Sobrevida de mulheres com síndrome de compressão medular após metástase óssea secundária ao câncer de mama

Autores

  • Anke Bergmann Fisioterapeuta, Doutora, Professora do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação do Centro Universitário Augusto Motta, Tecnologista do Instituto Nacional de Câncer; Rio de Janeiro-RJ, Brasil.
  • Erica Nogueira Fabro Fisioterapeuta, Mestre, Tecnologista do Instituto Nacional de Câncer; Rio de Janeiro-RJ, Brasil.
  • Blenda do Amaral e Silva Fisioterapeuta, Centro Universitário Augusto Motta; Rio de Janeiro-RJ, Brasil.
  • Ana Carolina Padula Ribeiro Fisioterapeuta, Mestre; Rio de Janeiro-RJ, Brasil.
  • Marianna Lou Fisioterapeuta, Mestre, Tecnologista do Instituto Nacional de Câncer; Rio de Janeiro-RJ, Brasil.
  • Juliana Flavia de Oliveira Fisioterapeuta, Doutora, Professora do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação do Centro Universitário Augusto Motta, Tecnologista do Instituto Nacional de Câncer; Rio de Janeiro-RJ, Brasil.
  • Elisangela Pedrosa Fisioterapeuta, Instituto Nacional de Câncer; Rio de Janeiro-RJ, Brasil.
  • Luiz Claudio Santos Thuler Médico, Doutor, Professor do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Neurociências da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Tecnologista do Instituto Nacional de Câncer; Rio de Janeiro-RJ, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.34024/rnc.2014.v22.8098

Palavras-chave:

Neoplasias da Mama, Síndromes de Compressão Nervosa, Taxa de Sobrevida, Metástase Neoplásica

Resumo

Objetivo. Descrever as características, os fatores prognósticos e a so­brevida global de pacientes com síndrome de compressão após metás­tase óssea secundária ao câncer de mama. Método: Foi realizado um estudo de sobrevida em mulheres com câncer de mama e metástase óssea , com diagnóstico de síndrome de compressão medular ou radi­cular em uma única instituição. As características demográficas (idade, estado civil e escolaridade) e clínicas (estadiamento clínico, tratamento cirúrgico do câncer de mama, sítio da metástase, tipo de compressão e óbito) foram coletadas retrospectivamente dos prontuários médicos. Foi considerado desfecho a ocorrência de óbito e censura, os casos vi­vos no último seguimento. Foi realizada a Regressão de Cox com nível de significância de 95%. Resultados: Foram incluídos 36 casos. O tempo mediano entre o diagnóstico de câncer de mama e a metástase óssea foi de 17 meses (0-167). O óbito ocorreu em 92% dos casos, com mediana de 22 meses (1-99) após o diagnóstico de metástase óssea e 9 meses (0-47) após o diagnóstico de síndrome de compres­são. A única variável associada a com o aumento da sobrevida após compressão medular foi o uso de bifosfonatos após a metástase óssea. Conclusão: A sobrevida global após metástase óssea foi de 22 meses e após a sindrome de compressão de 9 meses. O uso de bifosfonatos aumentou a sobrevida global após a síndrome de compressão medular.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

Estimativa 2014: Incidência de Câncer no Brasil (endereço na Internet). Rio de Janeiro: Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. (última atualização 12/2013; citado em 05/2014). Disponível em: http://www.inca.gov.br/estimativa/2014/sintese-de-resultados-comentarios.

Freitas-Junior R, Gonzaga CMR, Freitas NMA, Martins E, Dardes RCM. Disparities in female breast cancer mortality rates in Brazil between 1980 and 2009. Clinics 2012;67:731-7. http://dx.doi.org/10.6061/clinics/2012(07)05

Polascik TJ. Bisphosphonates in oncology: evidence for the prevention of skeletal events in patients with bone metastases. Drug Des Devel Ther 2009; 21:27-40.

Koizumi M, Yoshimoto M, Kasumi F, Iwase T. An open cohort study of bone metastasis incidence following surgery in breast cancer patients. BMC Cancer 2010;21:381. http://dx.doi.org/10.1186/1471-2407-10-381

Galasko CS. Bone metastases studied in experimental animals. Clin Orthop Relat Res 1981;155:269-85.

