Manifestações clínicas na Mucopolissacaridose do tipo II grave

Relato de Caso

Autores

  • Elaine Cristina Pereira Fisioterapeutas, Especializandas em Fisioterapia Clínica Médica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo-SP, Brasil.
  • Diana Guilherme Sacomani Fisioterapeutas, Especializandas em Fisioterapia Clínica Médica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo-SP, Brasil.
  • Anna Amélia Pereira da Motta Fisioterapeuta, Especialista, Preceptora da Especialização de Fisioterapia em Clínica Médica pela UNIFESP, São Paulo-SP, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.34024/rnc.2011.v19.8337

Palavras-chave:

Mucopolissacaridose II, Fisioterapia, Anormalidades do Sistema Respiratório, Déficits Neurológicos

Resumo

Introdução. A Mucopolissacaridose do tipo II é uma síndrome genética que leva a disfunção enzimática que causa depósitos de glicosaminoglicanos em diversas partes do corpo. Esse depósito pode comprometer o desenvolvimento normal da criança e levar a complicações musculoesqueléticas, cardíacas, respiratórias e neurológicas. O tratamento para essa síndrome é basicamente sintomático e atualmente utiliza-se a terapia de reposição enzimática. O objetivo do estudo foi avaliar as alterações musculoesqueléticas, respiratórias e neurológicas encontradas no paciente que está em estágio avançado da doença. Método. Para realizar a avaliação foi utilizada escala de Ashworth modificada, goniometria, coletado sinais vitais e antropométricos além da realização da ventilometria e do registro de imagens. Resultados. Os achados mais evidentes mostram alterações antropométricas, deformidades ósseas, diminuição do tônus muscular, volume corrente reduzido. Conclusão. Os registros encontrados se assemelham com o que descreve a literatura atual, um diagnóstico e tratamento precoce talvez possam minimizar os comprometimentos causados pela doença.

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Publicado

2011-12-31

Como Citar

Pereira, E. C., Sacomani, D. G., & Motta, A. A. P. da. (2011). Manifestações clínicas na Mucopolissacaridose do tipo II grave: Relato de Caso. Revista Neurociências, 19(4), 675–680. https://doi.org/10.34024/rnc.2011.v19.8337

Edição

Seção

Relato de Caso
Recebido: 2019-02-25
Publicado: 2011-12-31