Avaliação do Conhecimento dos Fisioterapeutas Neurofuncionais acerca da Síndrome de Pusher

Autores

  • Caroline Micaela Santos Góis Fisioterapeuta, Recife-PE, Brasil.
  • Marta Caroline Nascimento Vilar de Araújo Fisioterapeuta, Recife-PE, Brasil.
  • Karina de Carvalho da Silva Fisioterapeuta, Mestre em Patologia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), professora substituta da UFPE, Recife-PE, Brasil.
  • Alessandra Teixeira da Câmara Araújo Fisioterapeuta, Mestre em saúde da criança e do adolescente (UFPE), professora titular da Universidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO), Campus Recife, Recife-PE, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.34024/rnc.2011.v19.8325

Palavras-chave:

Síndrome de Pusher, Fisioterapia, Hemiparesia

Resumo

Objetivo. Analisar o nível de conhecimento dos fisioterapeutas neurofuncionais acerca da Síndrome de Pusher (SP). Método. Aplicou-se um questionário com os fisioterapeutas que realizam atendimentos neurofuncionais em clínicas, hospitais e serviços de home care em Recife-PE. Resultados. Dos 60 entrevistados, somente 37 conheciam a SP. Deste universo de 37, 40.5% já realizaram alguma pesquisa sobre a SP. Todos os fisioterapeutas apontaram o AVC como a principal causa; porém, menos de 35% indicaram tumores cerebrais e traumatismo cranioencefálico. O tálamo póstero-lateral foi indicado por 35.1% deles como a possível estrutura lesada. As posturas ortostática (62.2%) e sentada (21.6%) foram informadas como a que mais se observa o comportamento peculiar da SP. 62.2% relataram que o paciente resiste à correção da sua postura por insegurança. As principais características clínicas relatadas foram o deslocamento do centro de gravidade para o lado plégico (59.5%) e a utilização do hemicorpo sadio para se empurrar (51.4%). Por fim, os recursos terapêuticos mais utilizados foram: transferência de peso para o lado plégico (70.3%) e a utilização de feedback visual e auditivo (67.6%). Conclusão. No Recife, poucos são os fisioterapeutas neurofuncionais que conhecem a SP. Destes, o nível de informação pode ser considerado insatisfatório e, em alguns aspectos, contraditório.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

Davies PM. Síndrome de Não Alinhamento (Síndrome de Pusher). In: MIR Assessoria Editorial Ltda. Passos a Seguir (Um manual para o tratamento da hemiplegia do adulto). Dr. Nelson Gomes de Oliveira. São Paulo: Editora Manole, 1996, p.279-98.

Santos-Pontelli TEG, Pontes-Neto OM, Colafêmina JF, Araujo DB, Santos AC, Leite JP. Contraversive Pushing in non-stroke patients. J Neurol 2004;251:1324-8. http://dx.doi.org/10.1007/s00415-004-0532-y

Cardoen S, Santens P. Posterior pusher syndrome: A report of two cases. Clin Neurol Neurosurg 2010;112:347-9. http://dx.doi.org/10.1016/j.clineuro.2009.12.007

Ticini LF, Klose U, Nӓgele T, Karnath HO. Perfusion Imaging in Pusher Syndrome to Investigate the Neural Substrates Involved in Controlling Upright Body Position. PLoS ONE. 2009;4:e5737. http://dx.doi.org/10.1371/journal.pone.0005737

Karnath HO, Ferber S, Dichgans J. The neural representation of postural control in humans. Proc Natl Acad Sci. 2000;97:13931-6. http://dx.doi.org/10.1073/pnas.240279997

Karnath HO. Pusher Syndrome: a frequent but little-know disturbance of body orientation perception. J Neurol 2007;341:514-24.

Premoselli S, Cesana L, Cerri C. Pusher syndrome in stroke: clinical, neuropsychological and neurophysiological investigation. Eur Med Phys 2001;37:143 -51.

