Desafios e oportunidades para adesão a diretrizes de manejo do acidente vascular cerebral isquêmico

Autores

DOI:

https://doi.org/10.34024/rnc.2025.v33.19797

Palavras-chave:

acidente cerebral vascular isquêmico, agudo, diretriz

Resumo

Introdução. Acidente vascular cerebral (AVC) refere-se ao déficit cerebral focal agudo de origem vascular, podendo ser de natureza isquêmica (AVCi) ou hemorrágica (AVCh). Diretrizes de manejo do AVC contribuem para acelerar sua identificação, tratamento, reduzir dano neurológico e prevenir recidivas. Objetivo. Identificar evidências na literatura dos desafios e oportunidades para adesão de diretrizes de manejo do AVCi. Método. Revisão integrativa da literatura na qual foram usadas as bases de dados Cochrane, Scielo, MEDLINE, LILACS, PUBMED e Scopus. As buscas ocorreram com descritores da plataforma Descritores em Ciências da Saúde: “Ischemic Stroke”, “Acute e “Guideline”. Após triagem de título, resumo, leitura integral e dos critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 9 artigos para confecção desta pesquisa. Resultados. Os estudos destacaram as diretrizes da American Stroke Association e da World Stroke Organization’s Global Stroke Guidelines. A adesão está correlacionada a melhores resultados clínicos (diminuição do tempo porta-agulha, menores taxa de mortalidade e sequelas) e cuidados integrados e holísticos. Enfrenta barreiras como desigualdade no acesso a serviços especializados, deficiências de infraestrutura e falta de proficiência de profissionais. Estratégias para superar essas barreiras incluem adaptação das diretrizes ao contexto local, uso de tecnologias como telessaúde, educação e monitoramento. A adesão insuficiente resulta em desfechos piores, maior mortalidade e custos, reforçando a necessidade de implementar diretrizes acessíveis. Conclusão. O ajuste das diretrizes aos contextos regionais, uso de tecnologias para conectar áreas periféricas a centros especializados e investimento em educação continuada podem melhorar a implementação desses protocolos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

1.Aho K, Harmsen P, Hatano S, Marquardsen J, Smirnov VE, Strasser T. Cerebrovascular disease in the community: results of a WHO Collaborative Study. Bull World Health Organ 1980;58:113-30. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/6966542/

2.Mamed SN, Ramos AMO, Araújo VEM, Jesus WS, Ishitani LH, França EB. Perfil dos óbitos por acidente vascular cerebral não especificado após investigação de códigos garbage em 60 cidades do Brasil, 2017. Rev Bras Epidemiol 2019;22(supl3):e190013. https://doi.org/10.1590/1980-549720190013.supl.3

3.Feigin VL, Stark BA, Johnson CO, Roth GA, Bisignano C, Abady GG, et al. Global, regional, and national burden of stroke and its risk factors, 1990–2019: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2019. Lancet Neurol 2021;20:795-820. https://doi.org/10.1016/S1474-4422(21)00252-0

4.Vos T, Lim SS, Abbafati C, Abbas KM, Abbasi M, Abbasifard M, et al. Global burden of 369 diseases and injuries in 204 countries and territories, 1990–2019: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2019. Lancet 2020;396:1204-22. https://doi.org/10.1016/S0140-6736(20)30925-9

5.Mathers CD, Lopez AD, Murray CJL. The Burden of Disease and Mortality by Condition: Data, Methods, and Results for 2001. In: Lopez AD, Mathers CD, Ezzati M, et al. (editors). Global Burden of Disease and Risk Factors. Washington (DC): The International Bank for Reconstruction and Development / The World Bank; 2006. Chapter 3. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK11808/

6.Louis ED, Mayer AS, Rowland LP. Merritt – Tratado de Neurologia. 13ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan; 2018.

