Perfil epidemiológico das hospitalizações por Doença de Parkinson no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.34024/rnc.2025.v33.20085Palavras-chave:
Hospitalização, Saúde pública, Doença de ParkinsonResumo
Introdução. A Doença de Parkinson (DP) é uma enfermidade neurodegenerativa progressiva, caracterizada por tremores, rigidez muscular e comprometimentos motores e cognitivos. Objetivo. Analisar o cenário epidemiológico da DP no território brasileiro entre os anos de 2008 e 2024, considerando as disparidades sócio geográficas que envolvem a doença. Método. Estudo transversal, retrospectivo, quantitativo e analítico, com enfoque na distribuição sociogeográfica da doença. Foi realizada coleta de dados de notificações de hospitalização por DP no Brasil entre os anos de 2008 e 2024, no Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS), do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Resultados. A média anual foi de 903,18 internações no período analisado. O número de hospitalizações apresentou aumento a partir de 2014 (7,5%). As regiões Sul e Sudeste concentraram maior parte das internações, com São Paulo liderando (28,06%), seguido do Rio Grande do Sul (14,37%). Em contraste, os estados com menor número de internações foram Amapá (0,04%), Roraima e Alagoas (0,1%). A análise revelou que a maioria dos pacientes internados eram de raça branca (49,64%), seguido de pardos (22,28%), com menor incidência entre indígenas (0,05%). A faixa etária mais afetada foi de 70-79 anos (27,07%), seguida de 60-69 anos (25,08%). Quanto ao gênero, homens foram mais hospitalizados (57,81%). Conclusão. O estudo reforça a necessidade de políticas públicas voltadas ao diagnóstico precoce, reabilitação e suporte multidisciplinar para esses pacientes, buscando reduzir complicações e melhorar a qualidade de vida dos acometidos.
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