Padronização da Msis-29 Para um Centro de Referência em Esclerose Múltipla

Autores

  • Karina Pavan Fisioterapeuta, Doutora em Ciências da Saúde pela Faculdade de Ciências Médicas Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP), São Paulo, SP, Brasil.
  • Bruna Eriko Matsuda Marangoni Fisioterapeuta, Mestre em Ciências da Saúde pela Faculdade de Ciências Médicas Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP), São Paulo, SP, Brasil.
  • Sergio Lianza Médico Fisiatra, Livre Docente e Coordenador da Disciplina de Medicina de Reabilitação da Faculdade de Ciências Médicas Santa Casa de São Paulo (FCMSCMSP)),São Paulo, SP, Brasil.
  • Charles Peter Tilbery Médico Neurologista, Doutor em Medicina, Professor Titular da Faculdade de Ciências Médicas Santa Casa de São Paulo (FCMSCMSP), São Paulo, SP, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.34024/rnc.2013.v21.8185

Palavras-chave:

Qualidade de Vida, Esclerose Múltipla, Estudos de Validação

Resumo

Todas as ciências da saúde vêm reforçando a prática clínica baseada em evidências e mostra a importância da utilização de instrumentos validados. Multiple Sclerosis Impact Scale (MSIS-29) é instrumento de medida para avaliação do impacto físico e psicológico da Esclerose Múltipla (EM) na qualidade de vida. Objetivo. Padronizar as proprie­dades psicométricas da MSIS-29 para pacientes com EM do centro de referência, Centro de Atendimento e Tratamento da EM (CATEM). Método. Realizado estudo prospectivo com 100 indivíduos, 75% do sexo feminino, média de idade de 39,21±10,32 anos. As etapas do processo de padronização deste estudo foram tradução, retradução, revisão por comitê de especialistas e pré-teste. Teste e reteste da MSIS- 29/BR, e comparação com a Escala de Determinação Funcional da Qualidade de Vida em pacientes com EM (DEFU). Resultados. A MSIS-29/BR é confiável 0.94 e 0.98 para teste e reteste, e reprodutível 0.94 [0.92-.96] e 0.90 [0.85-0.93] para aspecto físico e psicológico. Houve correlação moderada com DEFU tanto nos aspectos psicológi­cos quanto nos físicos, com maior correlação entre fator psicológico da MSIS e satisfação pessoal da DEFU (r= -0,570). Conclusão. A versão padronizada da MSIS-29/BR é válida e reprodutível para população de EM na experiência do CATEM e para a população brasileira.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

Matthews WB. Clinical aspects. In Compston DAS (ed). McAlpine’s multiple sclerosis. London: Churchill Livingstone, 2000, p.43-251.

Canadian Burden of Illness Study Group. Burden of illness of multiple sclerosis. II. Quality of Life. Can J Neurol Sci 2003;25:31-38.

Oliveira E, Annes M, Gabbai A. Esclerose múltipla: Estudo clínico de 50 pacientes acompanhados no ambulatório de neurologia UNIFESP-SP. Arq Neuropsiquiatr 1999; 57(1):51-55. http://dx.doi.org/10.1590/S0004282X1999000100010

Kurland LT. The evolution of multiple sclerosis epidemiology. Ann Neurol 1994;36:S1-S5. http://dx.doi.org/10.1002/ana.410360703

Riazi A, Hobart JC, Lamping DL. Evidence-based measurement in multiple sclerosis: the psychometric properties of the physical and psychological dimensions of three quality of life rating scales. Mult Scler 2003;9:411-419. http://dx.doi.org/10.1191/1352458503ms929oa

Riazi A, Hobart JC, Lamping DL. Multiple Sclerosis Impact Scale (MSIS- 29): reliability and validity in hospital based samples. J Neurol NeurosurgPsychiatry 2002;73:701-704. http://dx.doi.org/10.1136/jnnp.73.6.701

Cella DF, Dineen K, Arnason B. Validation of the functional assessment of multiple sclerosis quality of life instrument. Neurology 1996;47:129-139. http://dx.doi.org/10.1212/WNL.47.1.129

Hobart JC, Riazi A, Lamping DL. Improving the evaluation of therapeutic interventions in multiple sclerosis: development of a patient-based measure of outcome. Health Technol Assess 2004;8:1-48.

