Quedas e fatores associados em idosos participantes da universidade aberta à pessoa idosa
DOI:
https://doi.org/10.34024/rnc.2025.v33.20232Palavras-chave:
Envelhecimento;, Acidentes por quedas, Medicamentos, Cognição, DepressãoResumo
Introdução. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2024), 15,8% da população brasileira é composta por idosos, representando um aumento de 56% em relação a 2010. As quedas em idosos constituem um problema de saúde pública, com fatores de risco como sexo feminino, idade avançada, polifarmácia, histórico de quedas, deficiência visual, declínio cognitivo e depressão. Objetivo. Comparar o histórico de quedas em idosos comunitários, com as condições sociodemográficas, de saúde, uso de medicamentos, fatores associados ao declínio cognitivo e de humor. Método. Este estudo analisou idosos participantes do Projeto Universidade Aberta à Pessoa Idosa em Goiás, utilizando questionários sobre histórico de quedas, condições de saúde autorrelatadas, critérios de Beers para medicamentos, a escala Mini Exame do Estado Mental (MEEM) e a Escala de Depressão Geriátrica (EDG). Resultados. A amostra incluiu 120 idosos, com predominância feminina (91,6%), sendo que 40% relataram quedas. Ao comparar idosos caidores e não caidores, observou-se semelhança nas variáveis sociodemográficas, condições de saúde, uso de medicamentos, declínio cognitivo e humor. No entanto, o sexo feminino foi a única variável com diferença significativa entre os grupos (p<0,05), predominando entre os caidores. Conclusão. O genêro feminino é fator de risco para quedas devido à maior perda de massa óssea pela redução de estrogênio, aumentando a probabilidade de osteoporose e a exposição a comportamentos de risco, especialmente em atividades domésticas. O estudo foi limitado pelo tamanho da amostra e pelo uso de informações autorreferidas.
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