Funcionalidade de idosos após acidente vascular cerebral em unidades de terapia intensiva
DOI:
https://doi.org/10.34024/rnc.2025.v33.19935Palavras-chave:
Acidente Cerebral Vascular, Unidades de Terapia Intensiva, Cuidados Críticos, Estado Funcional, Deambulação PrecoceResumo
Introdução. O acidente vascular cerebral (AVC) tornou-se a segunda maior causa de mortalidade e a principal causa de incapacidade no mundo. Objetivo. Analisar a capacidade funcional de idosos após AVC internados em unidade de terapia intensiva. Método. Estudo de coorte prospectiva realizado com indivíduos internados em unidade de terapia intensiva. Os pacientes foram avaliados dentro de 24 horas da admissão e alta da unidade de terapia intensiva para determinar sua funcionalidade através da escala Perme e suas condições sociodemográficas e clínicas por meio da anamnese fisioterapêutica. Resultados. Foram incluídos 19 idosos acometidos por AVC, a maioria predominantemente do sexo masculino (68,4%) e com média de idade de 74,11±8,00 anos. O tipo de AVC mais acometido foi o isquêmico (52,9%). A ventilação mecânica foi indicativa de menor funcionalidade. Foram registradas associações significantes entre tempo de internação na unidade de terapia intensiva e funcionalidade na admissão e na alta. Os pacientes com menor funcionalidade na admissão apresentaram o óbito como desfecho. Ao comparar os resultados da avaliação inicial e da avaliação na alta da UTI, houve melhora significante do estado funcional (p=0,003). Conclusão. A mobilização precoce mostrou-se efetiva na melhora da capacidade funcional dos idosos acometidos com AVC admitidos em unidades de terapia intensiva.
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