Ingestão Oral e Grau de Comprometimento da Disfagia Orofaríngea Neurogênica Pré e Pós-Fonoterapia

Autores

  • Aline Rodrigues Pinto 1.Fonoaudióloga, Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Fonoaudiologia pela UNESP - Campus de Marília e Fonoaudióloga da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia da cidade de Marília-SP, Brasil.
  • Paula Cristina Cola Fonoaudióloga, Doutora pela Faculdade de Medicina de Botucatu-UNESP, Docente do Curso de Medicina da Universidade de Marília e Assistente de Pesquisa do Laboratório de Disfagia da UNESP-Campus de Marília, Marília- -SP, Brasil.
  • Lídia Raquel de Carvalho Bioestatística, Professora Assistente Doutor do Departamento de Bioestatística do Instituto de Biociências de Botucatu-UNESP, Botucatu-SP, Brasil.
  • Suely Mayumi Motonaga Médica Otorrinolaringologista, Professora Assistente Doutor do Departamento de Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista – UNESP e da Faculdade de Filosofia e Ciências/FCC - Campus de Marília, Marília-SP, Brasil.
  • Roberta Gonçalves da Silva Fonoaudióloga, Professora Assistente Doutor do Departamento de Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista – UNESP e da Faculdade de Filosofia e Ciências/FCC - Campus de Marília, Marília-SP, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.34024/rnc.2013.v21.8135

Palavras-chave:

Transtornos de Deglutição, Eficácia, Reabilitação, Neurologia

Resumo

Objetivo. Comparar o nível de ingestão oral e o grau de comprome­timento da disfagia orofaríngea neurogênica pré e pós - fonoterapia. Método. 19 indivíduos com disfagia orofaríngea neurogênica, 10 adultos pós-Acidente Vascular Cerebral (AVC), faixa etária de 4 a 76 anos, que compunham o grupo 1 (G1) e nove crianças com Encefalo­patia Crônica Infantil Não Progressiva (ECINP), faixa etária de dois anos e cinco meses a 15 anos que compunham o grupo 2 (G2). Foram excluídos os adultos em fase de recuperação espontânea. Realizada aná­lise retrospectiva dos protocolos de avaliação fonoaudiológica clínica com classificação do grau de comprometimento da disfagia, aplicados pré e pós - fonoterapia. Foi utilizado o Functional Oral Intake Scale FOIS para avaliar o nível de ingestão oral, pré e pós-fonoterapia. Resultados. Quanto ao grau de comprometimento das disfagias hou­ve mudança favorável somente nos adultos, sendo que na FOIS estas mudanças ocorreram nos dois grupos. Conclusão. Houve mudanças favoráveis no grau de comprometimento da disfagia orofaríngea e nos níveis da FOIS, pré e pós – fonoterapia no AVC, porém na ECINP os marcadores utilizados não apresentaram mudanças favoráveis devendo inclusive ser revistos para aplicação nesta população. Serão necessários estudos futuros que investiguem as variáveis desta amostra.

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Publicado

2013-12-31

Como Citar

Pinto, A. R., Cola, P. C., Carvalho, L. R. de, Motonaga, S. M., & Silva, R. G. da. (2013). Ingestão Oral e Grau de Comprometimento da Disfagia Orofaríngea Neurogênica Pré e Pós-Fonoterapia. Revista Neurociências, 21(4), 531–536. https://doi.org/10.34024/rnc.2013.v21.8135

Edição

Seção

Artigos Originais
Recebido: 2019-02-25
Publicado: 2013-12-31

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