7.Bamford J, Sandercock P, Dennis M, Burn J, Warlow C. Classification and natural history of clinically identifiable subtypes of cerebral infarction. Lancet 1991;337:1521-6. https://doi.org/10.1016/0140-6736(91)93206-o

8.Mead GE, Sposato LA, Sampaio Silva G, Yperzeele L, Wu S, Kutlubaev M, et al. A systematic review and synthesis of global stroke guidelines on behalf of the World Stroke Organization. Inter J Stroke 2023;18:499-531. https://doi.org/10.1177/17474930231156753

9.Man S, Bruckman D, Uchino K, Chen BY, Dalton JE, Fonarow GC. Rural Hospital Performance in Guideline-Recommended Ischemic Stroke Thrombolysis, Secondary Prevention, and Outcomes. Stroke 2024;55:2472-81. https://doi.org/10.1161/STROKEAHA.124.047071

10.Kolls BJ, Ehrlich ME, Monk L, Shah S, Roettig M, Iversen E, et al. Regionalization of stroke systems of care in the stroke belt states: The IMPROVE stroke care quality improvement program. Am Heart J 2024;269:72-83. https://doi.org/10.1016/j.ahj.2023.11.020

11.Adcock AK, Choi J, Alvi M, Murray A, Seachrist E, Smith M, et al. Expanding Acute Stroke Care in Rural America: A Model for Statewide Success. Telemed E-Health 2020;26:865-71. https://doi.org/10.1089/tmj.2019.0087

12.Gardener H, Rundek T, Lichtman J, Leifheit E, Wang K, Asdaghi N, et al. Adherence to Acute Care Measures Affects Mortality in Patients with Ischemic Stroke: The Florida Stroke Registry. J Stroke Cerebrovasc Dis 2021;30:105586. https://doi.org/10.1016/j.jstrokecerebrovasdis.2020.105586

13.Mohammed M, Zainal H, Tangiisuran B, Harun SN, Ghadzi SM, Looi I, et al. Impact of adherence to key performance indicators on mortality among patients managed for ischemic stroke. Pharm Pract 2020;18:1760. https://doi.org/10.18549/PharmPract.2020.1.1760

14.Pan Y, Li Z, Li J, Jin A, Lin J, Jing J, et al. Residual risk and its risk factors for ischemic stroke with adherence to guideline-based secondary stroke prevention. J Stroke 2021;23:51-60. https://doi.org/10.5853/jos.2020.03391

15.Sagris D, Lip GΥΗ, Korompoki E, Ntaios G, Vemmos K. Adherence to an integrated care pathway for stroke is associated with lower risk of major cardiovascular events: A report from the Athens Stroke Registry. Eur J Intern Med 2024;122:61-7. https://doi.org/10.1016/j.ejim.2023.12.010

16.Novarro-Escudero N, Moon YJ, Olmedo A, Ferguson T, Caballero I, Onodera E, et al. Organization and Implementation of a Stroke Center in Panamá, a Model for Implementation of Stroke Centers in Low and Middle Income Countries. Front Neurol 2021;12:684775. https://doi.org/10.3389/fneur.2021.684775

17.Kashani N, Ospel JM, Menon BK, Saposnik G, Almekhlafi M, Sylaja PN, et al. Influence of Guidelines in Endovascular Therapy Decision Making in Acute Ischemic Stroke: insights From UNMASK EVT. Stroke 2019;50:3578‐84. https://doi.org/10.1161/STROKEAHA.119.026982

18.Powers WJ, Rabinstein AA, Ackerson T, Adeoye OM, Bambakidis NC, Becker K, et al. Guidelines for the early management of patients with acute ischemic stroke: 2019 update to the 2018 guidelines for the early management of acute ischemic stroke: a guideline for healthcare professionals from the American Heart Association/American Stroke Association. Stroke 2019:50:e344-418. https://doi.org/10.1161/STR.0000000000000211

19.Lindsay P, Furie KL, Davis SM, Donnan GA, Norrving B. World stroke organization global stroke services guidelines and action plan. International J Stroke 2014;9:4-13. https://doi.org/10.1111/ijs.12371

Downloads

Publicado

2025-06-10

Edição

Seção

Artigos de Revisão

Como Citar

1.
Rocha Soares D, Alvino Cordeiro I, Rocha Soares KL, Vital Silva Rocha M, Berti Gosch A, Macedo Martins L, et al. Desafios e oportunidades para adesão a diretrizes de manejo do acidente vascular cerebral isquêmico. Rev Neurocienc [Internet]. 10º de junho de 2025 [citado 13º de dezembro de 2025];33:1-23. Disponível em: https://periodicos.unifesp.br/index.php/neurociencias/article/view/19797