Terapia Nutricional em Doenças Neurológicas

Revisão de Literatura

Autores

  • Isabella Costa Nutricionista, graduada pela Universidade de Brasília, Pós-graduanda em Nutrição Clínica pela Universidade Gama Filho, Brasília-DF, Brasil.
  • Milena Custódio Nutricionista, graduada pela Universidade de Brasília, Pós-graduanda em Nutrição Clínica pela Universidade Gama Filho, Brasília-DF, Brasil.
  • Vanessa Coutinho Nutricionista, Doutora em Ciências dos Alimentos, Coordenadora de curso de Nutrição Clínica da Universidade Gama Filho, Brasília-DF, Brasil.
  • Rafaela Liberali Educadora Física, Mestre em Engenharia de Produção pela UFSC, Professora do programa de Pós Graduação Lato Sensu em Nutrição Clínica – Fundamentos Metabólicos, Universidade Gama Filho, Brasília-DF, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.34024/rnc.2010.v18.8440

Palavras-chave:

Doenças do Sistema Nervoso, Terapia Nutricional, Epilepsia, Deficiência de Tiamina, Adrenoleucodistrofia

Resumo

Introdução. Doenças neurológicas são aquelas que acometem o sistema nervoso central e periférico. Envolvem desordens a nível cerebral, medular e nervos periféricos. No atendimento neurológico torna-se necessário a perfeita integração entre o neurologista e as especialidades envolvidas com o tratamento paliativo, tais como Nutrição, Fisioterapia, Terapia Ocupacional, Psicologia, Pedagogia e Fonoaudiologia. São em grande o número de doenças neurológicas nas quais o tratamento tradicional envolve apenas intervenção médica com uso de fármacos, porém para parte dessas doenças, a dietoterapia possui caráter relevante para a remissão de sintomas e/ou melhora do quadro clínico. Método. Revisão de literatura sobre as principais terapias nutricionais nas doenças neurológicas de caráter nutricional. Resultados. Pode-se constatar que a dietoterapia é eficaz na remissão dos sintomas da Síndrome de Wernick-Korsakoff e Epilepsia e melhora o prognóstico da Adrenoleucodistrofia. Conclusão. Assim, a intervenção dietética deve ser considerada no tratamento e recuperação dos pacientes portadores dessas patologias.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

World Health Organization. Neurological Disorders: Public Health Challenges, Geneva: World Health Organization; 2006, 217p.

Trevisol-Bittencourt P, Ferreira M, Marasciulo A, Collares C. Condições mais frequentes em um ambulatório de perícia neurológica. Arq Neuropsiquiatr 2001;59:214-8.

Souza N , Santana V, Oliveira P, Barbosa-Branco A. Doenças do trabalho e benefícios previdenciários relacionados à saúde, Bahia, 2000. Rev Saúde Púb 2008;42:630-8.

Elias R. Distúrbios do sistema nervoso central e periférico. J Bras Nefrol 2004;26:40-1.

Huse DM, Lucas AR. Transtornos comportamentais que afetam a ingestão de alimentos: anorexia nervosa, bulimia nervosa e outras condições psiquiátricas. In: Shils ME, Olson JA, Shike M, Ross AC. Tratado de Nutrição Moderna na Saúde e na doença. 9ª. ed. São Paulo: Manole, 2002, 2106p.

Burns BL, Carr-Davis EM. Cuidado Nutricional nas doenças do Sistema Nervoso. In: Mahan LK, Escott-Stump S. Krause: Alimentos, Nutrição & Dietoterapia. São Paulo: Roca, 1998, p.883-909.

Chaves-Carballo E. Dietas médicas en el tratamiento de las enfermedades neuropediátricas.Rev Neurol 2003; 37:267-74.

Martins AM. Protocolo Brasileiro de Dietas - Erros Inatos do Metabolismo. São Paulo: Segmento Farma, 2007, 120p.

Zubaran C, Fernandes J, Martins F, Souza J, Machado R, Cadore M. Aspectos clínicos e neuropatológicos da síndrome de Wernicke-Korsakoff. Rev Saúde Publ 1996;30:602-8.

Silva AV, Cavalheiro EA. Epilepsia: uma janela para o cérebro. Multiciência 2004;3:3-9.

Garzon E. Epilepsia Refratária: Conceito e Contribuição das Novas Drogas Antiepilépticas e de outras Modalidades Terapêuticas. Rev Neurociênc 2002;10:66-82.

Fiamoncini RL. Metodologia Científica Prática: um saber-fazer competente da saúde à educação. Florianópolis, 2008, 189p.

