Antidepressivos no Tratamento de Depressão na Doença de Parkinson

Quais as Evidências?

Autores

  • Marcos Hortes N. Chagas Médico psiquiatra, Mestre em Neurologia/Neurociências, INCT Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Translacional em Medicina (CNPq), Ribeirão Preto-SP, Brasil.
  • José Alexandre S. Crippa Médico psiquiatra, Professor do Departamento de Neurociências e Ciências do Comportamento da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP. INCT Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Translacional em Medicina (CNPq), Ribeirão Preto-SP, Brasil.
  • Vitor Tumas Médico neurologista, Professor do Departamento de Neurociências e Ciências do Comportamento da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP. INCT Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Translacional em Medicina (CNPq), Ribeirão Preto-SP, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.34024/rnc.2011.v19.8350

Palavras-chave:

Depressão, Doença de Parkinson, Antidepressivos

Resumo

A depressão é o transtorno psiquiátrico mais frequente na doença de Parkinson (DP), porém seu tratamento ainda é um desafio para clínicos, neurologistas e psiquiatras. Uma breve revisão da literatura foi realizada no Medline utilizando os descritores “depression” e “Parkinson’s disease” com limites definidos para estudos controlados randomizados, sem período de tempo. Oitenta e nove artigos foram encontrados, no entanto apenas três destes estudos apresentavam delineamento duplocego, randomizado, placebo controlado. Estes estudos demostraram resultados controversos e importantes limitações como: amostra pequena (variando de 12 a 52 pacientes) e utilização de baixas doses de antidepressivos. Apesar dos inibidores seletivos da recaptação de serotonina e tricílicos terem sido avaliados na depressão na DP, outras classes de antidepressivos não foram estudadas e devem ser consideradas. Desta forma, mais estudos são necessários e oportunos tanto para a prática clínica como para contribuir para um melhor entendimento da neurobiologia da depressão na DP.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

Nakabayashi TIK, Chagas MHN, Côrrea ACL, Tumas V, Loureiro SR, Crippa JAS. Prevalence of depression in Parkinson’s disease. Rev Psiq Clín 2008;35:219-27.

Chagas MH, Tumas V, Loureiro SR, Hallak JE, Trzesniak C, de Sousa JP, et al. Validity of a Brazilian version of the Zung self-rating depression scale for screening of depression in patients with Parkinson’s disease. Parkinsonism Relat Disord 2010;16:42-5. http://dx.doi.org/10.1016/j.parkreldis.2009.07.010

Chen P, Kales HC, Weintraub D, Blow FC, Jiang L, Mellow AM. Antidepressant treatment of veterans with Parkinson’s disease and depression: analysis of a national sample. J Geriatr Psychiatry Neurol 2007;20:161-5. http://dx.doi.org/10.1177/0891988707301866

Menza M, Dobkin RD, Marin H, Mark MH, Gara M, Buyske S, et al. A controlled trial of antidepressants in patients with Parkinson disease and depression. Neurology 2009;72:886-92. http://dx.doi.org/10.1212/01.wnl.0000336340.89821.b3

Leentjens AF, Vreeling FW, Luijckx GJ, Verhey FR. SSRIs in the treatment of depression in Parkinson’s disease. Int J Geriatr Psychiatry 2003;18:552-4. http://dx.doi.org/10.1002/gps.865

Devos D, Dujardin K, Poirot I, Moreau C, Cottencin O, Thomas P, et al. Comparison of desipramine and citalopram treatments for depression in Parkinson’s disease: a double-blind, randomized, placebo-controlled study. Mov Disord 2008;23:850-7. http://dx.doi.org/10.1002/mds.21966

Leentjens AF, Scholtissen B, Vreeling FW, Verhey FR. The serotonergic hypothesis for depression in Parkinson’s disease: an experimental approach. Neuropsychopharmacology 2006;31:1009-15. http://dx.doi.org/10.1038/sj.npp.1300914

Mace JL, Porter RJ, Dalrymple-Alford JC, Anderson TJ. The effects of acute tryptophan depletion on mood in patients with Parkinson’s disease and the healthy elderly. J Psychopharmacol 2010;24:615-9. http://dx.doi.org/10.1177/0269881109105572

Remy P, Doder M, Lees A, Turjanski N, Brooks D. Depression in Parkinson’s disease: loss of dopamine and noradrenaline innervation in the limbic system. Brain 2005;128:1314-22. http://dx.doi.org/10.1093/brain/awh445

Dickson DW, Fujishiro H, Orr C, DelleDonne A, Josephs KA, Frigerio R, et al. Neuropathology of non-motor features of Parkinson disease. Parkinsonism Relat Disord 2009;15(Suppl 3):S1-5. http://dx.doi.org/10.1016/S13538020(09)70769-2 http://dx.doi.org/10.1016/S1353-8020(09)70029-X

Weintraub D, Mavandadi S, Mamikonyan E, Siderowf AD, Duda JE, Hurtig HI, et al. Atomoxetine for depression and other neuropsychiatric symptoms in Parkinson disease. Neurology 2010;75:448-55. http://dx.doi.org/10.1212/WNL.0b013e3181ebdd79

Bxarone P, Poewe W, Albrecht S, Debieuvre C, Massey D, Rascol O, et al. Pramipexole for the treatment of depressive symptoms in patients with Parkinson’s disease: a randomised, double-blind, placebo-controlled trial. Lancet Neurol 2010;9:573-80. http://dx.doi.org/10.1016/S1474-4422(10)70106-X

Downloads

Publicado

2011-09-30

Como Citar

Chagas, M. H. N., Crippa, J. A. S., & Tumas, V. (2011). Antidepressivos no Tratamento de Depressão na Doença de Parkinson: Quais as Evidências?. Revista Neurociências, 19(3), 570–572. https://doi.org/10.34024/rnc.2011.v19.8350

Edição

Seção

Texto de Opinião
Recebido: 2019-02-24
Publicado: 2011-09-30