Fluência e Prosódia

Aspectos Diferenciais Frente aos Distúrbios

Autores

  • Renata Lucca de Souza Bacharel em Fonoaudiologia do Centro Universitário Metodista do IPA de Porto Alegre-RS, Brasil.
  • Maria Cristina de Almeida Freitas Cardos Fonoaudióloga, Doutora, Professora Adjunto I da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre – UFCSPA, Porto Alegre-RS, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.34024/rnc.2013.v21.8166

Palavras-chave:

Diagnóstico, Distúrbios da Fala, Transtornos da Linguagem, Gagueira

Resumo

Objetivo. Estabelecer a diferença entre os distúrbios de fluência e de prosódia. Método. Trata-se de uma revisão da literatura sobre a flu­ência e prosódia frente aos seus transtornos. Resultados. A fluência é caracterizada pela capacidade de produzir uma fala espontaneamente fluida e seus distúrbios são denominadas como disfluências, nas quais ocorrem distúrbios no ritmo, na velocidade, na entonação e quan­do há esforço ao falar. Estes distúrbios podem ser classificados como normais, anormais ou ambíguas. A prosódia é definida como o ele­mento que estrutura a produção verbal oral que é capaz de segmentar os sons da fala, que ao formular as sílabas, gera uma estrutura rítmi­ca. Seus transtornos são classificados em aprosódia e hiperprosódia. Conclusão. As caracterizações da prosódia e da fluência se misturam em muitos artigos. Embora diferentes, a disfluência e os distúrbios de prosódia carregam divergências quanto a sua interpretação em função das bases teóricas que marcam os seus conceitos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

Butman J, Allegri R, Harris P, Drake M. Fluencia verbal en español: datos normativos en Argentina. Medicina (Buenos Aires) 2000;60:561-4.

Duarte T, Crenitte P, Lopes Herrera S. Caracterização dos indivíduos com distúrbios na fluência, atendidos na clínica-escola do curso de Fonoaudiologia da USP-Bauru. Rev CEFAC (São Paulo) 2009;11:396-405. http://dx.doi.org/10.1590/S1516-18462009005000027

Bohnen A. Estudos das palavras gaguejadas por crianças e adultos: caracterizando a gagueira como distúrbio de linguagem. (Tese) Porto Alegre: UFRGS, 2009, 197p.

Jakubovicz R. A gagueira: teoria e tratamento de adultos e crianças. 5ª Edição Rio de Janeiro: Editora Revinter, 1997, p.3-10.

Hoekert M, Bais L, Khan R, Aleman A. Time course of the involvement of the right anterior superior temporal gyro’s and the right frontal-parietal operculum in emotional prosody perception. PL oS ONE 2008;3(5):E2244.

Cardoso B, Reis C. A prosódia na fala de indivíduos com transtorno: procedimentos, resultados e possíveis aplicações. Belo Horizonte: Anais do III Colóquio Brasileiro de Prosódia da Fala, 2011; p.6-8.

Azevedo L, Cardoso F, Reis C. Análise acústica da prosódia em mulheres com doença de Parkinson: comparação com controles normais. Arq. Neuropsiquiatr 2003;61(4):999-1003. http://dx.doi.org/10.1590/S0004282X2003000600021

Rosenbek JC, Rodriguez AD, Hieber B, Leon SA, Crucian GP, Timothy U, et al. Effects of two treatments for aprosodia secondary to acquired brain injury. J Rehab Res Develop 2006;43(3):379-390. http://dx.doi.org/10.1682/JRRD.2005.01.0029

Leon SA, Rosenbek JC, Crucian GP, Hieber B, Holiway B, Rodriguez AD, et al. Active treatments for aprosodia secondary to right hemisphere stroke. J Rehab ResDevelop 2005;42(1):92-102.

Samuel C, Louis-Dreyfus A, Couillet J, Roubeau B, Bakchine S, Bussel B, et al. Dysprosody after severe closed head injury: an acoustic analysis. J Neurol Neurosurg Psychiatry 1998;64:482-5. http://dx.doi.org/10.1136/jnnp.64.4.482

Pell MD. Surveying emotional prosody in the brain. Proceedings of Speech Prosody, 2002 Conference, p.77-82.

Russell S, Laures-Gore J, Patel R. Treating expressive aprosódia: a case study. J Med Speech-Language Pathol2010;18(4):115-9.

Merlo S. Hesitações na fala semi-espontânea: análise por séries temporais. (Dissertação). Campinas/SP: UNICAMP, 2006, 143p.

Juste F, Andrade C. Tipologia das rupturas de fala e classes gramaticais em crianças gagas e fluentes. Pró Fono R Atual Cient 2006;18(2):129-140.

Friedman S. Gagueira: origem e tratamento. São Paulo: Editora Plexus, 2004, 143p.

Meira I. Gagueira: do fato ao fenômeno. São Paulo: Editora Cortez, 1986, 143p.

Degiovani VM. Disfluência neurológica. In: Ortiz KZ. Distúrbios neurológicos adquiridos: fala e deglutição. Barueri: Editora Manole, 2006, p.210-222.

Martinez-Sanches F. Transtornos del habla y la voz en la enfermedad de Parkinson. Rev Neurol 2010;51:542-50.

Oliveira CMC De, Bernardes APL, Fabbri GA, Capellini SA. Perfil da fluência de indivíduos com taquifemia. Pró-Fono R Atual Cient 2010;22(4):445-450. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-56872010000400014

Código internacional de doenças – CID 10. F98.6. (endereço na internet). Brasil: Medicinanet. (última atualização: 2010; citado em: 01/2012). Disponível em: http://www.medicinanet.com.br/cid10/1578/f98_outros_transtornos_comportamentais_e_emocionais_com_inicio_habitualmente_durante_a_infancia_ou_a_adolescencia.htm.

Scarpa EM. Aquisição, afasia e a hierarquia prosódica. Cad Est Ling 2001;(40):61-76.

Scarpa EM. Dificuldades prosódicas em sujeitos cérebro-lesados. Alfa 2000;44:363-383.

Weiss A. Mitos da gagueira refletem desinformação sobre o problema. (endereço na internet). Brasil: Scientific American Brasil. (última atualização 2009; citado em 01/2012) Disponível em: http://www2.uol.com.br/sciam/noticias/mitos_da_gagueira_refletem_desinformacao_sobre_o_problema.html.

Andrade CRF, Cervone LM, Sassi FC. Relationship between the stuttering severity index and speech rate. SPMJ 2003;121(2):81-84.

Downloads

Publicado

2013-09-30

Como Citar

Souza, R. L. de, & Cardos, M. C. de A. F. (2013). Fluência e Prosódia: Aspectos Diferenciais Frente aos Distúrbios. Revista Neurociências, 21(3), 468–473. https://doi.org/10.34024/rnc.2013.v21.8166

Edição

Seção

Artigos de Revisão
Recebido: 2019-02-24
Publicado: 2013-09-30

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)