Ramos C, Pereira C. Encefalopatia De Wernicke: Importância Do Seu Reconhecimento. Acta Med Port 2006; 19:442-5.

Kaimen-Maciel DR, Rocha FH, Mancini DA. Encefalopatia de Wernicke: Manifestação clínica inicial atípica. Rev Neurocienc 2008;1:1-3.

Sinisgalli L, Salmeron M, Chervin E, Nogueira R, Silva P. Encefalopatia de Wernicke-Korsakoff após Cirurgia para Tratamento da Obesidade Mórbida. Rev Bras Videocir 2004;2:23-7.

Laranjeira R, Nicastri S, Jerônimo C, Marques A. Consenso sobre a Síndrome de Abstinência do Álcool (SAA) e o seu tratamento. Rev Bras Psiquiatr 2000;22:62-71.

Vitamina B1 Intravenosa: Maior Eficácia sem Riscos de Anafilaxia no Beriberi Cerebral e Cardíaco (Endereço na Internet). São Paulo: Junior JF (atualizado em: 04/2009; acessado em: 04/2009). Disponível em: http://www.medicinacomplementar.com.br/biblioteca_doencas_vitaminab1.asp

Vasconcelos MM, Azevedo PMC,Esteves L, Brito AR, Olivaes MCD. Herdy CVH. Dieta Cetogênica para Epilepsia Intratável em crianças e adolescentes: relato de seis casos. Rev Assoc Med Bras 2004;50:380-5.

Rizzutti S, Ramos AMF, Cintra IP, Muszkat M, Gabbai AA. Avaliação do perfil metabólico, nutricional e efeitos adversos de crianças com epilepsia refratária em uso da dieta cetogênica. Rev Nutr 2006;19:573-9.

Ramos AMF, Gabbal AA, Cintra IP. Impacto nutricional da dieta cetogê-nica em crianças com epilepsia de difícil controle. Pediatria 2004;26:230-9.

Raimann X, Marín V, Burón V, Devilat M, Ugalde A. Dieta cetogénica en epilepsia refractaria: Eficacia, evolución y complicaciones a largo plazo. Rev Chil Pediatr 2007;78:477-81.

Barros CRMR. Dieta cetogênica utilizando jejum fracionado: emprego ambulatorial em epilepsia refratária (Tese). Porto Alegre: Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 2006, 137p.

Nonino- Borges CB, Bustamante VCT, Rabito EI, Inuzuka LM, Sakamoto AC, Marchini JS. Dieta cetogênica no tratamento de epilepsias farmacorresistentes. Rev Nutr 2004;17:515-21.

Moser H. Therapy of X-linked Adrenoleukodystrophy. Neuro Rx®. JAm Soc ExpNeuroTherap 2006;3:243-53.

Grosko A, Ferreira R. Aspectos biológicos e moleculares da adrenoleucodistrofia. Arq Ciênc Saúde Unipar 2006;10:43-7.

Elias L, Castro M. Insuficiência adrenal primária de causa genética. Arq Bras Endocrinol Metab 2002;46:478-89.

Moser H. Adrenoleukodystrophy: phenotype, genetics, pathogenesis and therapy. Brain 1998;120:485-508.

Moser W. Clinical and therapeutic aspects of adrenoleukodystrophy and adrenomyeloneuropathy. J Neuropath Exp Neurol 1995; 54:740-5.

Vargas C, Barscak A, Coelho D, Furlanetto V, Souza CFM, Karam SM, et al. Clinical and biochemical findings in 7 patients with X-linked adrenoleukodystrophy treated with Lorenzo’s Oil. Gen Mol Biol 2000;23;697-701.

Marion Deon. Estudo de Diferentes Parâmetros de estresse oxidativo na Adrenoleucodistrofia ligada ao X (Tese). Porto Alegre : Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2004, 143p.

Mourão DM, Levimar RA, Purisch S, Pardini VC. Insuficiência adrenal primária está frequentemente associada à adrenoleucodistrofia em crianças. Arq Bras Endocrinol Metab 1997;41:102-6.

Suzuki Y, Imamura A, Shimozawa N, Kondo N. The clinical course of childhood and adolescente adrenoleukodystrophy befote and alter Lorenzo’s oil. Brain Develop 2001;23:30-3.

Downloads

Publicado

2010-12-31

Como Citar

Costa, I., Custódio, M., Coutinho, V., & Liberali, R. (2010). Terapia Nutricional em Doenças Neurológicas: Revisão de Literatura. Revista Neurociências, 18(4), 555–560. https://doi.org/10.34024/rnc.2010.v18.8440

Edição

Seção

Revisão de Literatura
Recebido: 2019-02-20
Publicado: 2010-12-31