Obesidade infantil: importância, complicações e opções psicoterapêuticas de tratamento – Revisão de escopo
DOI:
https://doi.org/10.34024/rnc.2025.v33.20540Palavras-chave:
Desenvolvimento Infantil, Obesidade Infantil, Obesidade Adolescente, Psicoterapia, Terapia Comportamental, Terapia Cognitivo-ComportamentalResumo
Introdução. A obesidade infantil e juvenil é uma condição crônica multifatorial associada a riscos cardiometabólicos, impacto psicossocial e alta chance de persistência na vida adulta. Estratégias psicoterapêuticas têm sido indicadas como parte do tratamento multidisciplinar, conforme diretrizes recentes. Objetivo. Mapear e sintetizar as evidências disponíveis sobre intervenções psicoterapêuticas no manejo da obesidade em crianças e adolescentes, descrevendo seus efeitos em desfechos clínicos e emocionais. Método. Revisão de escopo conduzida conforme o PRISMA-ScR e as diretrizes do Joanna Briggs Institute. A busca foi realizada nas bases Cochrane Central, MEDLINE/PubMed, EMBASE, LILACS, PsycINFO e OpenGrey, abrangendo o período de janeiro de 2003 a fevereiro de 2025, sem restrição de idioma. Foram incluídos estudos com indivíduos ≤18 anos com sobrepeso ou obesidade submetidos a intervenções psicoterapêuticas individuais, em grupo ou com participação familiar. Resultados. Seis estudos foram incluídos (duas revisões sistemáticas, duas revisões com meta-análise e dois ensaios clínicos randomizados), envolvendo faixas etárias de 6 a 18 anos. As intervenções mais investigadas foram terapia cognitivo-comportamental (TCC), terapia comportamental familiar (TCF), psicoterapia interpessoal de curto prazo e programas multidisciplinares com componente comportamental. Houve reduções no IMC e melhorias emocionais, com maior consistência para TCC e TCF, especialmente com envolvimento dos pais. Conclusão. Intervenções psicoterapêuticas, principalmente TCC e TCF integradas a programas multidisciplinares, podem contribuir para a redução do IMC e melhora emocional em crianças e adolescentes com obesidade. São necessários estudos de maior qualidade e padronização metodológica para fortalecer as evidências.
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