Análise da atividade motora em hemiplégicos submetidos à terapia espelho

relatos de casos

Autores

  • Eloise de Oliveira Lima Fisioterapeuta, Mestranda do Programa de pós-graduação em Neurociência Cognitiva e Comportamento, UFPB, João Pessoa-PB, Brasil.
  • Thyciane Mendonça de Andrade Fisioterapeuta, Mestranda do Programa de pós-graduação em Fisioterapia, UFPE , Recife-PE, Brasil.
  • Géssika Araújo de Melo Fisioterapeuta, Residente no Hospital Universitário Lauro Wanderley – UFPB, João Pessoa-PB, Brasil.
  • Adriana Carla Costa Ribeiro Clementino Fisioterapeuta, Doutora, Professora do curso de Fisioterapia da UFPB, João Pessoa-PB, Brasil.
  • Moema Teixeira Maia Lemos Fisioterapeuta, Mestre, Professora Adjunta do curso de Fisioterapia da UFPB, João Pessoa-PB, Brasil. 6.Fisioterapeuta, Mestre, Professor
  • Carlos André Gomes Silva Fisioterapeuta, Mestre, Professor Assistente do curso de Fisioterapia da UNEB, Salvador-BA, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.34024/rnc.2015.v23.8015

Palavras-chave:

Atividade Motora, Hemiplegia, Acidente Vascular Cerebral,, Neurônios-espelho, Fisioterapia

Resumo

Objetivo. Este estudo teve como objetivo investigar a melhora da mo­tricidade do membro superior comprometido de dois indivíduos aco­metidos por AVC. Método. Participaram do estudo dois sujeitos que foram submetidos a 10 sessões de tratamento com a terapia espelho, o protocolo de atividades realizadas consistiu de cinco tarefas voltadas para a funcionalidade. Para análise dos dados, realizou-se a estatís­tica descritiva através da verificação das pontuações e percentuais, e observada as diferenças entre os valores obtidos na avaliação inicial e na reavaliação. Resultados. Ambos os participantes apresentaram um considerável aumento na pontuação da escala, o que refletiu em um ganho de 13,8% para o sujeito 1 e de 25,8% para o sujeito 2. Neste estudo, a Terapia Espelho proporcionou os seguintes efeitos: dimi­nuição do tempo para realização da atividade proposta no item VIII, aumento da motricidade fina na realização das atividades de punho e mão, na motricidade grossa na realização dos movimentos de ombro e melhora considerável na sensibilidade e dor. Conclusões. A terapia se mostrou uma alternativa ao tratamento fisioterapêutico convencio­nal pelos resultados apresentados neste estudo, podendo ser utilizada como terapia complementar por ser acessível, de baixo custo e pela sua boa aceitação.

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Publicado

2015-09-30

Como Citar

Lima, E. de O., Andrade, T. M. de, Melo, G. A. de, Clementino, A. C. C. R., Lemos, M. T. M., & Silva, C. A. G. (2015). Análise da atividade motora em hemiplégicos submetidos à terapia espelho: relatos de casos. Revista Neurociências, 23(3), 436–442. https://doi.org/10.34024/rnc.2015.v23.8015

Edição

Seção

Relato de Caso
Recebido: 2019-02-12
Publicado: 2015-09-30

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