Sugestões práticas para a descrição do EEG de rotina

Autores

  • Raquel Guimarães Kanda Graduanda Medicina, Universidade Federal do Cariri, Cariri-CE, Brasil.
  • Ivan José Cury Médico, Especialista em neurocirurgia pela UNESP Campus de Botucatu, Botucatu-SP, Brasil.
  • Arnaldo Thiago Berto Lovatel Médico, responsável pelo serviço de neurofisiologia do Hospital São Francisco, Concórdia-SC, Brasil
  • Paulo Afonso Medeiros Kanda Médico, Doutor, Responsável técnico pelo Laboratório de EEG - Clínica Neurovale, Taubaté-SP, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.34024/rnc.2014.v22.8083

Palavras-chave:

Eletroencefalografia, EEG, Diagnóstico, Métodos

Resumo

Uma queixa comum feita pelos médicos solicitantes é que o laudo do Eletrencefalograma (EEG) faz pouco sentido e não contribui para o diagnóstico. Assim, os autores, baseados em seu cotidiano e na litera­tura, fazem breves comentários e sugestões a respeito da elaboração do laudo do EEG abrindo o tema para discussão. Uma abordagem sistemática da descrição (laudo) é necessária para que os achados con­tribuam positivamente no processo propedêutico. Assim a descrição do EEG deve ser dividida em algumas partes: 1.identificação do labo­ratório e paciente; 2.características técnicas do equipamento e condi­ções do exame; 3. corpo do laudo, que trata da descrição dos achados eletrográficos; 4.conclusão, onde é referido se o exame é normal ou não e finalmente; 5.correlação eletroclínica, quesito final e de interesse do clínico solicitante, e o momento no qual se tenta confirmar ou não as hipóteses diagnósticas. Advoga-se neste artigo que o laudo deve ser claro e objetivar o diagnóstico eletroclínico, pois, o EEG é ferramenta de auxílio diagnóstico tanto para o neurologista quanto para o clínico e o pediatra.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

Introduction to Reading EEG’s (Endereço na Internet). Canadá: British Columbia Society Of Electroneurophysiology Technologists. (última atualização 07/08/2014; citado em 07/2014). Disponível em: http://www.bcset.org/

Braga NLO. Análise Quantitativa do Eletrencefalograma: Aspectos Técnicos e Aplicações Clínicas. Rev Neurocienc 1997;5:14-9.

Niedermeyer E, Schomer DL, Lopes da Silva FH. Niedermeyer’s electroencephalography: basic principles, clinical applications, and related fields. Philadelphia: Wolters Kluwer/Lippincott Williams & Wilkins Health, 2011, p. 240-66.

Tatum WO. How not to read an EEG: Introductory statements. Neurology 2013;80(Supp 1):S1-3. http://dx.doi.org/10.1212/WNL.0b013e318279730e

Luccas FJC, Anghinah R, Braga NIO, Fonseca LC, Frochtengarten ML, Kanda PAM, et al. Recomendações para o registro/interpretação do mapeamento topográfico do eletrencefalograma e potenciais evocados: Parte II: Correlações clínicas. Arq Neuropsiquiatr 1999;57:132-46. http://dx.doi.org/10.1590/S0004-282X1999000100026

A glossary of terms most commonly used by clinical electroencephalographers and proposal for the report form for the EEG| American Clinical Neurophysiology Society (Endereço na Internet). Estados unidos: American Clinical Neurophysiology Society (última atualização 14/07/2014; citado em 07/2014). Disponível em: http://www.acns.org/practice/guidelines

Guidelines for Writing EEG Reports. American Clinical Neurophysiology Society. (Endereço na Internet). Estados unidos: American Clinical Neurophysiology Society (última atualização 14/07/2014; citado em 07/2014). Disponível em: http://www.acns.org/practice/guidelines

Kaplan PW, Benbadis SR. How to write an EEG report: dos and don’ts. Neurology 2013;80(Suppl 1):S43-6. http://dx.doi.org/10.1212/WNL.0b013e3182797528

Herkes GK, Lagerlund TD, Sharbrough FW, Eadie MJ. Effects of antiepileptic drug treatment on the background frequency of EEGs in epileptic patients. J Clin Neurophysiol Publ Am Electroencephalogr Soc 1993;10:210-6. http://dx.doi.org/10.1097/00004691-199304000-00008

Montagu JD, Rudolf ND. Effects of anticonvulsants on the electroencephalogram. Arch Dis Child 1983;58:241-3.

Marsan CA. Clinical electroencephalography. Electroencephalogr Clin Neurophysiol 1967;23:400.

Introduction to Reading EEG’s (Endereço na Internet). Estados Unidos: Elsevier Health (última atualização 7/2014; citado em 8/2006). Disponível em: http://www.us.elsevierhealth.com/

Clemens B, Ménes A, Piros P, Bessenyei M, Altmann A, Jerney J, et al. Quantitative EEG effects of carbamazepine, oxcarbazepine, valproate, lamotrigine, and possible clinical relevance of the findings. Epilepsy Res 2006;70:190-9. http://dx.doi.org/10.1016/j.eplepsyres.2006.05.003

Malmgren K, Blennow G, Hedström A. [Differential diagnosis in epilepsy. Anamnesis is still the most important guide]. Läkartidningen 1997;94:1985-90.

Gregory RP, Oates T, Merry RT. Electroencephalogram epileptiform abnormalities in candidates for aircrew training. Electroencephalogr Clin Neurophysiol 1993;86:75-7. http://dx.doi.org/10.1016/0013-4694(93)90069-8

Azzam R, Bhatt AB. Mimickers of generalized spike and wave discharges. Neurodiagnostic J 2014;54:156-62.

Downloads

Publicado

2014-09-30

Como Citar

Kanda, R. G., Cury, I. J., Lovatel, A. T. B., & Kanda, P. A. M. (2014). Sugestões práticas para a descrição do EEG de rotina. Revista Neurociências, 22(3), 464–468. https://doi.org/10.34024/rnc.2014.v22.8083

Edição

Seção

Atualização
Recebido: 2019-02-18
Publicado: 2014-09-30