Pedersen PM, Wandel A, Jorgensen HS, Nakayama H, Raaschou HO, Olsen TS. Ipsilateral pushing in stroke: incidence, relation to neuropsychological symptoms, and impact on rehabilitation the Copenhagen stroke study. Arch Phys Med Rehabil. 1996; 77:25-8. http://dx.doi.org/10.1016/S0003-9993(96)90215-4

Karnath HO, Johannsen L, Broetz D, Küker W . Posterior thalamic hemorrhage induces “pusher syndrome”. Neurology 2005;64:1014-9. http://dx.doi.org/10.1212/01.WNL.0000154527.72841.4A

Danells CJ, Black SE, Gladstone DJ, McIlroy WE. Poststroke “Pushing”: natural history and relationship to motor and functional Recovery. Stroke 2004;35:2873-8. http://dx.doi.org/10.1161/01.STR.0000147724.83468.18

Melo MEFA. Prevalência e perfil anátomo-clínico-funcional da Síndrome do Não-Alinhamento em pacientes vítimas de Acidente Vascular Encefálico (Dissertação). Recife: UFPE, 2009,72p.

Karnath HO, Broetz D. Understanding and treating “pusher syndrome”. Phys Ther. 2003;83:1119-25.

Karnath HO, Ferber S, Dichgans J. The origin of controversies pushing. Neurology. 2000;55:1298-304.

Karnath HO, Johannsen L, Broetz D, Ferber S, Dichgans J. Prognosis of contraversive pushing. J Neurol. 2002; 249:1250-3. http://dx.doi.org/10.1007/s00415-002-0824-z

Santos-Pontelli TEG, Pontes-Neto OMP, Colafêmina J, Araújo DB, Santos AC, Leite JP. Controle postural na síndrome de pusher: influência dos Canais semicirculares laterais. Rev Bras Otorrinolaringol. 2005;71:448-52.

Santos-Pontelli TEG, Pontes-Neto OM, Colafêmina JF, Araújo DB, Santos AC, Leite JP. Pushing behavior and hemiparesis: which is critical for functional recovery in pusher patients? case report. Arq Neuropsiquiatr 2007; 65:536-9. http://dx.doi.org/10.1590/S0004-282X2007000300035

Johannsen L, Broetz D, Naegele T, Karnath HO. “Pusher syndrome” following cortical lesions that spare the thalamus. J Neurol 2006;253:455-63. http://dx.doi.org/10.1007/s00415-005-0025-7

Vibert D, Haüsler R, Safran AB. Subjective visual vertical in peripheral unilateral vestibular diseases. J Vestib 1999;145:152-9.

Brandt T, Dieterich M, Danek A. Vestibular cortex lesions affect the perception of verticality. Ann Neurol 1994; 403:412-35.

Saj A, Honoré J, Coello Y, Rousseaux M. The Visual Vertical in the Pusher Syndrome: influence of Hemispace and Body Position. J Neurol 2005;252:885-91. http://dx.doi.org/10.1007/s00415-005-0716-0

Broetz D, Johannsen L, Karnath HO. Time course of “pusher syndrome” under visual feedback treatment. Physiother Res Int 2004;9:138-43. http://dx.doi.org/10.1002/pri.314

Paci M, Nannetti L. Physiotherapy for pusher behaviour in a patient with post-stroke hemiplegic. J Rehabil Med 2004;36:183-5. http://dx.doi.org/10.1080/16501970410029762

Cecatto RB, Almeida CI. Síndrome de Pusher após Acidente Vascular Encefálico: relato de caso. Acta Fisiatr 2008;15:195-201.

Downloads

Publicado

2011-12-31

Como Citar

Góis, C. M. S., Araújo, M. C. N. V. de, Silva, K. de C. da, & Araújo, A. T. da C. (2011). Avaliação do Conhecimento dos Fisioterapeutas Neurofuncionais acerca da Síndrome de Pusher. Revista Neurociências, 19(4), 595–601. https://doi.org/10.34024/rnc.2011.v19.8325

Edição

Seção

Artigos Originais
Recebido: 2019-02-25
Publicado: 2011-12-31