado de Saúde – DF (SES), Coordenador Pedagógico da área médica do Unicetrex, Brasília-DF, Brasil
  • Rafaela de Morais Caldeira Fisioterapeuta, Especialista em Fisioterapia Neurofuncional Adulto e Infantil, Unixetrex, Brasília-DF, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.34024/rnc.2010.v18.8479

Palavras-chave:

Esclerose Amiotrófica Lateral, Avaliação, Qualidade de Vida

Resumo

A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença neuromuscular de caráter degenerativo e de causa desconhecida, que compromete tanto o Sistema Nervoso Central quanto o Periférico. Esta afecção é caracterizada pela morte seletiva de um grupo de neurônios motores da medula, do tronco cerebral e das vias cortico-espinhais e cortico-bulbares. A insuficiência respiratória progressiva é a principal causa de morte nos pacientes acometidos. Objetivo. Avaliar a qualidade de vida de portadores de ELA em Brasília-DF, através do Questionário de Avaliação da Esclerose Lateral Amiotrófica (ALSAQ-40/BR). Método. Estudo descritivo que avaliou a qualidade de vida de 16 pacientes acometidos por ELA, em regime de internação domiciliar, de ambos os sexos, com idade entre 39 e 80 anos, utilizando-se a escala ALSAQ-40/BR. Resultados. Verificou-se que todos os domínios da escala utilizada estiveram alterados na amostra estudada, observando-se que a mínima pontuação (35 pontos) foi atribuída ao domínio emocional e a máxima (98 pontos) foi relacionada ao domínio mobilidade. Conclusão. De todos os domínios avaliados, a função motora foi a mais danificada, devido ao comprometimento progressivo da musculatura voluntária. Apesar da grave limitação nas AVD´s, não foram encontrados resultados comprometedores no domínio emocional dos pacientes avaliados

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

Zanoteli E, Peres ABA, Oliveira ASB, Gabbai AA. Biologia molecular nas doenças do neurônio motor. Rev Neurocienc 2004;2:24-9.

Norris F, Shepherd R, Denys EUK, Mukai E, Elias L, Holden D, et al. natural history and outcome in idiopathic adult motor neuron disease. J Neurol Sci 1993;118:48-55.

Xerez DR. Reabilitação na esclerose lateral amiotrófica: revisão da literatura. Acta Fisiatr 2008;15:182-8.

Hosler BA, Brow RH, Serratrici GT, Munsat TL. Cooperlzinc superoxide desmutase mutations and free radical damage in amyotrophic lateral sclerosis. In: advances in neurology. AJP 1996;148:273-9.

Bourke SC, Shaw PJ, Gibson GJ. Respiratory function vs sleep-disordered breathing as predictors of QOL in ALS. Neurology 2001;57:2040-4.

Camelier A; Rosa F; Jones P, Jardim JR. Validation of the Airways Questionnaire 20 - AQ20 in patients with chronic obstructive pulmonary disease (COPD) in Brazil. J Pneumol 2003;29:28-35.

Ghezzi SR, Fontes SV, Aguiar AS, Vitali LM, Fukujima MM, OrtensiFMF. Qualidade do sono de pacientes com esclerose lateral amiotrófica: análise dos instrumentos de avaliação. Rev Neurocienc 2005;13:21-7.

Jenkinson C, Fitzpatrick R, Swash M, Brennan C, Bromberg M. Development and validation of short measure of health status for individuals with amyotrophic lateral sclerosis/motor neurone disease: the ALSAQ-40. J Neurol 1999;246:6-21.

Wittemer DK, von Steinbuchel N, Wasner M, Groenneveld GL, Borasio GD. Quality of life and psychosocial issues in ventilated patients with amyotrophic lateral sclerosis and their caregivers. JPSM 2003;26:890-6.

Minayo MCS, Hartz ZMA, Buss PM. Qualidade de vida e saúde: um debate necessário. Cienc Saúde Coletiva 2000; 5:7-18.

Diniz DP. Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar UNIFESP. Escola Paulista de Medicina Qualidade de vida. São Paulo: Manole; 2006, 240p.

Wicklund MP. Amyotrophic lateral sclerosis: possible role of environmental influences. Neurol Clin 2005;23: 461-84.

Marques AP, Peccin MS. Pesquisa em fisioterapia: a prática baseada em evidências e modelos de estudos. Rev Fisioter Pesquisa 2005;11:43-8.

Pereira MG. Epidemiologia teoria e prática. 8ª. ed. Rio de Janeiro: Koogan; 2005, 598p.

Pavan K, Marangoni BEM, Zinezzi M, Schimitd K, Cataldo B, Buainain RP, et al. Adaptação transcultural do questionário de avaliação da esclerose lateral amiotrófica (ALSAQ-40) na cultura e linguagem brasileira. Med Reabil 2007;26:73-6.

Jenkinson C, Fitzpatrick R, Swash M, Levvy G. ALSAQ User manual. Oxford: Health Services Research Unit; 2001, p.70-3.

Associação brasileira de esclerose lareral amiotrófica (ABRELA). Manual de esclerose lateral amiotrófica. São Paulo: ABRELA; 2002, p.34.

Argyriou AA, Polychronopoulos P, Papapetripoulos S, Ellul J, Andriopoulos I, Katsoulas G, et al. Clinical and epidemiological features of motor neuron disease in south-western Greece. Acta Neurol Scand 2005;111:108-13.

Dietrich-Neto F, Callegaro D, Dias-Tosta E, Almeida HS, Ferraz ME, Mauro J, et al. Amyotrophic lateral sclerosis in Brazil-1998 national survey. Arq Neuropsiquiatr 2000;58(3-A):607-15.

Norquist JM, Fitzpatrick R, Jenkinson C. Rash measurement in the assessment of amyotrophic lateral sclerosis patients. J Applied Measurement2003;4:249-57.

Pinelli P, Pisano F, Miscio G. The possible role of a secondy pathogenetic factor in amyotrophic lateral sclerosis. Adav Neurol 1995;68:29-40.

Gilling, JC. Are sleep disturbances risk factors for anxiety, depressive and addictive disorders. Acta pysychiatr Scand 1998;98:39-43.

Eisen A, Weber M. Tretment of amyotrophic lateral sclerosis. Drugs Aging 1999; 14:173-96.

Neudert C, Wasner M, Borasio GD. Individual Quality of Life is nor Correlated with Health-Related Quality of Life or Physical Function in Patients with Amyotrophic Lateral Sclerosis. J Palliative Med 2004;7:551-7.

Rodrigues G, Winck JC, Silveira F. Almeida, J. Avaliação sociológica de doentes com esclerose lateral amiotrófica. Rev Port Pneumol 2002;8:645-53.

Maschka DA, Bauman NM, Mccray PB, Hoffman HT, Karnell MP, Smith RJH. A classification scheme for paradoxical vocal cord motion. Laryngoscope 1997;107:1429-35.

Pontes RT, Orsini M, Freitas MRG, Antonioli RS, Nascimetno OJM. Alterações da fonação e deglutição na esclerose lateral amiotrófica: revisão de literatura Rev Neurocienc 2008:1:1-5.

Downloads

Publicado

2010-06-30

Como Citar

Bandeira, F. M., Quadros, N. N. C. de L., de Almeida, K. J. Q., & Caldeira, R. de M. (2010). Avaliação da qualidade de vida de pacientes portadores de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) em Brasília. Revista Neurociências, 18(2), 133–138. https://doi.org/10.34024/rnc.2010.v18.8479

Edição

Seção

Artigos Originais
Recebido: 2019-02-17
Publicado: 2010-06-30

Artigos Semelhantes

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.