Proposta de protocolo de atendimento de emergência de crise convulsiva

Autores

DOI:

https://doi.org/10.34024/rnc.2025.v33.19966

Palavras-chave:

Doenças do Sistema Nervoso, Manifestações Neurológicas, Convulsões, Estado Epiléptico, Protocolos Clínicos, Serviço Hospitalar de Emergência

Resumo

Introdução. Os protocolos clínicos desempenham um papel importante no espaço de trabalho dos profissionais de saúde, especialmente no departamento de emergência. Por isso, é necessário padronizar os modelos de atendimento objetivando melhorar o tratamento e o prognóstico dos pacientes. Objetivo. Propor um protocolo de atendimento a pacientes adultos não gestantes durante um episódio de crise convulsiva no Serviço de Emergência de um hospital terciário de uma cidade do Vale do Itajaí, em Santa Catarina. Método. Revisão integrativa, com abordagem qualitativa, através da coleta de dados sobre formas de tratamento de pacientes adultos com crises convulsivas no Serviço de Emergência. Os dados foram coletados em três bases de dados, bem como em livros de medicina publicados entre 2018 e 2023, em português e inglês. Resultados. Foram analisados 562 artigos e excluídos 180 por duplicidade, restando 382 artigos analisados por título e resumo, dos quais foram selecionados 43, sendo que 12 atingiram os critérios de inclusão. Fizeram parte também 6 livros da literatura de clínica médica, medicina de emergência e medicina intensiva. Além disso, foram utilizadas as diretrizes das sociedades americana e europeia para basear o formato do fluxograma. Conclusão. Há a necessidade de uma proposta de protocolo de atendimento para este tipo de emergência, que muitas vezes requer diversas medicações e ações por parte da equipe hospitalar para melhorar o cuidado médico e o prognóstico dos pacientes. Assim, destaca-se a necessidade imperativa de mais estudos sobre o tema, elucidando com maior clareza os medicamentos mais eficazes para o controle das crises.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

  • Marcus Vinicius Botelho do Couto

    Autor correspondente. Médico Intensivista, professor da Disciplina de Medicina de Urgência e Emergência do Centro Universitário de Brusque- UNIFEBE

Referências

Werneck MAF, Faria HP, Campos KFC. Protocolos de cuidado à saúde e de organização do serviço. Belo Horizonte: Nescon/UFMG, Coopmed, 2009. https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/3914.pdf

Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas - PCDT (Internet). Ministério da Saúde (acessed 09/25/2023). Avaiable in: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/pcdt

Sousa ACS, Corrêa-Filho H, Nascimento B, Issa AC, Vieira, MLC, Markman-Filho B. Diretrizes, Posicionamentos e Normatizações: Documentos de Auxílio à Prática Médica. Arq Bras Cardiol 2022;119:496-8. https://doi.org/10.36660/abc.20220001

Corrêa RA. Diretrizes: necessárias, mas aplicáveis? J Bras Pneumol 2011;37:139-41. https://doi.org/10.1590/S1806-37132011000200001

Oliveira FGCS. Protocolos e diretrizes clínicas: uma análise moral na tomada de decisão (Dissertação). Rio de Janeiro: Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz; 2014. https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/37174

Glauser T, Shinnar S, Gloss D, Alldredge B, Arya R, Bainbridge J, et al. Evidence-Based Guideline: Treatment of Convulsive Status Epilepticus in Children and Adults: Report of the Guideline Committee of the American Epilepsy Society. Epilepsy Curr 2016;16:48-61. https://doi.org/10.5698/1535-7597-16.1.48

Meierkord H, Boon P, Engelsen B, Göcke K, Shorvon S, Tinuper P, et al. EFNS guideline on the management of status epilepticus in adults. Eur J Neurol 2010;17:348-55. https://doi.org/10.1111/j.1468-1331.2009.02917.x

Norisue Y, Fujimoto Y, Nakagawa K. Preliminary guideline- and pathophysiology-based protocols for neurocritical care. J Intens Care 2018;6:45. https://doi.org/10.1186/s40560-018-0316-6

Gomes D, Pimentel J, Bentes C, Aguiar de Sousa D, Antunes AP, Alvarez A, et al. Consensus Protocol for the Treatment of Super-Refractory Status Epilepticus. Acta Med Port 2018;31:598-605. https://doi.org/10.20344/amp.9679

Miró JUM, Terán DFJ, Singer PA, Prior MJAA. Emergency electroencephalogram: Usefulness in the diagnosis of nonconvulsive status epilepticus by the on-call neurologist. Neurología 2018;33:71-7. https://doi.org/10.1016/j.nrl.2016.05.007