Thompson AJ, Hobart JC. Multiple sclerosis: assessment of disability and disability scales. J Neurol 1998;245(4):189-96. http://dx.doi.org/10.1007/s004150050204

Costelloe L, O’Rourke K, Kearney H, McGuigan C, Gribbin L, Duggan M, et al. The patient knows best: significant change in the physical component of the Multiple Sclerosis Impact Scale (MSIS-29 physical). J Neurol Neurosurg Psychiatry 2007;78(8):841-4. http://dx.doi.org/10.1136/jnnp.2006.105759

Costelloe L, O’Rourke K, McGuigan C, Walsh C, Tubridy N, Hutchinson M. The longitudinal relationship between the patient-reported Multiple Sclerosis Impact Scale and the clinician-assessed Multiple Sclerosis Functional Composite. Mult Scler 2008;14(2):255-8. http://dx.doi.org/10.1177/1352458507081274

Hobart J, Lamping D, Fitzpatrick R, Riazi A, Thompson A. The Multiple Sclerosis Impact Scale (MSIS-29): a new patient-based outcome measure. Brain 2001;124(Pt 5):962-73. http://dx.doi.org/10.1093/brain/124.5.962

Pittion-Vouyovitch S, Debouverie M, Guillemin F, Vandenberghe N, Anxionnat R, Verpignani H. Fatigue in multiple sclerosis is related to disability, depression and quality of life. J Neurol Sci 2006;243: 39-45. http://dx.doi.org/10.1016/j.jns.2005.11.025

Jamroz-Wisniewska A, Papuc E, Bartosik-Psujek H, Belniak E, Mitosek- -Szewczyk K, Stelmasiak Z. Validation of selected aspects of psychometry of the Polish version of the Multiple Sclerosis Impact Scale 29 (MSIS-29): Neurol Neurochir Pol 2007;41(3):215-22.

Gray O, McDonnell G, Hawkins S. Tried and tested: the psychometric properties of the multiple sclerosis impact scale (MSIS-29) in a population-based study. Mult Scler 2009;15(1):75-80. http://dx.doi.org/10.1177/1352458508096872

Lopes J, Kaimen-Maciel DR, Matsuo T. Adaptação transcultural e validação da escala de impacto de esclerose múltipla. Rev Neurocienc 2011;19:433-40.

McDonald WI, Compston A, Edan G, Goodkin D, Hartung H-P, Lublin FD,et al. Recommended diagnostic criteria for multiple sclerosis: guidelines from the International Panel on the diagnosis of multiple sclerosis. Ann Neurol 2001;50:121-127. http://dx.doi.org/10.1002/ana.1032

Beaton DE, Bombardier C, Guillemin F, Ferraz MB. Guidelines for process of cross-cultural adaptation of self-report measures. Spine 2000;25(24):3186-3191. http://dx.doi.org/10.1097/00007632-200012150-00014

Guillemin F, Bombardier C, Beaton D. Cross-cultural adaptation of health- -related quality of life measures: Literature review and proposed guidelines. J Clin Epidemiol 1993;46(12):1417-32. http://dx.doi.org/10.1016/08954356(93)90142-N

Mendes MF, Balsimelli S, Stangehaus G, Tilbery CP. Validação da escala de determinação funcional da qualidade de vida na esclerose múltipla para a língua portuguesa. Arq Neuropsiquiatr 2004;64(1):108-13. http://dx.doi.org/10.1590/S0004-282X2004000100019

Delmothe A, editor. Outcomes into clinical practice. London: BMJ Publishing; 1994:1-4.

Jenkinson C, editor. Measuring health and medical outcomes. London: University College London Press; 1994:1-3.

Harvey P. Why interferon beta-1b was licensed is a mystery. BMJ 1996;313:297-8. http://dx.doi.org/10.1136/bmj.313.7052.297c

Rous E, Coppel A, Haworth J, Noyce S. Apurchaser experience of managing new expensive drugs: interferon beta. BMJ 1996;313:1195-6. http://dx.doi.org/10.1136/bmj.313.7066.1195

Ferner RE. Newly licensed drugs. BMJ 1996; 313:1157-8. http://dx.doi.org/10.1136/bmj.313.7066.1157

Richards RG. Interferon beta in multiple sclerosis. BMJ 1996;313:1159. http://dx.doi.org/10.1136/bmj.313.7066.1159

Stewart AL, Hays RD, Ware JE Jr. The MOS Short-Form General Health Survey: reliability andvalidity in a patient population. Med Care 1988;26:724-35. http://dx.doi.org/10.1097/00005650-198807000-00007

Scientific Advisory Committee of the Medical Outcomes Trust Assessing health status and quality of life instrumentes: attributes and rewiew criteria. Quality of Life Research 2002;11:193-205. http://dx.doi.org/10.1023/A:1015291021312

Guyatt GH, Feeny DH, Patrick DL. Measuring Health-related Quality of Life. Ann Int Med 1993;118:622-29. http://dx.doi.org/10.7326/0003-4819-118-8-199304150-00009

Pavan K, Schimidt K, Marangoni B, Mendes MF, Tilbery CP, Lianza S. Adaptação transcultural e validação da escala modificada de impacto da fadiga. Arq Neuropsiquatr 2007;65(3-A):669-73. http://dx.doi.org/10.1590/S0004-282X2007000400024

Downloads

Publicado

2013-06-30

Como Citar

Pavan, K., Marangoni, B. E. M., Lianza, S., & Tilbery, C. P. (2013). Padronização da Msis-29 Para um Centro de Referência em Esclerose Múltipla. Revista Neurociências, 21(2), 237–246. https://doi.org/10.34024/rnc.2013.v21.8185

Edição

Seção

Artigos Originais
Recebido: 2019-02-24
Publicado: 2013-06-30

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)