A prática clínica da sedação paliativa em pacientes terminais: uma revisão

Autores

DOI:

https://doi.org/10.34024/rnc.2025.v33.19414

Palavras-chave:

Cuidados paliativos, Doente terminal., Sedação profunda, Sedação consciente

Resumo

Objetivo. Esclarecer os principais aspectos conflitantes da prática clínica da sedação paliativa (SP) que inviabilizam seu uso satisfatório no alívio do sofrimento intolerável de pacientes terminais. Método. Revisão de escopo guiada pelo roteiro PRISMA-ScR, que incluiu 12 artigos ao final da seleção com base nos critérios de elegibilidade. As bases de dados utilizadas foram PubMed, Scopus, VHL, EMBASE e Google Scholar. Resultados. Não há um consenso na definição de refratariedade dos sintomas; ocorre falha na distinção de temporalidade e intensidade pelos profissionais; não está definido o manejo dos efeitos adversos e a manutenção da morfina como opioide de escolha para o controle da dispneia e desconforto respiratório; inexiste critérios para periodicidade e aplicação da escala RASS; e falta concordância sobre a manutenção da hidratação e suporte nutricional. Conclusão. Foi possível discutir os aspectos conflitantes da prática clínica da SP, esclarecendo aos profissionais médicos o seu papel dentro dos cuidados paliativos.

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Publicado

2025-03-25

Edição

Seção

Artigos de Revisão

Como Citar

1.
de Castro Algayer A, Cunha CROB e J da C. A prática clínica da sedação paliativa em pacientes terminais: uma revisão. Rev Neurocienc [Internet]. 25º de março de 2025 [citado 14º de dezembro de 2025];33:1-19. Disponível em: https://periodicos.unifesp.br/index.php/neurociencias/article/view/19414
Recebido 2024-08-30
Aprovado 2025-03-12
Publicado 2025-03-25