Coleman RE. Clinical features of metastatic bone disease and risk of skeletal morbidity. Clin Cancer Res 2006;12(20 Pt 2):6243s-9. http://dx.doi.org/10.1053/ctrv.2000.0210

Jensen AØ, Jacobsen JB, Nørgaard M, Yong M, Fryzek JP, Sørensen HT. Incidence of bone metastases and skeletal-related events in breast cancer patients: a population-based cohort study in Denmark. BMC Cancer 2011;24:29. http://dx.doi.org/10.1186/1471-2407-11-29

Akhtari M, Mansuri J, Newman KA, Guise TM, Seth P. Biology of breast cancerbone metastasis. Cancer Biol Ther 2008;7:3-9.

Barlev A, Song X, Ivanov B, Setty V, Chung K. Payer costs for inpatient treatment of pathologic fracture, surgery to bone, and spinal cord compression among patients with multiple myeloma or bone metastasis secondary to prostate or breast cancer. J Manag Care Pharm 2010;16:693-702.

Clezardin P, Teti A. Bone metastasis: pathogenesis and therapeutic implications. Clin Exp Metastasis 2007;24:599-608. http://dx.doi.org/10.1007/s10585-007-9112-8

Vrionis FD, Small J. Surgical management of metastatic spinal neoplasms. Neurosurg Focus 2003;15:E12.

Agarawal JP, Swangsilpa T, Van Der Linden Y, Rades D, Jeremic B, Hoskin PJ. The role of external beam radiotherapy in the management of bone metastases. Clin Oncol 2006;18:747-60. http://dx.doi.org/10.1016/j.clon.2006.09.007

Bergmann A, Ribeiro MJP, Pedrosa E, Nogueira EA, Oliveira ACG. Fisioterapia em mastologia oncológica: rotinas do Hospital do Câncer III / INCA. Rev Bras Cancerol 2006;52:97-109.

Fontanges E, Fontana A, Delmas P. Osteoporosis and breast cancer. Joint Bone Spine 2004;71:102-10. http://dx.doi.org/10.1016/j.jbspin.2003.02.001

Eriks IE, Angenot EL, Lankhorst GJ. Epidural metastatic spinal cord compression: functional outcome and survival after inpatient rehabilitation. Spinal Cord 2004;42:235-9. http://dx.doi.org/10.1038/sj.sc.3101555

Bartels RH, Feuth T, Rades D, Hedlund R, Villas C, van der Linden Y, et al. External validation of a model to predict the survival of patients presenting with a spinal epidural metastasis. Cancer Metastasis Rev 2011;30:153-9. http://dx.doi.org/10.1007/s10555-011-9271-6

Patchell RA. New developments in the surgical management of spinal cord compression caused by metastatic tumor. Clin Neurosurg 2005;52:65-7.

Tancioni F, Navarria P, Mancosu P, Pedrazzoli P, Morenghi E, Santoro A, et al. Surgery Followed by Radiotherapy for the Treatment of Metastatic Epidural Spinal Cord Compression From Breast Cancer. Spine 2011;36:E1352-9. http://dx.doi.org/10.1056/NEJM199002223220802

López-O R, Vicente J, Orient-López F, Fontg-Manzano F, Fernández-Mariscal E, Combalía A, et al. Pathological Vertebral Compression Fracture of C3 Due to a Breast Cancer Metastasis in a Male Patient. Spine 2009;34:E586-90. http://dx.doi.org/10.1097/BRS.0b013e3181aa2687

Teixeira WGJ, Coutinho PRM, Marchese LD, Narazaki DK, Cristante AF, Teixeira MJ, et al. Interobserver agreement for the spine instability neoplastic score varies according to the experience of the evaluator. Clinics 2013;68:213–7. http://dx.doi.org/10.6061/CLINICS/2013(02)OA15

Orcel P, Beaudreuil J. Bisphosphonates in bone diseases other than osteoporosis. Join Bone Spine 2002;69:19 27. http://dx.doi.org/10.1016/S1297--319X(01)00336-0

Alev C, Umay E, Polat S, Ecerkale O, Cakci A. The relationship between bisphosphonate use and demographic characteristics of male osteoporosis patients. Clinics 2011;66:579-82. http://dx.doi.org/10.1590/S1807593220110004000106-0

Downloads

Publicado

2014-06-30

Como Citar

Bergmann, A., Fabro, E. N., Silva, B. do A. e, Ribeiro, A. C. P., Lou, M., Oliveira, J. F. de, Pedrosa, E., & Thuler, L. C. S. (2014). Sobrevida de mulheres com síndrome de compressão medular após metástase óssea secundária ao câncer de mama. Revista Neurociências, 22(2), 195–200. https://doi.org/10.34024/rnc.2014.v22.8098

Edição

Seção

Artigos Originais
Recebido: 2019-02-16
Publicado: 2014-06-30