Gaínza-Lein M, Fernández IS, Ulate-Campos A, Loddenkemper T, Ostendorf AP. Timing in the treatment of status epilepticus: from basics to the clinic. Seizure 2019;68:22-30. https://doi.org/10.1016/j.seizure.2018.05.021

Crawshaw AA, Cock HR. Medical management of status epilepticus: Emergency room to intensive care unit. Seizure 2019;75:145-52. https://doi.org/10.1016/j.seizure.2019.10.006

Quintana JHR, Bueno SJ, Zuleta-Motta JL, Ramos MF, Vélez-van-Meerbeke A. Utility of Routine EEG in Emergency Department and Inpatient Service. Neurol Clin Pract 2020;11:e677–81. https://doi.org/10.1212/CPJ.0000000000000961

Cruickshank M, Imamura M, Booth C, Aucott L, Counsell C, Manson P, et al. Pre-hospital and emergency department treatment of convulsive status epilepticus in adults: an evidence synthesis. Health Technol Assess 2022;26:1-76. https://doi.org/10.3310/RSVK2062

Zehtabchi S, Silbergleit R, Chamberlain JM, Shinnar S, Elm JJ, Underwood E, et al. Electroencephalographic Seizures in Emergency Department Patients After Treatment for Convulsive Status Epilepticus. J Clin Neurophisiol 2022;39:441-5. https://doi.org/10.1097/WNP.0000000000000800

Chiu WT, Campozano V, Schiefecker A, Rodríguez DR, Ferreira D, Headlee A, et al. Management of refractory status epilepticus: an international cohort study (MORSE CODe) analysis of patients managed in the ICU. Neurology 2022;99:e1191-201. https://doi.org/10.1212/WNL.0000000000200818

Pinto LF, Oliveira JPS, Midon AM. Status epilepticus: review on diagnosis, monitoring and treatment. Arq Neuropsiquiatr 2022;80(5 suppl 1):193-203. https://doi.org/10.1590/0004-282X-ANP-2022-S113

Sharshar T, Porcher R, Asfar P, Grimaldi L, Jabot J, Argaud L, et al. Valproic acid as adjuvant treatment for convulsive status epilepticus: a randomised clinical trial. Critical Care 2023;27:8. https://doi.org/10.1186/s13054-022-04292-7

Mamta M, Roshan R, Dhanapal SG, Joseph JV, Ganesan P, Mathew V, et al. Comparison of Phenytoin and Fosphenytoin in Treatment of Active Seizures in the Emergency Department. Neurol Ind 2023;71:447-7. https://doi.org/10.4103/0028-3886.378665

Ladeira JP. Estado de mal epiléptico. In: Azevedo LCP, Taniguchi LU, Ladeira JP, Besen, BAMP (eds.). Medicina intensiva: abordagem prática. 5. ed.; Santana de Parnaíba: Manole; 2022; p.685-701.

Wiebe S. The epilepsies. In: Goldman L, Schafer AI, Cecil RL. Goldman-Cecil Medicine. 26. ed.; Amsterdam: Elsevier; 2020; p.2357-70.

Moreira GP, Pinto LF. Abordagem ao estado de mal epiléptico. In: Neto RAB, Souza HP, Marino LO, Marchini JFM, Alencar JCG, Turaça K. Medicina de emergência: abordagem prática. 17. ed.; Santana de Parnaíba: Manole; 2023; p.973-83.

Costa MGP, Frazão D, Maia IWA. Estado de mal epiléptico. In: Maia IWA, Amoroso D, Neto RAB, Alencar JCG. Manual de via aérea na emergência. Barueri: Manole; 2023; p.371-3.

Castro LHM, Oshiro CA. Síndromes epilépticas. In: Favarato MHS, Saad R, Ivanovic LF, Jorge MCP, Oliveira JC, Santos VG, et al. Manual do residente de clínica médica. 3. ed.; Santana de Parnaíba: Manole; 2023; p.438-69.

Tomazini BM, Besen BAMP, Camilo DT. Estado de mal epiléptico. In: Besen BAMP, Junior APN, Azevedo LCP. Medicina intensiva: revisão rápida. 2. ed.; Santana de Parnaíba: Manole; 2023; p.239-50.

Downloads

Publicado

2025-05-13

Edição

Seção

Artigos de Revisão

Como Citar

1.
Storm K, Botelho do Couto MV. Proposta de protocolo de atendimento de emergência de crise convulsiva. Rev Neurocienc [Internet]. 13º de maio de 2025 [citado 13º de dezembro de 2025];33:1-19. Disponível em: https://periodicos.unifesp.br/index.php/neurociencias/article/view/19966
Recebido 2025-01-14
Aprovado 2025-04-30
Publicado 2025-05-13