Propriedades de medida do LIFE-H 3.1 Brasil para avaliação da participação social de hemiparéticos

Autores

  • Fernanda Sabine Nunes de Assumpção Fisioterapeuta, Mestre, Centro de Reabilitação Noroeste da Rede do Sistema Único de Saúde, Belo Horizonte-MG, Brasil.
  • Iza de Faria Fortini Terapeuta Ocupacional, Doutoranda do programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte-MG, Brasil.
  • Lívia de Castro Magalhães Terapeuta Ocupacional, Doutora, Professora Titular do Departamento de Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte-MG, Brasil.
  • Marluce Lopes Basílio Fisioterapeuta, Doutoranda do programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte- -MG, Brasil.
  • Augusto Cesinando de Carvalho Fisioterapeuta, Doutor, Professor Adjunto do Departamento de Fisioterapia da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), Presidente Prudente-SP, Brasil.
  • Luci Fuscaldi Teixeira Salmela Fisioterapeuta, Doutora, Professora Titular do Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte-MG, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.34024/rnc.2015.v23.7985

Palavras-chave:

Acidente Vascular Cerebral, Questionários, Participação Social, Reprodutibilidade dos Testes

Resumo

Objetivo. Avaliar as propriedades de medida do LIFE-H 3.1-Brasil, um instrumento genérico de avaliação da participação social, em in­divíduos com hemiparesia. Método. As propriedades de medida fo­ram avaliadas por meio da análise Rasch em 109 indivíduos (58±12 anos). Resultados. Na análise da adequação da escala de pontuação, os critérios de pontuação nem sempre foram totalmente utilizados, sugerindo que poderiam ser simplificados. A análise do componente principal dos resíduos sugeriu a presença de pelo menos uma segunda dimensão em ambas subescalas, o que é congruente com o construto participação social. Embora as duas subescalas tenham excedido ao limite de 5% dos itens erráticos, a eliminação destes itens não é reco­mendada, pois eles podem ser úteis em outras condições de saúde, já que esse questionário é um instrumento genérico. Tanto para a subes­cala ‘Atividades diárias’ quanto para a subescala ‘Papéis Sociais’, foram observados altos níveis de confiabilidade e boa adequação com o nível de habilidade da amostra. Conclusões. O LIFE-H 3.1-Brasil mede um construto muldimensional, o que requer cuidado na interpretação do escore total, mas mesmo assim, apresentou propriedades de medida satisfatórias, indicando sua utilidade clínica na aplicação em indivídu­os com hemiparesia com variados níveis de participação social.

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Publicado

2015-12-31

Como Citar

Assumpção, F. S. N. de, Fortini, I. de F., Magalhães, L. de C., Basílio, M. L., Carvalho, A. C. de, & Salmela, L. F. T. (2015). Propriedades de medida do LIFE-H 3.1 Brasil para avaliação da participação social de hemiparéticos. Revista Neurociências, 23(4), 506–515. https://doi.org/10.34024/rnc.2015.v23.7985

Edição

Seção

Artigos Originais
Recebido: 2019-02-15
Publicado: 2015-12-31

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